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Estado ampliará participação na Casa da Mulher Brasileira

Na próxima semana, será nomeada uma diretora por parte do Estado, para fazer uma gestão compartilhada com a diretora nomeada pela prefeitura

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O Governo do Estado, que já é responsável por 70% da manutenção da Casa da Mulher Brasileira, quer agora participar da gestão do espaço e dos atendimentos.

"Tenho conversado com a prefeita para que ela possa fazer uma gestão compartilhada conosco, ela tem sido aberta a essa discussão e é fundamental que isso aconteça. Se a gente entrar numa discussão de quem é o gestor da Casa da Mulher Brasileira, até hoje foi a Prefeitura, é um jogo de empurra que não resolve a situação", disse o governador do Estado, Eduardo Riedel, durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (12).

Riedel revelou ainda que uma diretora estadual para a Casa deve ser nomeada já na próxima semana.

"A gente vai nomear na segunda-feira (17), provavelmente, a nossa coordenadora por parte do Estado (...) já é uma mudança de gestão. Então, eu entendo que tudo isso vai levar ao resultado que a gente espera, até porque nós temos outras três casas da mulher brasileira a serem implantadas no Estado", lembrou o governador.

A servidora ou servidor escolhido irá dar início a uma gestão compartilhada, juntamente com a gerente nomeada pela Prefeitura de Campo Grande.

Vale lembrar que a Casa da Mulher Brasileira da capital chegou a ficar 49 dias sem gerência neste ano, sendo a advogada Iacita de Azamor Pionti nomeada apenas cinco dias após a morte da jornalista Vanessa Ricarte, caso que trouxe à tona uma série de falhas na rede de proteção à mulher.

Na segunda-feira (10), a prefeita de Campo Grande havia se queixado das dificuldades financeiras em fazer a gestão da Casa, e revelou a necessidade de pedir apoio financeiro ao Governo Federal. Atualmente, segundo Adriane Lopes, a Casa da Mulher Brasileira é "bancada" 30% pela Prefeitura e 70% pelo Estado.

O que avançou em 1 mês

Este 12 de março marca 1 mês do assassinato de Vanessa Ricarte, vítima do ex-noivo Caio Nascimento. Durante a coletiva, Riedel foi questionado sobre quais as mudanças efetivas foram realizadas neste período.

"Existe falha no sistema para acontecer o que está acontecendo, isso tem que ser corrigido pelo conjunto das instituições", disse Riedel.

Primeiro, o governador revelou que irá assinar na segunda-feira (17), com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) um convênio para dar agilidade nos processos de notificação e do cumprimento de mandados nos casos de violência contra a mulher.

Além disso, o convênio irá permitir que a Força de Segurança Pública do Estado seja utilizada para os serviços sempre que requisitada.

"Isso vai regularizar a parte da demora no cumprimento do mandato", explicou o governador.

Também existe uma "força-tarefa" para analisar e dar diligência a 6 mil boletins de ocorrência que estavam aguardando análise.

Já no Legislativo, está em andamento a aprovação e sanção de uma série de projetos com o objetivo de assistir vítimas de violência.

Ainda nesta quarta-feira (12) o Estado se reúne com o Ministério Público e a Defensoria Pública de MS, que também possuem "braços" na Casa da Mulher Brasileira.

"Todos nós falhamos, e a gente tem buscado essas soluções", pontuou Riedel. 

Reestruturação

A Casa da Mulher Brasileira deve passar por uma completa reestruturação, desde o primeiro atendimento à expansão da estrutura do prédio.

"O que a gente tem que fazer é sentar junto, definir os atores e poder dar gestão à Casa da Mulher Brasileira e às ações para reforma estrutural. A recomposição do acolhimento através das assistentes sociais, através de psicólogas, é fundamental isso acontecer. Nós vamos disponibilizar esse efetivo", garantiu o governador.

Riedel mencionou ainda que haverá uma mudança de "conceito", e destacou a importância de ajustar a gestão para que o modelo seja implementado nas próximas unidades que forem construídas em Mato Grosso do Sul.

"Eu entendo que a gente está no caminho certo. Não é um caminho de 'amanhã resolver a questão', é um caminho de estruturar uma mudança de curto, médio e longo prazo. Curto prazo: B.O.s, convênio com o TJMS, diligência no resultado; médio prazo: reestruturação dos processos e da própria instituição física da Casa da Mulher (...) A gente precisa calibrar muito bem esse modelo de gestão para que a gente tenha o máximo de eficiência possível na atuação da casa", concluiu.

Caso Vanessa

Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi morta pelo ex-noivo a facadasReprodução: Instagram

Vanessa Ricarte, de 42 anos, foi morta a facadas pelo ex-noivo, o músico Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro. Na noite anterior, ela havia ido até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para solicitar medida protetiva contra Caio. No dia seguinte, voltou à delegacia para buscar os documentos da medida, que havia sido concedida com urgência.

Ao chegar em casa, a jornalista se deparou com Caio. Eles discutiram e ele desferiu diversos golpes de faca contra o pescoço, peito e barriga da vítima. Os vizinhos ouviram os gritos e acionaram a polícia.

Em um áudio, gravado pouco antes de sua morte, Vanessa aponta falhas no atendimento recebido na Deam, No relato, ela conta para uma amiga que a delegada foi prolixa, fria, seca, e a cortava "toda hora".

Vanessa disse ainda que pediu o histórico do ex-noivo, pois havia descoberto que ele já tinha outras denúncias e queria entender a natureza das agressões anteriores, mas a delegada disse que não seria possível passar os dados, que seriam sigilosos.

"Eu estou bem impactada com o atendimento da Deam, da Casa da Mulher Brasileiro. Eu que tenho toda instrução, escolaridade, fui tratada dessa maneira, imagina uma mulher vulnerável, pobrezinha, sem ter rede de apoio chegar lá, são essas que são mortas e vão para a estatística do feminicídio", disse a vítima.

O áudio teve grande repercussão, e chegou até o Ministério das Mulheres, em Brasília (DF), que irá investigar a atuação das autoridades no atendimento prestado à vítima.

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TROCA DE PARTIDO

"Mais louco" reclama de fogo amigo e ameaça reagir com lança-chamas

Juliano Ferro acredita que reportagem apontado gasto de R$ 5 milhões com quarteirização de oficinas foi "plantada" por alguém próximo do governador

20/03/2025 15h00

Juliano Ferro entrou no PSDB a convite de Reinaldo Azambuja e foi reeleito com 81% dos votos. Agora, ameaça deixar o partido

Juliano Ferro entrou no PSDB a convite de Reinaldo Azambuja e foi reeleito com 81% dos votos. Agora, ameaça deixar o partido

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Visivelmente irritado, contrariando a forma descontraída com a qual normalmente se apresenta, o prefeito  de Ivinhema, Juliano Ferro, que se diz o “mais louco do Brasil”, publicou dois vídeos no Instagran, onde tem 859 mil seguidores, para dizer que está sendo alvo de fogo amigo e para informar que está prestes a abandonar o grupo político e o partido pelo qual se reelegeu no ano passado. 

A descoberta deste suposto fogo amigo, segundo ele, ficou evidente depois da publicação daquilo que classifica como reportagens tendenciosas envolvendo seu nome em sites cujos nomes não chega a especificar.

As publicações dos vídeos, ambas nesta quarta-feira (19), foram feitas um dia depois de o Correio do Estado publicar reportagem informando que a prefeitura de Ivinhema havia assinado contrato de R$ 5 milhões para quarteirização de serviços de conservação de veículos e maquinários. 

A quarteirização se caracteriza como sendo a evolução do processo de terceirização, em que o gerenciamento dos terceiros passa para uma quarta empresa. A empresa contratada, com sede em Cuiabá, é especializada em informática.

Ou seja, a prefeitura de Ivinhema está destinando R$ 5 milhões para que uma empresa de informática gerencie durante seis meses as oficinas que prestam serviço à administração municipal.

E este contrato, cujo extrato foi publicado na última terça-feira no diário oficial do Governo do Estado, prevê que pode ser prorrogado por um período maior. 

Em empresa contratada, a Centro América Comércio, Serviço, Gestão e Tecnologia LTDA, pertence a Janio Correa da Silva. Em novembro do ano passado ele chegou a ser preso, junto com mais cinco familiares, em uma operação do Ministério Público de Mato Grosso. 

Conforme informações divulgadas à época, várias empresas da família tinham contratos com suspeita de superfaturamento com mais de cem prefeituras e câmaras de Mato Grosso. Juntos, estes contratos superam R$ 1,8 bilhão. Janio ficou preso durante cinco dias e acabou sendo liberado. 

E, de acordo com os vídeos de Juliano Ferro, a divulgação destas informações teriam sido fruto de fogo amigo de pessoas muito próximas do governador Eduardo Riedel. Em nenhum momento, porém, contesta as informações da reportagem. Ele foi procurado antes da publicação, na terça-feira pela manhã, mas até esta quinta-feira (20), não havia dado retorno. 

 

De acordo com o prefeito, depois da divulgação do primeiro vídeo, no qual reclama do fogo amigo, lideranças de outros partidos entraram em contato para oferecer espaço caso queira trocar o PSDB por outra legenda. 

No segundo vídeo, faz questão de inocentar o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, e o governador Eduardo Riedel, atribuindo o suposto fogo amigo a alguma pessoa que seria muito próxima do governador. 

O prefeito não sabe, porém, que a origem da reportagem foi baseada unicamente em uma simples leitura do diário oficial e em uma busca de google sobre o nome do empresário que assina o contrato milionário. Se ele ou seus assessores tivessem feito um único google antes de assinar o contrato, possivelmente teria se livrado do constrangimento de agora. 

Na primeira publicação, o “mais louco do Brasil” chega a ameaçar o autor do suposto fogo amigo. “Eu digo pra você, safado, sem vergonha, que vem de dentro das nossas próprias alianças políticas me atacar. Se você for vir pra cima de mim, não vem com isquerinho não, porque e vou com lança-chamas”, sem explicar o que seria exatamente esse lança-chamas. 

Na sequência exige punição dos responsáveis por este suposto fogo amigo. “Se as providências não forem tomadas e estas pessoas não forem penalizadas, se prepara, porque mexeu com louco, o pau vai comer, e eu não vou olhar quem está pela frente. Agora, me coagir e fogo amigo eu não vou aceitar. Está dado o recado”, encerrou o primeiro vídeo, postado logo cedo na quarta-feira. 

Na segunda publicação, já pela noite, já sem uso de paletó e trajando camiseta como normalmente se apresenta nas redes sociais, abrandou o tom e afirmou em diferentes momentos que está tendendo a sair do PSDB para o qual foi levado por Reinaldo Azambuja. 

 

Cidades

Títulos de 92 mil eleitores de MS podem ser cancelados

O cancelamento ocorre devido à ausência às urnas em três eleições consecutivas, ou pela não justificativa e/ou não pagamento de multas

20/03/2025 14h30

Título de 92 mil eleitores de MS podem ser cancelado

Título de 92 mil eleitores de MS podem ser cancelado TRE-MS

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Em Mato Grosso do Sul 92.981 eleitores correm o risco de ter seus títulos eleitorais cancelados caso não regularizem sua situação até o dia 19 de maio de 2025. A ação será feita para aqueles que se ausentaram nas urnas durante três eleições consecutivas, ou não justificaram e/ou não realizaram o pagamento de multas.

Para verificar a regularidade de sua situação eleitoral, o eleitor deve acessar o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, na seção Autoatendimento Eleitoral, selecionar a opção “Consultar situação eleitoral”. Aqueles que utilizam o aplicativo e-Título serão alertados caso haja risco de cancelamento de sua inscrição.  

Se for necessário regularizar a situação, o eleitor deve comparecer a um cartório eleitoral ou a um posto de atendimento, portando um documento oficial com foto para comprovar sua identidade (obrigatório), além do título de eleitor ou e-Título. É importante ressaltar que a documentação exigida pode variar conforme o caso. (Confira aqui os contatos e endereços dos cartórios).

Quitação de multa

Eleitores que não votaram nem justificaram sua ausência estão sujeitos ao pagamento de uma multa por turno não comparecido, conforme determinado pelo juiz eleitoral. O pagamento pode ser realizado por meio do Autoatendimento Eleitoral, do aplicativo e-Título ou diretamente no cartório, com opções de boleto, Pix ou cartão. A quitação do débito é registrada automaticamente após a confirmação do pagamento.  

Dados

De acordo com o portal Estatísticas Eleitorais, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o último cancelamento de títulos em Mato Grosso do Sul ocorreu em 2019. Desde 2020, devido à pandemia de Covid-19, não há registros de cancelamento por ausência às urnas.  

Para garantir o direito ao voto nas próximas eleições e evitar possíveis restrições legais decorrentes do cancelamento do título, é fundamental que os eleitores regularizem sua situação dentro do prazo estabelecido.

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