Entendo que estadista é a pessoa versada nos negócios, nos assuntos políticos e que, portanto, como agente político, é a pessoa representativa e encarregada do mais elevado papel do homem de Estado. Há que movê-lo a ideia rara e lúcida na construção de uma política nacional e internacional patriótica e correspondente à índole, ao caráter e ao temperamento democrático do seu povo.
O leitor(a), atônito, indagar-me-á: de onde surgiu a farsa de que Lula é um “estadista”? Ora, gente, como aqui, neste país, corre solta uma dinheirama doida para as ONGS, não se sabe o porquê da ONG americana “Appeal of Conscience Foundation”, que defende a liberdade religiosa e os direitos humanos, haver outorgado ao Lula esse prêmio, pois, recentemente, em Cuba, o “estadista” confundiu gênero humano, com mané germano e comparou os presos políticos em greve de fome, com os bandidos estupradores presos em São Paulo. O “estadista” com seu elevado grau de homem do Estado, não entendeu que o grevista cubano em greve de fome, exercitava um INSTRUMENTO DE RESISTÊNCIA, como fizeram M. Gandhi e Nelson Mandela.
“O vírus da paz está comigo desde o útero da minha mãe” exclamou o presidente. Ciceroneado pelo pseudoideólogo fóssil do período cretáceo, o esquerdossauro e aspone Top-top, Marco Aurélio Garcia e pelo “arrepiadinho” Celso Amorim, como diz Abílio Leite de Barros, “um guia vesgo, modelo ultrapassado, restolho apodrecido do velho partido comunista”, Lula partiu para implantar o projeto de paz, entre os árabes e israelenses, estribando também na concepção de sua política UTERINA. Lula, por favor, será que o senhor não sabia tratar-se de uma região com rixa milenar existente desde os filhos de Abraão, Ismael e Isaac, paz que nem Jesus conseguiu? Assim que, em Ramallah, Lula colocou flores no mausoléo do líder palestino Yasser Arafat, mas, se negou, em procedimento idêntico, ofendendo os israelenses, homenagear Theodor Herzl, fundador do SIONISMO (Doutrina e movimento que propôs e conseguiu o estabelecimento, na Palestina, de um Estado israelense autônomo). A diplomacia brasileira no Oriente Médio, foi tão ridícula, tão vexatória, que culminou com a proposição para o Irã de Ahmadinejad, integrar o projeto de “paz”. Ora gente, não foi esse tirano que ameaçou varrer Israel do mapa, com a bomba atômica?
Como atuou a diplomacia no caso da Bolívia? O falso estadista, ao invés de levar a disputa a um Tribunal Internacional, afim de que o governo brasileiro fosse indenizado legalmente, Lula optou por entregar à Bolívia, suas refinarias a um preço infame e, assim, por outro lado, também, descaradamente, descapitalizando mais de 100.000 acionistas brasileiros da Petrobrás.
O jornal espanhol EL PAIS, cassou o título de Homem do Ano, outorgado ao “estadista” Lula, em razão de sua cumplicidade com o tirano iraniano Ahmadinejad e ao seu apoio ao falastrão-gorila-tufão-coronel-paraquedista Hugo Chavez, cuja administração bolivariana se estriba numa imprensa acuada, Judiciário cooptado, opositores exilados, economia estatizada, Legislativo domesticado e a educação ideologizante.
Lembram-se do caso do jornalista LERRY ROTHER, correspondente no Brasil do New York Times? Esse jornal publicou reportagem noticiando que o Lula era “pé-de-cana”. O presidente ordenou a expulsão do americano casado com uma brasileira. Todavia, informado de que isso a Constituição não permitia, imoderado, o “estadista” respondeu a sua acessória: F...-se a Constituição. Indagar-se-á: é papel de um estadista estuprar a nossa Carta Magna?
Como procedeu o “estadista” Lula, quando o filósofo Roberto Mangabeira Unjer, assim o conceituou: “Afirmo que o governo Lula é mais corrupto da nossa história nacional”. Lula levou-o ao Tribunal? Não. Simplesmente, nomeou Unjer, seu ministro de Estado, na SEALOPRA (Secretária de Ações de longo Prazo). Só pode ser mesmo procedimento de “estadista”, descompromissado com a ordem política, ética, moral e social. Tem outra: agora, o “estadista”, no mais elevado grau de atrevimento, viola a legislação eleitoral e é multado. Imprudente, segundo registro da imprensa, pregou insubordinação aos juízes e, desse modo, opondo-se ao livre exercício do Poder Judiciário. Isso, essa ação, “resvala” no crime de responsabilidade, nos termos dos artigos 85 e 86 da Constituição. Ninguém segura o “estadista”.
Não é risível um estadista delegar a José Dirceu o papel como seu interlocutor em negociações políticas, visando a candidatura da ex-guerrilheira Dilma Rousseff? Como brasileiro, qual é a situação de José Dirceu? Hoje, lobista disputado, Deputado do PT cassado, acusado pela Procuradoria da República de comandar a “organização criminosa” do mensalão, réu do Supremo Tribunal Federal, por corrupção ativa e formação de quadrilha.
Será que Joaquim Nabuco (personificação da abolição), José Bonifácio (da independência), Barão do Rio Branco (da política externa), Juscelino Kubitschek (do desenvolvimentismo) e Tancredo Neves (da liberdade e democracia) estariam concordando com o papel desempenhado pelo “estadista” Lula?
J. Bandeira, Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil Aposentado