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Exame de criança tirada de rio não mostra danos cerebrais, diz bombeiro

Exame de criança tirada de rio não mostra danos cerebrais, diz bombeiro

G1

25/02/2011 - 12h36
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A primeira tomografia da menina Cristal, de 1 ano e 2 meses, que ficou cerca de 20 minutos submersa depois de um acidente de carro na Zona Oeste do Rio, não mostrou danos cerebrais. A informação foi passada, na manhã desta sexta-feira (25), pelos médicos que cuidam da criança no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul da cidade, ao capitão do Corpo de Bombeiros Mário Henrique Soares.

“Mas os médicos falaram que ainda não dá para dizer que ela não vai ter sequelas porque o quadro ainda está em evolução. Ela deve passar por um novo exame daqui a 48 horas”, explicou Soares, que comandou o resgate subaquático no local do acidente, na quinta-feira (24).

Emocionado com o resgate, Soares esteve no hospital para visitar a menina nesta sexta-feira (25). “Fui ao leito dela no CTI, fiz um carinho e passei energia positiva de todo o Corpo de Bombeiros. É reconfortante ver ela respirando”, disse o capitão, que afirmou ainda que Cristal está sedada, respirando por aparelhos e, apesar de seu quadro ser grave, segundo os médicos está estável e já houve leve melhora em sua pressão arterial.

Em entrevista ao G1 nesta manhã, o cabo do Corpo de Bombeiros Luiz Carlos Peixoto Castellar, de 33 anos, relembrou como foi retirar a menina da água. “Foi o resgate mais importante que já fiz”. Em 13 anos de corporação e com a experiência de 12 anos como mergulhador, ele contou que é raro uma vítima sobreviver nas condições em que a menina foi resgatada.

“Foi uma emoção muito grande quando o bebê foi reanimado. Normalmente, nessas condições, é muito difícil o afogado sobreviver. Foi muito emocionante. Ainda mais se tratando de uma criança”, disse o cabo, que é casado mas, não tem filhos.

Como foi o resgate
Segundo Castellar, somente mergulhadores teriam condições de salvar a criança. Ele destacou que as condições de resgate eram bastante adversas: rio poluído, fundo e de águas completamente escuras.

“Salvei a menina em um minuto. Foi tudo no tato e na técnica. A água é totalmente escura e não dá pra ver nada. A criança estava presa no lodo do fundo do rio. Mergulhei no local que presumi que estava a menina, perto de onde o carro tinha sido retirado. Fui tocando o fundo com a mão e um minuto depois senti algo diferente”, relembrou o cabo, que saindo do plantão, na manhã desta sexta-feira (25), ainda não teve tempo de descansar.

Motorista em situação complicada
A situação do dono do carro que caiu no rio é bastante complicada. Segundo agentes da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), ele dirige há 8 anos com a carteira de habilitação vencida. O motorista deve ser indiciado pelo crime de lesão corporal culposa e pode pegar até 2 anos de prisão.

Na delegacia, o motorista do carro contou que, ao fazer uma ultrapassagem, foi surpreendido por outro carro. Para evitar um acidente, ele teria desviado e acabou perdendo a direção, e caído no rio.

Segundo os bombeiros, o carro tem placa de São Paulo, ee á suspeita de que o motorista estivesse alcoolizado no momento do acidente.

Carro ficou submerso
Além da menina, outras três pessoas estavam dentro do carro no momento do acidente. O resgate das vítimas foi angustiante. Bombeiros, guardas municipais e pessoas que passavam pelo local se jogaram no rio e salvaram os adultos, mas com a água do rio muito escura, não conseguiam achar a menina. O carro ficou totalmente submerso. Foram várias tentativas para retirar o veículo do fundo do rio.

Quando o carro chegou à margem, a criança não estava mais no banco traseiro. Bombeiros e voluntários voltaram a mergulhar e encontraram a menina no fundo do rio.

Cidades

Prefeito de Murtinho, Nelson Cintra tem caso arquivado pelo MPE

Prefeito era investigado por utilizar maquinários e dinheiro público para reformas em sua propriedade particular

11/09/2024 12h10

Nelson Cintra, atual prefeito de Porto Murtinho

Nelson Cintra, atual prefeito de Porto Murtinho Foto: Reprodução

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Em meio a mais um escândalo com dinheiro público, o candidato a prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro, teve seu processo do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPE) arquivado nesta quarta-feira (11). 

Atual prefeito de Porto Murtinho, Cintra era investigado por utilizar maquinários e dinheiro público para reformas em sua propriedade particular. Conforme a denúncia, o candidato teria se aproveitado de restos de materiais destinados a obras públicas, junto dos maquinários para ela destinados. 

No entanto, o MPE informou que não foram encontradas irregularidades na denúncia. Assim, o caso não poderia resultar em uma ação civil contra o candidato.

A apuração constatou que, além de comprovar o pagamento pelos serviços realizados, o uso de resíduos de obras, como o feito por Cintra, é uma prática comum e não configura crime administrativo, sendo considerado um ‘descarte’.

Dessa forma,  por unanimidade, o caso foi arquivado devido a não comprovação de que o prefeito estaria se beneficiando de recursos públicos.

Polêmica

Esta não é a primeira vez que o prefeito se envolve em alguma polêmica na vida política. Ex-presidente da Fundação de Turismo e figura polêmica, Cintra já foi denunciado por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. 

No ano passado, ele foi convocado para prestar um novo depoimento à Polícia Federal em Campo Grande, onde negou qualquer irregularidade. 

Além disso, em 12 de setembro de 2018, Cintra foi alvo da Operação Vostok por emitir R$ 296,6 mil em notas fiscais frias para disfarçar o pagamento de propinas ao governador do Estado.

 Segundo a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, o governador Reinaldo teria recebido R$ 67,791 milhões em propinas, causando um prejuízo de R$ 209,5 milhões aos cofres públicos estaduais entre 2015 e 2016.

No ano anterior, Cintra foi citado nas delações da JBS e envolvido em diversos escândalos na administração pública de seu estado. 

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FUMAÇA

Mato Grosso do Sul terá chuva preta neste fim de semana

Meteorologista orienta que população não se exponha a chuva entre sábado (14) e domingo (15)

11/09/2024 12h00

Chuva preta ocorrida em Guarulhos

Chuva preta ocorrida em Guarulhos DIVULGAÇÃO

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Previsão do tempo indica chuva para este fim de semana em Mato Grosso do Sul e tudo indica que será preta.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há possibilidade de pancadas de chuva neste sábado (14) e domingo (15), o que deve aliviar o calorão, sobretudo na região sul do Estado.

Chuva preta é um fenômeno atmosférico que ocorre quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com a água, que se formaram a partir de queimadas e incêndios.

O resultado é gotas de chuva com coloração mais escura que o normal: marrom ou preta.

Em entrevista ao Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abrahão afirmou que, em razão da fumaça oriunda dos incêndios e queimadas no Pantanal, a probabilidade de cair chuva preta neste fim de semana é gigantesca.

“Na atual situação, pode ocorrer chuva preta sim. Chuva preta é resultado da atmosfera que apresenta substâncias decorrentes das queimadas de florestas, lixões e incêndios de casas e obras. Portanto, pode ocorrer quando a chuva vem de nuvens acima dessas substâncias e se associam formando esse aglomerado de substâncias”, explicou Abrahão ao Correio do Estado.

A chuva preta pode se formar de duas formas:

  • Quando a carga de poluentes se encontra com uma nuvem de chuva, os materiais se agregam e há precipitação
  • Quando a "pluma de fumaça" se forma abaixo da nuvem, e a água capta essa sujeira ao chover

A chuva preta é prejudicial para ao meio ambiente e saúde humana/animal. O fenômeno pode poluir o solo, vegetação, rios, mananciais e lagos. Ao ser humano, causa problemas respiratórios.

Abrahão aconselha que a população não se exponha a chuva deste fim de semana. “É sempre importante não se expor, tanto pessoas quanto animais à chuvas que ocorrem depois de longos períodos de estiagem. A melhor chuva é a segunda porque aí a atmosfera já estará limpa”, detalhou.

A chuva preta é diferente da chuva ácida, pois, a chuva ácida ocorre a partir da fumaça de fábricas/indústrias, que liberam enxofre e nitrogênio que podem reagir com água, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico.

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