Cidades

OPERAÇÃO APANÁGIO

Ex-diretor de presídio pode ter
R$ 3,3 milhões bloqueados pela Justiça

Ministério Público ajuizou ação civil de improbidade

Izabela Jornada

08/08/2017 - 10h00
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Ex-diretor do Presídio Semi-Aberto de Dourados, Rogélio Vasques Vieira, poderá ter bens bloqueados. A ação foi ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e os bens chegam a soma de R$ 3,3 milhões.

Em decorrência da Operação Apanágio, deflagrada no dia 10 de maio de 2017, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da 16ª Promotoria de Justiça de Dourados, o MPE ajuizou, na última sexta-feira (4), ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra Rogélio e mais cinco.

O ex-diretor do presídio e alguns familiares são suspeitos de cometerem atos de improbidade administrativa ao praticar crimes de peculato, corrupção passiva, prevaricação, falsidade ideológica, dentre outros delitos.

Na ação, o promotor de Justiça Ricardo Rotunno pede liminarmente, que seja decretada a indisponibilidade dos bens de todos os acusados, bem como de 30% da remuneração de Rogélio, no valor de R$ 3.327.551,76.

Já o valor de Samuel Gonçalves Ramos e Ramos Panificadora é de R$ 279.000,00, cada um deles; Eneia Ferreira Santos Bitencourt Vasques, Alceu Bitencourt Vasques e Ramos Panificadora o valor é de R$ 46.176,00, cada um deles. No mesmo sentido, e em caráter de urgência, requer o afastamento de Rogélio do cargo público.

Conforme consta nos autos, Rogélio estava em esquema associativo com seus familiares Alceu Bitencourt Vasques (tio), Eneia Ferreira dos Santos Bitencourt Vasques (tia) e Samuel Gonçalves Ramos (marido da cunhada) e, por meio das empresas Ramos Panificadora e Gelo Everest, praticou atos de improbidade administrativa causando lesão ao erário, enriquecimento ilícito e violação aos princípios da administração, mediante as seguintes condutas, enquanto o primeiro estava à frente do estabelecimento prisional: desvio de dinheiro do sistema de venda de cantina e da produção da padaria; liberação ilegal de presos; recebimento de vantagens para concessão de benefícios a presos; criação de empresas de fachada; entre outras condutas criminosas.

Atualmente, Rogélio está preso preventivamente.

ENTENDA

Após investigações, realizadas pelo Gaeco, com apoio da 16ª Promotoria de Justiça de Dourados, foi deflagrada a Operação Apanágio, que culminou na prisão preventiva de Rogélio Vasques Vieira.

Dentre as práticas citadas, estão a criação de um esquema de venda ilegal de espetinhos no interior do estabelecimento penal de regime semi-aberto de Dourados, posto que além de ser proibida, tal prática contava com o desvio de mercadorias adquiridas para a cantina do local, e era omitida das prestações de contas apresentadas em juízo, sendo o lucro revertido em favor do então diretor, que enriquecia-se ilicitamente, deixando de repassar valores que deveriam ser utilizados na própria manutenção do sistema.

Além disso, o promotor de Justiça Ricardo Rotunno explica que, de acordo com testemunhas, presidiários tinham autorização de Rogélio para se deslocar até a cidade e realizar a compra da carne que era utilizada na produção dos espetinhos, evidenciando que, além do esquema ilícito, o então diretor se valia também do descumprimento da pena de sentenciados para operar o negócio criminoso.

Só desta forma, Rogélio desviou em proveito próprio pelo menos R$ 241.500,00.

Segundo o MPE, o ex-diretor realizou manobras para criar empresas de fachada, com auxílio de parentes, também requeridos, através das quais operava esquemas de venda de gelo e pães, de forma irregular, o que permitiu o desvio de pelo menos R$ 7.696,00 e 46.500,00, respectivamente, em benefício próprio.

Ainda, conforme investigações, Rogélio se utilizou de valores destinados à construção de um canil, fraudou informações acerca da aquisição de ração, bem como tirou proveito da venda de filhotes de cachorros que pertenciam ao estabelecimento prisional, com o objetivo de enriquecer-se ilicitamente, às custas do erário, auferindo vantagem pecuniária indevida de mais de R$ 11.246,52.

Houve, ainda, a coação de testemunhas no curso das investigações, o que assim como as outras condutas, feriu os princípios que regem a administração.

Aponta-se que as condutas de Rogélio e demais requeridos acarretaram prejuízo ao erário de, no mínimo, 414.841,96, valor este que pode ser maior ao término das apurações.

A pretensão do Ministério Público, com o ingresso da Ação Civil por ato de Improbidade Administrativa, é obter a condenação dos envolvidos, garantindo-se o ressarcimento ao erário dos valores respectivos, além da aplicação de multa, proibição de contratar com o poder público, perda dos direitos políticos e, com relação à Rogélio, perda do cargo público ocupado por junto à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

ADOTE!

Animais de ONG que fechou precisam ser adotados urgentemente

Bichinhos são lindos, carinhosos, saudáveis, limpinhos e cheios de amor para dar

01/12/2024 15h00

Animaizinhos disponíveis para adoção

Animaizinhos disponíveis para adoção DIVULGAÇÃO/Guarda Animal

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Dezenas de animais da Organização Não Governamental (ONG) Guarda Animal – fechada recentemente – precisam ser adotados em caráter de urgência.

O contrato de aluguel da chácara, em que os animais estão, encerrará nos próximos meses e os animais não terão lugar para morar.

Portanto, os bichinhos precisam de um lar e de um novo tutor. Conheça alguns dos pets disponíveis para adoção no vídeo abaixo. São lindos, carinhosos, saudáveis, limpinhos e cheios de amor para dar. Cada um tem seu nome:

Interessados em adotar algum animal devem entrar em contato com o número (67) 99122-8509.

Para adotar, deve-se mostrar um documento oficial com foto, comprovante de residência, vídeo mostrando quintais, portões e janelas e apresentar um breve relato da sua história com animais.

FECHAMENTO DA ONG

Organização Não Governamental (ONG) Instituto Guarda Animal encerrou o resgate de animais de rua em Campo Grande. Portanto, os resgates estão suspensos definitivamente.

Os motivos do fim são problemas financeiros, denúncias feitas por vizinhos em julho deste ano, cobrança de órgãos públicos e escassez de alimentos para os animais resgatados. O comunicado foi publicado nas redes sociais da instituição em 26 de novembro de 2024.

Foram 10 anos de um trabalho árduo e intenso de resgates diários de gatos e cachorros: resgate, socorro, medicação, acolhimento, abrigo, alimentação, cuidado, proteção, zelo e adoção.

Instituto Guarda Animal é uma ONG sem Fins Lucrativos, direcionada à causa animal, que visa acolher, abrigar e proteger cães e gatos abandonados, sem donos e em situação de rua.

A ONG recebe animais desde 2016, sobrevive de doações e não recebe ajuda do poder público.

Confira a nota divulgada na íntegra:

“É com grande pesar que informamos o encerramento do Instituto Guarda Animal depois de 10 anos de um trabalho árduo e gratificante, no qual sempre procuramos oferecer de forma incansável o melhor para nossos bichinhos e de tantas outras vidas que transformamos. Devido aos problemas financeiros que vem se arrastando por um longo período de tempo, por conta das subsequentes dificuldades que estamos enfrentando silenciosamente, cobranças de órgãos públicos por melhorias, falta de recursos como alimentação para nossos animais, temos 4 meses para deixar a chácara onde vivemos, enfrentando problemas de saúde física e emocional, infelizmente não tivemos outra escolha, se não encerrar nossas atividades. Desde já, agradecemos a confiança de vocês em nosso trabalho, por toda ajuda e apoio durante todos esses anos e pedimos encarecidamente uma corrente linda do bem para que todos nossos bichinhos sejam adotados e tenham uma vida melhor do que se encontram aqui, e desejamos sinceramente que continuem nos ajudando, até doarmos todos. A adoção é o melhor caminho para todos eles nesse momento. O que podemos dizer é que essa foi uma das decisões mais doloridas que tivemos que fazer, tudo que fizemos foi por amor incondicional pelo bichinhos e o Instituto foi criado para transformar vidas. E temos certeza que essa missão foi cumprida. Com carinho, Paola e Nati”.

Em julho de 2024, a ONG foi alvo de denúncias por poluição sonora (latido de cães), mau odor e perturbação do trabalho alheio.

Após queixas de vizinhos, uma equipe de investigadores da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais (DECAT) foi enviada a sede do abrigo, nesta quinta-feira (4), para averiguar os fatos.

A delegada, acompanhada de investigadores, peritos criminais e Vigilância Sanitária, realizou uma inspeção na propriedade, onde foram constatadas diversas irregularidades, como:

  • Acúmulo de dejetos, causando mau cheiro e atraindo insetos

  • Presença de moscas, mosquitos e larvas em piscina sem tratamento e em latas espalhadas no quintal

  • Animais com parasitas, representando risco à saúde humana

  • Vestígios de queima de lixo no quintal

  • Descarte irregular de resíduos sólidos e medicamentos

  • Omissão de cautela na guarda de animais ferozes

  • Grande quantidade de animais com sarna, em ambiente inadequado

  • Animais sem carteiras de vacinação ou com carteiras incompletas

  • Gatos presos em um cômodo imundo, com larva de mosquito

  • Fossa extravasando

De acordo com a advogada da ONG, Vitória Junqueira, as denúncias dos vizinhos são falsas e infundadas.

“Não é normal o que está acontecendo, é um absurdo desde 2021, as meninas estão sendo literalmente perseguidas simplesmente por fazerem o bem aos animais. Começou em 2021 e agora está se repetindo denúncias de vizinhos, denúncias infundadas de vizinhos que têm levado ao poder público falsas informações de que os protetores maltratam os seus animais dentro da ONG. Justamente elas têm propósito contrário, exatamente resgatam os animais, propiciam a vida, propiciam o carinho. E esse trabalho maravilhoso precisa continuar, independentemente dessas tentativas de derrubá-las”, afirmou a advogada em suas redes sociais.

BR-158

Casal em moto é arrastado por 135 metros em rodovia no interior de MS

José Reis Antônio e Sônia Ribeiro de Camargo Silva foram atropelados no KM 130 da BR-158; suspeito de arrastar o casal fugiu sem prestar socorro

01/12/2024 13h33

Acidente aconteceu aproximadamente 15km do Trevo da cidade, em Aparecida do Taboado

Acidente aconteceu aproximadamente 15km do Trevo da cidade, em Aparecida do Taboado Reprodução

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Identificados como José Reis Antonio Filho e Sonia Ribeiro de Camargo Silva, o casal envolvido no acidente no quilômetro 130,3 da BR-158, segundo boletim de ocorrência, teve sua moto arrastada por cerca de 135 metros após ser atingida na traseira pelo motorista que, após o atropelamento, fugiu sem prestar socorro. 

Conforme boletim de ocorrência, o acidente registrado por volta de 19h30min deste sábado (30 de novembro), aconteceu aproximadamente 15km do Trevo da cidade, em Aparecida do Taboado, sendo que o Onix vermelho encontra-se no nome de uma pessoa e no interior do carro foi encontrada a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de outra.

Apontado como suspeito de atropelar o casal, o Sr. Evangelista Pereira dos Santos deixou a carteira, Contendo documentos e cartões de crédito, bem como o celular, e "evadiu do local tomando rumo ignorado", segundo boletim de ocorrência. 

Acidente fatal

Como bem descreve o b.o, as diligências periciais verificaram que, o ponto em que o carro bateu com a moto do casal estava há, mais ou menos, 75 metros do local onde o primeiro corpo (vítima José Reis) foi arremessado. 

"Sendo que o segundo corpo (vítima Sônia) estava há aproximadamente 13,9 metros do corpo da primeira vítima e há aproximadamente 45,9 metros do local em que os veículos pararam", descreve o boletim de ocorrência. 

Presa ao capô do ônix, a moto do casal foi arrastada por aproximadamente 135 metros até onde os veículos pararam, com as vítimas recolhidas pela Funerária Nossa Senhora Aparecida de Aparecida do Taboado, levados até a Unidade Regional de Perícias e de Identificação (URPI) de Paranaíba para os devidos exames necroscópicos. 

Registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor, omissão de socorro e fuga do local do acidente, as investigações do caso continuam em busca de localizar o responsável, para esclarecer as circunstâncias do acidente.

Fim de semana sombrio

Outro acidente fatal foi registrado nas rodovias sul-mato-grossenses neste final de semana, vitimando uma pessoa e ferindo outras quatro, em trecho da MS-386 distante cerca de 312 quilômetros de Campo Grande, como bem acompanhou o Correio do Estado

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para socorrer as vítimas, após um dos três veículos envolvidos perder estabilidade devido às fortes chuvas que atingiam o trecho. 

Ao todo, se envolveram no acidente: dois veículos Corrola (um de Amambai e outro de Bela Vista) e um fiat Pálio, esse último pertencente a um morador da comunidade indígena de Laguna Carapã.  
 

 

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