Cidades

MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Estado investiga impactos da poluição do ar na saúde da população

Ação visa recomendar a instituição de medidas de prevenção de riscos de exposição a poluentes atmosféricos em MS

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A preocupação com os impactos das mudanças climáticas observados nos incêndios do Pantanal fez com que o governo do Estado começasse a investigar os efeitos da poluição do ar na saúde da população.

Os trabalhos investigativos estão sendo feitos pela Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (Vigiar), que faz parte da Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Contaminantes Químicos (Vigipeq).

O objetivo dessa vigilância em saúde ambiental é desenvolver ações de patrulhamento para populações expostas a poluentes atmosféricos em Mato Grosso do Sul, de forma a recomendar e a instituir medidas de prevenção, de promoção da saúde e de atenção integral.

De acordo com o órgão, “a degradação da qualidade do ar afeta diretamente a demanda pelo SUS [Sistema Único de Saúde], uma vez que seus impactos resultam no aumento das consultas médicas, das admissões e das internações hospitalares e de um incremento no consumo de medicamentos e no uso de equipamentos hospitalares”, descreve relatório elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

As ações da Vigiar têm como campo de atuação regiões onde existam diferentes atividades de natureza econômica ou social que gerem poluição atmosférica de modo a caracterizar um fator de risco para as populações expostas.

Regiões com concentração de indústrias que emitem gases poluentes – e existentes no Estado, como ocorre em Campo Grande e Três Lagoas – podem ser monitoradas pela Vigiar, para a análise de risco da exposição humana a poluentes.

Além das regiões com indústrias, essa vigilância deve realizar ações em áreas de atenção ambiental atmosférica, as quais podem estar sofrendo com queimadas florestais. O monitoramento de áreas sob influência de queima de biomassa também é um dos campos de atuação da Vigiar.

Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição do ar é considerada como um dos principais riscos ambientais de morbimortalidade. A OMS reconhece que a poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

PANTANAL

Durante todo o ano passado, as áreas com maior densidade de focos de calor foram concentradas principalmente na região do Pantanal Sul-Mato-Grossense.

De acordo com a SES, a Vigiar atua no monitoramento de áreas que sofreram influência da queima de biomassa, pois sua queima incompleta libera fumaça e subprodutos da combustão que poluem o ar, resultando em uma mistura de poluentes tóxicos que afetam a saúde e que causam ou exacerbam doenças cardiopulmonares, câncer de pulmão e até morte prematura.

Grupos populacionais mais susceptíveis – como crianças, idosos, gestantes, indivíduos com doenças cardiorrespiratórias, pessoas de baixo nível socioeconômico e trabalhadores ao ar livre que moram em regiões que sofrem com queimadas – podem estar sob o maior risco de apresentarem algum efeito na saúde relacionado à poluição do ar.

Em 2024, o Pantanal de MS foi devastado por incêndios florestais que consumiram mais de 2,6 milhões de hectares. A área queimada foi a maior já registrada no bioma. Em todo o Estado, foram registrados 13.041 focos de calor. 

As principais causas foram a seca extrema, o calor extremo e a ação humana.

QUALIDADE DO AR

Campo Grande registrou em outubro de 2024 o maior índice de concentração de poluentes no ar oficialmente registrado, com 236 microgramas por metro cúbico (µg/m³) à 1h, segundo dados da Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar (QualiAr) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

De acordo com gráfico feito pela estação da UFMS, esse foi o segundo pico de concentração no mês levantado de material particulado (PM, na sigla em inglês) com diâmetro de 2,5 micrômetros (µm). 

O primeiro ocorreu no dia 2 de outubro de 2024, quando a concentração chegou a pouco mais de 200 µg/m³, até então o recorde em Campo Grande.

Segundo Widinei Alves Fernandes, doutor em Geofísica Espacial pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), professor da UFMS e coordenador da estação, o que resultou na maior frequência de altos índices de poluição no ar da Capital foi a mudança na direção dos ventos causados por frentes frias que trazem para Mato Grosso do Sul a fumaça de outras regiões do Brasil e até de outros países vizinhos.

“A gente passou por um período, principalmente desde agosto de 2024, com bastante queimadas no Brasil, em função desse período de seca”, explicou o professor.

SAIBA

Além de MS, junto ao governo federal, outros estados têm setores de Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (Vigiar).

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campo grande

Pet shop que prescreve medicamentos e aplica vacinas sem médico veterinário é condenado

Justiça considerou que atividades são típicas e privativas de profissional da área veterinária e determinou a contratação do profissional, além de manter multa

22/03/2025 16h31

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS Arquivo

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Um pet shop de Campo Grande, localizado nas Moreninhas, que faz prescrição de medicamentos e realiza vacinação sem um médico veterinário deverá contrarar um profissional e efetuar o registro do estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS).

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirmou decisão que manteve auto de infração emitido pelo CRMV-MS contra a empresa.

Os magistrados seguiram o previsto na Lei nº 5.517/1968 de que a prática clínica e assistência técnica aos animais são atividades privativas da área veterinária. 

Conforme o processo, durante fiscalização do CRMV, foi constatado que o pet shop não tinha registro no conselho e nem um responsável técnico, mas oferecia os serviços de vacina e prescrição de medicamentos, e foi aplicada multa.

A empresária responsável acionou o Judiciário contestando a infração.

Ela argumentou que atua em um pet shop, no comércio de animais vivos, artigos de embelezamento e alimentos para animais de estimação, o que dispensaria a obrigatoriedade de inscrição no CRMV e a contratação de médico. 

Em primeira instância, a 2ª Vara Federal de Campo Grande julgou o pedido improcedente e manteve as sanções aplicadas pelo conselho. A mulher recorreu ao TRF3.  

Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal relator Souza Ribeiro, considerou comprovantes originários de fiscalização conjunta efetuada no estabelecimento.  

Segundo o magistrado, documentos demonstraram receituários timbrados da empresa com prescrições de remédios para animais diversos, além de medicação injetável em uso, carteiras de vacinação em branco e tabela de preços com a oferta de consultas, exames e vacinas. 

“Embora os atos constitutivos da empresa indiquem como objeto social tão somente a atividade de venda de medicamentos e alimentos para animais de estimação, os documentos apresentados pelo réu, oriundos de fiscalização conjunta do Procon e Decon/MS, demonstram a presença de receituários contendo prescrições de medicamentos para animais diversos com o timbre da empresa, medicamento injetável em uso, juntamente com seringas, carteiras de vacinação em branco”, fundamentou o relator. 

“O auto de infração goza de presunção de legitimidade e veracidade, pois se trata de ato administrativo, subscrito por servidor dotado de fé pública. As alegações apresentadas pela apelante em nada interferem no reconhecimento da legalidade da autuação”, concluiu o magistrado. 

Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

Cidades

Militar da Marinha de MS é preso com droga avaliada em R$ 100 mil em MG

Ele saiu de Corumbá e tinha como destino a cidade de Uberaba, mas foi flagrado durante operação da Polícia Militar mineira com carga de supermaconha

22/03/2025 14h30

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro Foto: Divulgação / PMMG

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Um militar da Marinha do Brasil, de 33 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, em Mato Grosso do Sul, foi preso por tráfico de drogas em Frutal (MG), na última quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o flagrante aconteceu por meio do Grupo Tático Rodoviário da Polícia Militar Rodoviária (GTR/BPMRv), durante operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Frutal.

O militar estava em um Honda Civic e quando foi abordado, disse que iria visitar um amigo, mas entrou em contradição e não soube informar qual seria o endereço do suposto amigo, além de demonstrar nervosismo.

Diante da suspeita, os policiais fizeram uma vistoria minuciosa no veículo e encontraram oito pacotes de droga em um compartimento secreto dentro do tanque de combustível.

No total, foram apreendidos 4,3 quilos de skunk, conhecida como supermaconha, por ser de origem da planta cannabis sativa com concentração elevada de tetraidrocanabinol (THC).  A droga está avaliada em R$ 100 mil.

Segundo o site Portal Itatitaia, durante a abordagem, o militar quebrou o próprio celular e precisou ser imobilizado. Ele permaneceu em silêncio durante o flagrante. 

O militar foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde o caso será investigado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em nota, o Comando do 6º Distrito Naval, informou que está acompanhando o caso e irá colaborar com os órgãos competentes na investigação.

O que é skunk?

O skunk, conhecido também como “skank” ou “supermaconha”, é uma droga pertence ao grupo dos canabinóides, mas com efeitos mais potentes e nocivos ao cérebro do que a maconha tradicional.

O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta Cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha.

A droga é criada em laboratório através da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração mais forte de THC (Tetra-hidro-canabidinol), substância psicoativa que age alterando os níveis de serotonina e de dopamina, os hormônios ligados às sensações de prazer e satisfação no cérebro.

Alguns estudos apontam que a concentração de THC do skunk pode ser de sete a dez vezes maior do que a encontrada na maconha, com uma porcentagem de aproximadamente 20% na droga sintética (ou de 40%, dependendo da versão “híbrida”) contra 2,5% na sua forma tradicional.

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