Cidades

SEGURANÇA PÚBLICA

Estado recebe R$ 1,5 milhão em equipamentos da Força Nacional

MS aguarda resposta da União por convênio para combate ao tráfico

RAFAEL RIBEIRO

04/07/2019 - 10h57
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A Segurança Pública de Mato Grosso do Sul recebeu nesta quarta-feira (3), viaturas, armamentos, munições, equipamentos de proteção individual (EPIs) e coletes balísticos, avaliados em R$ 1.507.205, 20. A entrega foi feita pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB), e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante solenidade realizada na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

Entre os bens entregues para o Estado estão: três picapes, oito carabinas Imbel IA-2, oito fuzis Imbel 7,62, 15 pistolas Imbel, 77 coletes balísticos, 100 mochilas táticas, 150 mochilão digitalizado, uma barraca com ar condicionado e kit iluminação, cartuchos de vários calibres, capacetes, coldres, bastões, botas, luvas, entre outros equipamentos operacionais.

O objetivo da iniciativa é dar transparência à gestão dos bens públicos que podem ser doados, em especial, referente aos materiais sob a guarda e conservação da Força Nacional (FNSP), que estão em depósito. Com esta ação, a instituição pretende reforçar a integração, o estímulo à modernização e o reaparelhamento dos órgãos de segurança pública estaduais, além aprimorar e desburocratizar os processos de transparência de patrimônios móveis do Governo Federal, no âmbito da FNSP.

Conforme o secretário de Estado da Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, que esteve presente no evento, esses equipamentos deverão reforçar às forças policiais do Estado, principalmente as unidades localizadas na região de fronteira com o Paraguai e a Bolívia.

“Já os armamentos de grosso calibre serão destinados para os batalhões de Operações Espaciais (Bope) e Choque (BPChoque), Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Polícia Militar Rodoviária e Delegacia Especializa Delegacia Especializada em Repreensão aos Crimes de Fronteiras (Defron)”, disse.

De acordo com Moro, a entrega contribuirá para o combate à  criminalidade, um dos compromissos prioritários  do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“De fato, nós temos observado, desde o início do Governo Bolsonaro, uma diminuição expressiva dos índices de criminalidade e isso se deve às iniciativas que o governo federal tem tomado em conjunto com os governadores dos Estados”, comentou.

O secretário Nacional de Segurança Pública, Guilherme Theophilo, tratou a entrega como grandiosa e única na gestão. “Destaco aqui o trabalho da Força Nacional que realizou em tempo recorde a difícil tarefa de catalogar esses 42 mil itens que estão sendo entregues. E, hoje, torna realidade essa grande doação e porque não dizer única do governo Federal para as unidades federativas.”

Videira e autoridades do Estado e do ministério durante reunião nesta quarta (Divulgação/Sejusp)

CONVÊNIO

Os representantes da Segurança Pública do Estado aproveitaram o encontro também para tratar sobre a renovação do convênio de cooperação para execução dos serviços de prevenção e repressão ao tráfico, especialmente ao internacional.

O convênio foi firmado no dia 28 de julho de 2014, com vigência de 60 meses. O encerramento está previsto para o próximo dia 28 de julho. Se não houver acerto, todas as apreensões feitas pelas forças de segurança em Mato Grosso do Sul serão encaminhadas para as Delegacias da Polícia Federal como em Campo Grande, Dourados, Naviraí, Ponta Porã e Mundo Novo.

O Estado pede contrapartidas da União para a renovação. já que possui 1.517 quilômetros de fronteira com o Paraguai e a Bolívia- que são produtores de maconha e cocaína. As prisões por tráfico de drogas oneram o Estado e sobrecarregam o sistema penitenciário. Pelo menos 40% da população carcerária são oriundas do tráfico de drogas- cerca de 7.300 presos. 

Estes presos custam anualmente ao Estado R$ 133 milhões.

O Correio do Estado apurou que se não houveram avanços significativos nas trataivas, pelo menos Moro tentou alegrar os sul-mato-grossenses com a promessa de que o Estado terá uma fatia maior no bolo do Sistema Único de Segurança Pública, cerca de R$ 13 milhões. O anúncio oficial deverá ser feito nos próximos dias.

Moro e Mourão: entre promessas e doações, a espera por uma resposta do convênio para combate ao tráfico

 

 

Janeiro Branco

Brain Rot: Excesso de tela pode provocar apodrecimento cerebral

Especialista explica os malefícios causados pelo uso prolongado do celular; entenda

20/01/2025 16h00

Reprodução

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O hábito rotineiro de ficar o tempo todo no celular consumindo conteúdos curtos e sem profundidade pode afetar a saúde cognitiva sem que o usuário perceba. Pensando nisso, o Janeiro Branco quer conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde emocional.

Assim como é um mês que convida as pessoas a procurar atividades offline, isto é, distantes de aparelhos de celular, tablets e outros dispositivos que acabam consumindo boa parte do tempo.

Você sabe o que significa "Brain Rot"?

O termo em inglês "brain rot" significa "apodrecimento cerebral" e foi escolhido pela Universidade de Oxford por meio de votação pública que envolveu 37 mil participantes.

Ficar longe das telas se tornou um fenômeno mundial. Com isso, a expressão escolhida trata do desgaste mental que o usuário sofre ao consumir conteúdos rápidos e superficiais em plataformas como o TikTok ou o Instagram.

Esteja atento aos hábitos

Segundo a psicóloga Rafaela Reginato, do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), caso o uso das redes sociais fuja do controle, está na hora de ligar o alerta.

O consumo desenfreado de conteúdo digital pode, inclusive, ser comparado ao vício, conforme explicou a especialista.

“Assim como outras dependências, o uso constante de conteúdos digitais cria uma sensação de prazer imediato, mas temporário, fazendo com que a pessoa busque cada vez mais esses estímulos rápidos”, pontuou.

O que fazer?

Para evitar os efeitos do apodrecimento cerebral (brain rot), a psicóloga recomenda algumas estratégias, como:

  • Estabelecer limites para o uso de telas;
  • Procurar atividades que desafiem o cérebro, como leitura e esportes;
  • Passar mais tempo com amigos e a família.

“É importante também reservar momentos para introspecção e autoconhecimento, evitando usar as redes como uma fuga emocional”, sugere.

Cuidados simples

  • Exercícios regulares: Ler, resolver quebra-cabeças ou aprender novas habilidades que desafiem o cérebro.
  • Práticas de atenção plena e autorreflexão: Estratégias que ajudam o indivíduo a lidar com pensamentos incômodos de maneira mais leve, enquanto se concentra no momento presente, são recursos que aplico com frequência em minha prática.
  • Equilíbrio no uso de tecnologia: Reduzir o tempo em redes sociais e investir em conteúdo enriquecedor ajuda a criar um ambiente mental mais saudável.
  • Atividade física regular: Há uma vasta literatura que conecta exercícios à melhora das funções cognitivas e à redução de sintomas psicológicos.

Janeiro Branco

A campanha Janeiro Branco foi criada em 2014 com o intuito de orientar a população sobre os cuidados com a saúde mental, reforçando a importância da reflexão acerca da vida, das relações sociais e das emoções.

A escolha estratégica do primeiro mês do ano funciona como gesto simbólico, já que as pessoas estão avaliando projetos que pretendem colocar em prática e analisando questões existenciais.

Com isso, a mobilização pela saúde mental faz o exercício de uma espécie de "folha em branco" e sugere à população que comece a escrever ou reescrever suas histórias de vida com enfoque no bem-estar psicológico.

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Cidades

MP investiga impactos na má gestão de empréstimo da prefeitura com Fonplata

Prefeitura teria atrasado o pagamento da segunda parcela de 2023 e contraído empréstimo de 40 milhões de dólares

20/01/2025 15h45

Prefeitura de Corumbá está sob inquérito do MP

Prefeitura de Corumbá está sob inquérito do MP Divulgação

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Enquanto o prefeito Gabriel de Oliveira (PSB) busca contornar a situação desastrosa em que encontrou o município, com dívidas (parcial) de R$ 34 milhões e serviços básicos comprometidos devido ao sucateamento das estruturas da prefeitura, uma ponta do iceberg que envolve a gestão passada, relacionada ao empréstimo realizado com o Fonplata (Fundo de Desenvolvimento da Bacia do Prata), está sendo investigada pelo Ministério Público Estadual.

O MPMS quer saber até onde o não pagamento de uma parcela do financiamento (R$ 15,1 milhões), em novembro de 2023, impactou os cofres públicos da cidade, com risco de bloqueio das contas do município.

A questão ainda é mais grave: vereadores, a população e a atual gestão questionam onde foi aplicado o empréstimo de US$ 40 milhões (cerca de R$ 244 milhões), alegando que nenhuma obra estruturante foi realizada na cidade em oito anos.

“Eu sempre digo: uma hora a conta chega. É o que está ocorrendo hoje, com a decisão do Ministério Público de instaurar inquérito civil para investigar possíveis prejuízos aos cofres públicos”, reagiu o vereador Chicão Vianna (PSB). Em abril do ano passado, ele denunciou o não cumprimento das obras previstas e do pagamento do financiamento, por meio de representação junto aos ministérios públicos federal e estadual.

Decreto anulado

O inquérito civil foi instaurado na semana passada, porém, o trabalho de apuração, pela 5ª Promotoria de Justiça de Corumbá teve início em agosto de 2024. O não pagamento da parcela do empréstimo, contratado em 2017, gerou questionamentos sobre a gestão dos recursos e os possíveis prejuízos ao erário municipal. A União, que garantiu o crédito, quitou a parcela atrasada e recebeu a devolução do dinheiro da prefeitura acrescido de juros de R$ 600 mil.

A operação de crédito teve por objetivo custear projetos destinados à execução do denominado “Programa de Desenvolvimento Integrado de Corumbá”, para obras de requalificação e recuperação urbana nas áreas de infraestrutura (drenagem, pavimentação e recuperação asfáltica em diversos pontos da cidade). O ex-prefeito Marcelo Iunes declarou que foram investidos US$ 34,8 milhões, contudo, deixou uma dezena de obras inacabadas.

A suspeita da destinação dos recursos aumentou com um decreto orçamentário assinado pelo ex-prefeito, em setembro de 2024, que o autorizava a transferir R$ 5,4 milhões (oriundos do rendimento do empréstimo junto ao Fonplata) para gastar como quisesse. Um mês depois, o deputado estadual Paulo Duarte (PSB) apelou à Justiça, que suspendeu o decreto por decisão da juíza Luiza Vieira Sá de Figueiredo, da Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos.

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