A Polícia Militar do Rio informou nesta quarta-feira (5) que o 39º BPM (Belford Roxo) foi acionado após uma estudante de 14 anos ter sido baleada dentro do Colégio Estadual Ricarda Leon. O episódio aconteceu no bairro São José, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, por volta das 10h45. Ainda de acordo com a PM, o Corpo de Bombeiros fez o resgate da jovem.
A aluna foi levada para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. Ela foi atingida por um tiro nas costas, que perfurou o pulmão, e passou por uma cirurgia. De acordo com a assessoria da unidade de saúde, o estado de saúde da adolescente é estável.
De acordo com a Polícia Civil, a estudante foi baleada durante um tiroteio na Avenida Automóvel Clube, nas proximidades da favela da Caixa D'Água.
Outra morte
Na terça-feira (4), Vanessa Santos, de dez anos, foi morta com um tiro na cabeça durante um tiroteio na favela Camarista Méier, no conjunto de comunidades no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio.
Vanessa chegou a ser socorrida por PMs numa viatura da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Camarista Méier para o Hospital Municipal Salgado Filho, mas não resistiu aos ferimentos.
Vanessa era caçula de três irmãos e vivia na Rua Maranhão, uma das vias da Comunidade Boca do Mato, que também integra o conjunto de favelas. A menina tinha acabado de chegar da escola quando foi baleada.
O pai da menina Vanessa dos Santos, disse nesta quarta que acredita que a o tiro que atingiu a cabeça de sua filha partiu da arma de policiais que estavam em busca de traficantes. Em entrevista à rádio CBN, o pedreiro Leandro Monteiro de Matos, 39 anos, afirmou que os policiais estavam na entrada da casa da família, na comunidade Boca do Mato, e atiraram para dentro da residência.
“Não tem como eles alegarem que atiraram de longe e acertaram, que foi uma bala perdida. Não tem como, onde ela foi atingida, ter sido tiro dado de longe. E também pelo relato da madrinha que estava na hora, que presenciou eles atirando pra dentro de casa, e antes deles começarem a atirar ela pediu pra eles pararem. ‘Minha afilhada está aí, eu vim buscar porque ela chegou da escola agora’. Eles não deram tempo, já chegaram atirando", disse Leandro à rádio CBN.
Moradores e colegas da menina de 10 anos morta em casa na comunidade Camarista Méier, no Lins, na Zona Norte do Rio, realizam um protesto no início da tarde desta quarta-feira (5). Os jovens gritam o nome de Vanessa, pedem paz e justiça. "Policiais chegaram atirando", diz mãe de estudante.