Cidades

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Estudo de 1991 apontava risco na região arrasada pela chuva

Estudo de 1991 apontava risco na região arrasada pela chuva

Redação

10/03/2010 - 02h02
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O atual modelo de expansão urbana adotado pela prefeitura a partir de 2006 com a reformulação do Plano Diretor, ignorou recomendações da Carta Geotécnica de Campo Grande elaborada em 1991 ao estimular a ocupação das regiões leste e norte cidade com a construção de condomínios horizontais e verticais. O estudo aponta a fragilidade do solo, propício ao surgimento de erosão que traz como desdobramento maior risco de assoreamento dos dois córregos (Sóter e Prosa) que têm nascentes na região. Foram justamente estas as áreas mais castigadas com a tromba d’água de 80 minutos que atingiu a cidade no último dia 27 de fevereiro, prejuízo calculado inicialmente em R$ 11 milhões. A carta reúne as conclusões de estudos elaborados por técnicos da prefeitura, do governo estadual e das universidades, com assessoria do Instituto de Pesquisas Técnicas (IPT), Divisão de Geologia. Traz um mapeamento completo com descrição das características do solo e subsolo dos 33.400 hectares que formam o perímetro urbano de Campo Grande. Como é uma recomendação, não uma lei, a prefeitura não é obrigada a levar em conta suas diretrizes. Segundo o arquiteto e urbanista, Angelo Arruda, exdiretor da Unidade Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), os estudos demonstraram que na região do Sóter, os terrenos são constituídos por solos arenosos, associados ao arenito, “altamente suscetíveis à erosão”. Na sua opinião, a prefeitura teria de manter o processo de ocupação sob controle, evitando o excesso de concentração populacional e de impermeabilização do solo. “ Este adensamento multiresidencial trouxe impacto sobre o trânsito. No Plano Diretor de 1987 se estabeleceu como prioridade de adensamento a região do anel rodoviário, delimitada pelas avenidas Eduardo Elias Zahran, Ceará,Mascarenhas de Moraes e Salgado Filho, Na região próxima onde hoje é o shopping - entre a Ceará e a Paulo Coelho Machado - que era uma área residencial, foi liberada a construção de prédios, com a elevação do potencial construtivo. O objetivo era possibilitar que o público potencial de consumidores morasse mais perto. A mesma flexibilidade foi autorizada na saída de Três Lagoas, onde na época se cogitou construir a nova rodoviária. Já na versão atual do Plano Diretor, esta área prioritária de adensamento foi expandida para a região leste, subindo a Via Parque até a Mata do Jacinto, abrangendo bairros como Giocondo Orsi, Carandá Bosque, Jardim Veraneio e Cidade Jardim, que fazem limite com o Parque dos Poderes, onde já surgiram ou estão em construção vários condomínios horizontais. Foi feita uma interpretação que tornou possível a construção de edifícios. Antes o limite máximo de área construída era definido por um cálculo simples: ocupação de 50% do terreno, multiplicado por 2. Assim, num terreno de 400 metros quadrados, era permitido ocupar 200 metros e construir uma edificação de até 400 metros. Para aumentar este potencial construtivo, as empresas compram 10 lotes de 400 metros, totalizando 4 mil metros de terreno, podendo ocupar 2 mil metros o que garante a construção de 8 mil metros quadrados, ou 40 apartamentos em 10 andares, com 100 metros cada um, divididos em duas torres. Defesa do modelo Representante do setor imobiliário, o presidente do Sindicato da Habitação, Marcus Augusto Neto, sai em defesa desse atual modelo de ocupação urbana. “A Bacia do Prosa tem 2.600 hectares. O shopping e os prédios ocupam 28 hectares, 1,8%, da área total, com 27% de permeabilidade , quando a legislação exige 12,5%”, explica. A diretora do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb), Marta Lúcia da Silva Martinez, garante que as recomendações da Carta Geotécnica têm sido consideradas nas refomulações que o Plano Diretor e a lei de uso do solo sofreram nos últimos quatro anos. Cita, a exigência de no mínimo de 12,5% de permeabilidade nos terrenos exigido de todos os empreendimentos.

TRANSTORNO

Voo de Londres da British Airways chega ao Brasil sem bagagens

Companhia disse que várias malas de passageiros não puderam ser carregadas na aeronave devido a um problema técnico no Aeroporto de Heathrow

12/01/2025 20h00

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Um avião da British Airways vindo de Londres, na Inglaterra, chegou ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, no sábado, 11, com os passageiros, mas sem as suas respectivas malas. Nas redes sociais, muitos reclamaram da falta de organização da empresa.

"Vocês só tem dois trabalhos - embarcar os passageiros e as malas, e conseguiram falhar com todas as malas do voo", consta em uma das publicações.

De acordo com a British Airways, várias malas de passageiros não puderam ser carregadas na aeronave devido a um problema técnico no Aeroporto de Heathrow, em Londres.

"Pedimos desculpas aos nossos clientes", disse a empresa em comunicado enviado na manhã deste domingo, 12. "Suas bagagens chegaram no voo seguinte, esta manhã", informou a companhia.

Coxim

Em 48 horas, dois homens morrem em acidentes envolvendo trator

Os dois casos foram registrados em Coxim; vítimas tinham 54 e 62 anos

12/01/2025 18h05

Acidente mais recente aconteceu na manhã deste domingo (12)

Acidente mais recente aconteceu na manhã deste domingo (12) Reprodução: Coxim Agora

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Na última sexta-feira (10), Cicero Santana de Araújo, de 54 anos, morreu atropelado pelo trator que operava em uma fazenda. Na manhã deste domingo (12), Ari Gomes de Brito, de 62 anos, morreu "esmagado" pelo trator que ele conduzia

Os dois casos foram registrados no município de Coxim, na região norte de Mato Grosso do Sul, e com menos de 48 horas entre um e outro. Ambos os acidentes estão sendo investigados pela polícia.

Primeiro caso

O primeiro acidente, que vitimou Cicero Santana de Araújo, de 54 anos, aconteceu enquanto ele trabalhava em uma fazenda. Ele teria caído do trator, que passou por cima de seu corpo.

Conforme noticiou o portal "Coxim Agora", ao registrar o Boletim de Ocorrência, o filho da vítima relatou que o terreno íngreme do local pode ter causado o acidente, já que o homem já havia conversado com a família sobre a dificuldade encontrada nesse tipo de terreno durante o trabalho.

Ainda na delegacia, ele afirmou estar em contato com o proprietário da fazenda, que contratava os serviços de Cícero, para entender as circunstâncias do acidente.

Segundo caso

Ari Gomes de Brito, de 62 anos, morreu na manhã deste domingo (12) após o trator conduzido por ele cair de um barranco na Estrada Transpantaneira, em Coxim.

O idoso teria perdido o controle do equipamento, que tombou na lama e ficou com as rodas para cima, o esmagando. Para fazer o resgate do corpo, os bombeiros precisaram utilizar um outro trator para remover o que estava "atolado".

Acidente mais recente aconteceu na manhã deste domingo (12)Reprodução: Coxim Agora

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