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Espera por segunda dose da Coronavac chega a 45 dias em MS

Estimativa da Secretaria Municipal de Saúde é de que pelo menos 25 mil pessoas estão com a imunização atrasada; em todo o Estado são 90 mil

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A espera em Mato Grosso do Sul pela segunda dose da vacina Coronavac, contra a Covid-19, deve durar pelo menos 45 dias para algumas pessoas que tomaram o imunizante ainda em março e não conseguiram completar a imunização porque a vacina acabou.

Esse período é referente a pessoas que tomaram a vacina no dia 24 de março e só poderão se vacinar a partir de sábado (8), quando está prevista a chegada de nova remessa do imunizante.

Entre as pessoas que estão com a segunda dose atrasada está o aposentado Hélio Jesus Santos, 68 anos, morador de Rio Verde de Mato Grosso. Ele tomou a primeira dose da Coronavac no dia 25 de março e foi solicitado que ele retornasse à unidade de saúde do município para receber a segunda dose no dia 15 de abril. 

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Entretanto, quando o idoso chegou ao local foi informado de que o imunizante estava em falta e que ele deveria retornar no dia 22 daquele mês.

“Avisaram que não era para ir, porque não tinha, aí marcaram para o dia 22, só que depois ligaram para avisar que não tinha também e disseram que a hora em que chegasse iam ligar para ir tomar, mas até agora não ligaram".

"Eu acho um descuido, porque eles não tinham certeza do que estavam fazendo, não tinham certeza se teriam doses para chegar, então eles tinham que guardar a metade, mas não, aplicaram tudo e ficou todo mundo sem a segunda dose”, disse Santos.

O idoso ressaltou que está ansioso para tomar a vacina e ficar imunizado contra a doença. “Porque dizem que uma só não vale de nada, tem que ser as duas para ficar imunizado”.

No dia 24 de março, Leonides de Souza, 70 anos, tomou a primeira dose da vacina, mas a segunda dose, que estava agendada para o dia 21 de abril, foi adiada e até hoje nada.

De acordo com a filha da idosa, Lenir de Souza, 51 anos, que acompanha a mãe na vacinação, o atraso da nova dose é um descaso.

“Na terça-feira, eu fui no Ayrton Senna com a minha mãe e fiquei na fila com ela por quatro horas. Isso porque já tínhamos ido no Guanandizão e as doses lá já tinham acabado. Mas, ainda assim, depois de todo esse tempo não consegui vacinar a minha mãe”, afirma a telefonista.

Para ela, a preocupação é quanto à necessidade de a mãe reiniciar a imunização. “Eu acho que existe a possibilidade de ela perder a imunização. Eu tenho medo de não ter valido nada a primeira dose”.

Lenir também comentou a abertura do calendário e a inclusão de mais pessoas para receber a primeira dose do imunizante. Para ela, antes de abrir para novos grupos é necessário finalizar a imunização daqueles que já tomaram a primeira dose.  

“Eu acho que a abertura para novos grupos atrapalhou a aplicação da segunda dose. Eu acredito que primeiro eles deveriam ter dado a primeira e a segunda dose em um grupo para só depois abrir para outro, porque eles começam a vacinar, não terminam e daí fica essa confusão”, desabafa.

DADOS

A segunda dose da vacinação contra a Covid-19 está atrasada para mais de 90 mil pessoas em Mato Grosso do Sul. Somente na Capital, aproximadamente 25 mil pessoas não completaram o calendário de imunização com a segunda dose da Coronavac.  

De acordo com o secretário municipal de Saúde, José Mauro, as doses do lote da Coronavac que devem chegar a Campo Grande no sábado serão destinadas prioritariamente para a conclusão da imunização daqueles que ainda não tomaram a segunda dose do imunizante.  

“Foi comunicado que deve chegar provavelmente no sábado um novo lote da vacina e imediatamente deveremos passar para as unidades [de saúde] fazerem a vacinação do público específico.  Devem vir [as novas vacinas] para a aplicação da segunda dose”, afirma José Mauro.

CALENDÁRIO

Hoje, na Capital, serão vacinadas pessoas que se enquadram no mesmo grupo de ontem: pessoas com comorbidades com 35 anos ou mais; trabalhadores da educação básica e superior e profissionais de assistência social; pessoas com deficiência permanente com 35 anos ou mais; e trabalhadores da saúde acima de 18 anos. A vacinação será das 13h às 16h45min.

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Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

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A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

PETROBRAS

Tribunal derruba liminar que suspendeu conselheiro da Petrobras

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal

15/04/2024 20h00

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes da Petrobras.. Divulgação

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O juiz federal do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) Marcelo Saraiva derrubou nesta segunda-feira (15) uma liminar -decisão provisória- que suspendia o mandato do ex-ministro Sergio Machado Rezende no conselho de administração da Petrobras.

O presidente do colegiado, Pietro Mendes, continua suspenso. Rezende fora afastado do conselho na semana passada, em liminar de primeira instância concedida a pedido do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo), sob o argumento de que sua nomeação fere o estatuto da estatal.

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal, com sede em São Paulo.

Siqueira é também o autor da liminar que suspendeu o mandato de Mendes, por suposto conflito de interesses entre seu papel no conselho da estatal e sua atividade como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia).

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes.

Petrobras e governo esperam que a suspensão do mandato também seja revertida neste caso.
A indicação de Rezende é questionada pelo descumprimento de quarentena exigida para a nomeação e ex-dirigentes sindicais ao conselho das estatais.

A Petrobras argumenta que uma liminar do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski eliminou essa restrição.

A estatal chegou a alterar seu estatuto usando como justificativa a liminar, em uma decisão que gerou críticas de investidores privados e especialistas em governança.

Na época, a empresa defendeu que seguirá a lei, caso a liminar de Lewandowski seja derrubada.

"Nesse momento processual, entendo que não houve descumprimento do Estatuto Social da Petrobras no tocante ao requisito da quarentena, isso porque, no momento da posse prevalecia o entendimento da Suprema Corte", escreveu Saraiva.

Assim, diz ele, a manutenção do afastamento do mandato gera "perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo" e pode acarretar "vultoso impacto financeiro" na vida de Rezende, que também teve o salário de conselheiro suspenso.

Ex-dirigente do PSB, Rezende foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos do presidente Lula. Foi excluído da lista do governo para a renovação do conselho na próxima assembleia, dando lugar ao secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

Mendes, por sua vez, deve ser reconduzido como presidente do conselho, segundo a lista apresentada pelo governo à estatal.

Aliado próximo do ministro Alexandre Silveira, ele chegou ao MME ainda no governo Bolsonaro -primeiro, como diretor do Departamento de Biocombustíveis, em 2020.

Foi promovido a secretário-adjunto em 2022 e levado ao colegiado que define a estratégia da estatal pelas mãos de Silveira em 2023. Tem tido embates com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que passou as últimas semanas sob fritura.

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