Três jovens de Mato Grosso do Sul foram presos acusados de tentativa de latrocínio – roubo seguido de morte – contra o taxista Waldir Augusto da Silva, de 67 anos. Após ser espancado, atropelado e jogado de uma ponte de cinco metros de altura o taxista conseguiu sobreviver e foi encontrado pelos bombeiros. O crime ocorreu por volta das 21h30min, de sextafeira (12), em Penápolis, interior de São Paulo. Eduardo Barbosa Pereira, 19 anos, de Campo Grande e dois adolescentes, um de Costa Rica e outro de Figueirão são suspeitos do crime. Os jovens moravam na cidade do interior de São Paulo e frequentavam o Colégio Técnico Agrícola de Penápolis (CTA). De acordo com o titular da delegacia do município, paulista, Mauro Gabriel, os três foram vistos bebendo num bar na região central de Penápolis. Na ocasião, eles pretendiam ir a uma festa na cidade vizinha de Turiúba, mas não tinham dinheiro. O delegado informou que o trio deixou o bar e se dirigiu até a estação rodoviária da cidade. Lá, entraram no táxi de Waldir. Como os estudantes estavam desarmados, durante o trajeto Eduardo aplicou um golpe conhecido como gravata e rendeu o taxista, que foi agredido do lado de fora do veículo Gol. Depois da agressão o mais velho do grupo teria engatado a marcha à ré e passado por cima do braço da vítima. Na sequência o taxista foi colocado no porta-malas do veículo e todos seguiram para o km 270 da rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), onde os jovens jogaram Waldir de cima de uma ponte de cinco metros de altura, sobre o Rio Ribeirão Lageado. Eles teriam roubado R$ 50 e retirado as placas do carro, ação que caracterizou intenção de utilizar o veículo. Com a certeza de que a vítima estava morta eles seguiram para a festa, mas no município de Barbosa – pouco antes de chegar em Turiúba – colidiram com um ônibus estacionado em via pública e decidiram retornar para Penápolis. O carro foi abandonado numa estrada estadual próximo ao colégio onde os acusados estudam. Suspeita Populares encontraram o veículo danificado, com manchas de sangue e acionaram a polícia na manhã de sábado. Durante investigação agentes descobriram que o taxista havia deixado o terminal com três pessoas e que esses passageiros estudavam no Colégio Técnico Agrícola. Uma testemunha auxiliou na identificação dos jovens que foram localizados, levados para a delegacia, ouvidos separadamente e confessaram o crime, segundo o delegado Mauro Gabriel. Sobrevivente Um dos acusados levou a polícia, na tarde de sábado (13), até a ponte de onde atiraram o taxista Waldir Augusto da Silva. O Corpo de Bombeiros foi acionado para tentar localizar o corpo, pois a polícia já trabalhava com a hipótese de latrocínio. No entanto, a equipe de salvamento desceu o rio de barco e conseguiu resgatar o taxista com vida, sobrevivendo à violência dos jovens. Waldir Augustro da Silva foi encaminhado para a Santa Casa de Penápolis e está internado em estado grave. Seu quadro clínico piorou porque ele pegou uma pneumonia. A polícia ainda não ouviu seu depoimento. Depois de apreendidos, os dois menores foram internados na Fundação Casa (antiga Febem). Já Eduardo, apontado como mentor da prática, foi autuado por tentativa de homicídio qualificada, corrupção de menores e está preso na cadeia pública de Penápoli, mas deve ser levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.