Cidades

DENÚNCIA

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Ex-diretor da Máxima e agente são denunciados por desvio e venda de carne em cantina

Funcionários utilizavam dinheiro de vendas, em festas com direito a canecas de chopp personalizadas, e no pagamento de multas de trânsito

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Ministério Público de Mato Grosso do Sul denunciou o ex-diretor do Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, Paulo Godoy da Silva, e o agente penitenciário, Hugo Alexsander Rodrigues Pereira, por venderem carne de maneira ilegal aos presos na véspera do Natal, e usar o dinheiro ganho para pagar multas de trânsito e festas. 

Tais crimes foram considerados enriquecimento ilícito, e improbidade administrativa.

Na denúncia, a promotoria indicou que Hugo Alexander recebeu vantagem indevida de R$ 101 mil, excedendo o valor entre relatórios bancários e salários. Já Paulo foi acusado de receber uma vantagem indevida de R$ 27 mil. 

O inquérito foi aberto quando funcionários flagraram Hugo entrando na cantina, a qual era responsável, com 47 pacotes de carne bovina, para fazer as revendas e distribuições não permitidas aos internos do regime fechado.

Durante a investigação, ainda teriam tentado induzir testemunhas a fazerem falsas afirmações, afim de falsear a verdade, e sumiram com as gravações das câmeras de segurança. 

No processo contra Paulo Godoy, consta também o pagamento para um buffet no valor de R$ 9.125. Nas festas foram identificadas 300 canecas de chopp personalizadas, que continham em sua nota fiscal a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) como destinatário, alegando que os produtos eram para festas de confraternizações. 

Além desses eventos, duas multas de trânsito, no valor de R$ 195,00 foram pagas com o dinheiro desviado.

A defesa de ambos os acusados negou todas as irregularidades, afirmando que a venda de carmes era uma doação do fornecedor para a cantina.  

“A questão das cantinas das unidades penais do Estado de Mato Grosso do Sul é uma questão antiga e controversa, tendo em vista que diante da ineficácia do Estado de Mato Grosso do Sul em fornecer os itens necessários a alimentação e higiene aos custodiados do Sistema Prisional, houve a necessidade de se criar esse mecanismo precário visando que os custodiados que detivessem o auxílio de seus familiares ou de trabalho interno nas unidades pudessem ter acesso a itens de alimentação e higiene não fornecidos pelo agente estatal”.

Embora a defesa tenha dado essa justificativa, o homem apontado por Hugo como fornecedor desmentiu a história. Afirmando que o agente tentou convencê-lo de mentir para as autoridades. 

"Desci na porta da casa dele, ele falou 'óh, 'rapaz, pegaram uma carne lá, tá dando o maior rolo isso aí, tem como você falar que fez a doação para nós?' eu falei, 'eu não vou mentir, não doei carne para você, eu vou me complicar com a carne', ele falou 'não vai dar nada para você não, você fala que você fez a doação lá'". Contou o rapaz.

O agente penitenciário, Hugo Alexsander justificou que os outros valores identificados eram provenientes de uma herança deixada pelo seu pai. 

Já em relação ao ex-diretor, a defesa afirma que os gastos eram compatíveis com sua vida financeira. Godoy trabalha como marceneiro, fazendo móveis planejados.

Diante das justificativas, o advogado Christopher Pinho Ferro Scapinelli, representante de ambos, pediu para que o processo fosse encerrado, e tramitasse em segredo de Justiça – pedido o qual foi negado pelo juiz da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Ariovaldo Nantes Corrêa.

O promotor responsável pelo caso, Adriano Lobo Viana de Resende solicitou a condenação de Paulo, que se aprovada, ele terá a perda da função pública, dos bens avaliados em R$ 27.081,83, o ressarcimento integral ao erário de R$ 55.158,82, e a suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a dez anos, além da multa civil correspondente a três vezes o valor do dano. 

No caso de Hugo, pode ser condenado a devolver cerca de R$55 mil, sofrer uma perda de bens no valor de R$101,8 mil, ser retirado do cargo de agente penitenciário, pagar a multa de três vezes o valor do dano, e ter a suspensão dos direitos políticos pelo mesmo tempo que Paulo.

Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

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A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

PETROBRAS

Tribunal derruba liminar que suspendeu conselheiro da Petrobras

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal

15/04/2024 20h00

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes da Petrobras.. Divulgação

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O juiz federal do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) Marcelo Saraiva derrubou nesta segunda-feira (15) uma liminar -decisão provisória- que suspendia o mandato do ex-ministro Sergio Machado Rezende no conselho de administração da Petrobras.

O presidente do colegiado, Pietro Mendes, continua suspenso. Rezende fora afastado do conselho na semana passada, em liminar de primeira instância concedida a pedido do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo), sob o argumento de que sua nomeação fere o estatuto da estatal.

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal, com sede em São Paulo.

Siqueira é também o autor da liminar que suspendeu o mandato de Mendes, por suposto conflito de interesses entre seu papel no conselho da estatal e sua atividade como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia).

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes.

Petrobras e governo esperam que a suspensão do mandato também seja revertida neste caso.
A indicação de Rezende é questionada pelo descumprimento de quarentena exigida para a nomeação e ex-dirigentes sindicais ao conselho das estatais.

A Petrobras argumenta que uma liminar do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski eliminou essa restrição.

A estatal chegou a alterar seu estatuto usando como justificativa a liminar, em uma decisão que gerou críticas de investidores privados e especialistas em governança.

Na época, a empresa defendeu que seguirá a lei, caso a liminar de Lewandowski seja derrubada.

"Nesse momento processual, entendo que não houve descumprimento do Estatuto Social da Petrobras no tocante ao requisito da quarentena, isso porque, no momento da posse prevalecia o entendimento da Suprema Corte", escreveu Saraiva.

Assim, diz ele, a manutenção do afastamento do mandato gera "perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo" e pode acarretar "vultoso impacto financeiro" na vida de Rezende, que também teve o salário de conselheiro suspenso.

Ex-dirigente do PSB, Rezende foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos do presidente Lula. Foi excluído da lista do governo para a renovação do conselho na próxima assembleia, dando lugar ao secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

Mendes, por sua vez, deve ser reconduzido como presidente do conselho, segundo a lista apresentada pelo governo à estatal.

Aliado próximo do ministro Alexandre Silveira, ele chegou ao MME ainda no governo Bolsonaro -primeiro, como diretor do Departamento de Biocombustíveis, em 2020.

Foi promovido a secretário-adjunto em 2022 e levado ao colegiado que define a estratégia da estatal pelas mãos de Silveira em 2023. Tem tido embates com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que passou as últimas semanas sob fritura.

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