Cidades

2º dia consecutivo

Falta de deputados adia
de novo votação de vetos a 'pautas-bomba' no Congresso

Falta de deputados adia
de novo votação de vetos a 'pautas-bomba' no Congresso

G1

07/10/2015 - 13h04
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Pelo segundo dia consecutivo, a sessão conjunta do Congresso Nacional convocada para analisar vetos presidenciais a itens pautas-bomba – que podem gerar despesas bilionárias aos cofres públicos – chegou a ser aberta nesta quarta-feira (7), mas acabou adiada por falta de quórum por parte dos deputados.

Nesta terça-feira (6), a sessão também já havia sido encerrada por conta do número insuficiente de deputados para votação tanto entre parlamentares da oposição quanto da base aliada do governo. Os senadores compareceram em número suficiente nos dois dias.

A sessão desta quarta-feira foi aberta às 12h03 com 96 deputados e 32 senadores, mas não atingiu o quórum mínimo exigido para votação, que é de 257 deputados e 41 senadores.
Pelo regimento interno, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), poderia dar seguimento às discussões das matérias com esse quórum baixo, mas não poderia colocar nada em votação.

Meia hora depois, às 12h33, havia 55 senadores – número suficiente para iniciar a votação –, mas os deputados ainda somavam apenas 152 – 105 a menos que o quórum mínimo exigido.

Deputados da oposição cobraram o encerramento da reunião alegando que havia passado do prazo acordado para dar quórum que sustentasse a sessão. Renan decidiu, então, suspender a sessão por meia hora para ver se o quórum seria atingido. No entanto, como isso não aconteceu, ele encerrou a sessão após esse período.

“Há uma deliberada decisão de não haver quórum. No Senado Federal, já temos quórum, a exemplo do que aconteceu ontem [terça]. Não temos quórum na Câmara dos Deputados”, justificou Renan antes de suspender a sessão.

O deputado Miro Teixeira (Rede-RJ) ressaltou que, no momento dos debates, 408 deputados tinham registrado presença nas dependências da Casa, mas não no plenário, o que deixava evidente que não tinham intenção de participar da sessão do Congresso.

“Está claro que não querem votar os vetos hoje”, argumentou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), rebateu as críticas e disse que o governo estava disposto a votar os vetos, independentemente do resultado.

Guimarães discursou contra o aumento de até 78% para os servidores do Poder Judiciário, que foi vetado pela presidente Dilma, e foi vaiado por manifestantes que estavam nas galerias do plenário. Em seguida, disse que não tinha medo “nem na ditadura” e afirmou que o Congresso é um ambiente democrático.

O líder do PSDB no Senado, Cassio Cunha Lima (PB), reforçou o discurso a favor do fim da sessão. “A sessão tem de ser concluída porque não tem quórum. Não há como prosseguir”, disse.

Em seguida, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), lembrou aos parlamentares que Renan, como presidente do Congresso, poderia optar por suspender a sessão, em vez de encerrá-la.

Depois disso, Renan disse que faria como na terça-feira: suspenderia a sessão por 30 minutos e, se não houvesse quórum depois disso, encerraria a reunião.

Vetos
Um dos vetos à espera de apreciação dos deputados e senadores barra o reajuste de até 78% os salários dos servidores do Judiciário. Segundo o Ministério do Planejamento, essa proposta pode gerar uma despesa de R$ 5,3 bilhões em 2016. Em quatro anos, até 2019, o gasto total chegará a R$ 36,2 bilhões.

Outro ponto polêmico é o veto ao texto que estende para todos os aposentados e pensionistas as regras de reajuste anual do salário mínimo. A previsão é de que a medida gere um gasto de R$ 300 milhões em 2016. Nos próximos quatro anos, a despesa somará R$ 11 bilhões.

Pelos cálculos do governo, a eventual derrubada de todos os vetos na pauta gerará um impacto de R$ 23,5 bilhões no ano que vem. Até 2019, somarão R$ 127,5 bilhões, segundo o Planejamento.

Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff defendeu, em entrevista a rádios da Bahia, a manutenção dos vetos. "Tenho certeza que o Congresso vai mostrar seu compromisso com o Brasil. (...) No caso dos vetos, é impossível que um país com dificuldades aumente suas despesas", afirmou a presidente.

Revés para o governo
Foi a terceira tentativa frustrada para apreciar esses vetos e mais um revés para o Palácio do Planalto após a reforma ministerial que ampliou o espaço do PMDB no governo, com a distribuição de pastas após consulta às bancadas da Câmara e do Senado.

Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já havia articulado uma manobra com a oposição para inviabilizar a sessão do Congresso. Os deputados esvaziaram a sessão em represália à negativa do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), para incluir na pauta um veto da presidente Dilma Rousseff que barra as doações empresariais de campanha. Favoráveis ao financiamento privado, eles pretendiam derrubar esse veto.

Logística

MSVia: obras na BR-163 em Mato Grosso do Sul começam em junho

Leilão sem concorrência ocorreu nesta quinta; investimentos somam R$ 16,5 bilhões; primeiras obras priorizam renovação do piso, terceiras faixas e duplicações

22/05/2025 14h28

Leilão da BR-163 ocorreu nesta quinta-feira (22) na B3 em São Paulo

Leilão da BR-163 ocorreu nesta quinta-feira (22) na B3 em São Paulo Reprodução

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A ordem de serviço para início das obras na BR-163 em Mato Grosso do Sul começa no mês de junho, informou o vice-presidente da Motiva (novo nome do grupo CCR), Eduardo Camargo.

As informações foram dadas logo após o leilão simplificado que garantiu à empresa a concessão da rodovia por mais 29 anos, ocorrido nesta quinta-feira (22), na B3, em São Paulo.

Leilão da BR-163 ocorreu nesta quinta-feira (22) na B3 em São PauloTrecho do Anel Viário em Campo Grande, que deve ser duplicado/Gerson Oliveira

A assinatura do termo aditivo do contrato de concessão, que muda os critérios para os estabelecidos no leilão desta quinta-feira, será no mês de agosto, informou o executivo da Motiva. Em Mato Grosso do Sul, a empresa manterá o nome MSVia.

Não houve concorrência no leilão. Conforme o representante da Motiva, a tarifa de R$ 7,50 por 100 quilômetros deve fazer com que o preço do pedágio atual na rodovia seja mantido. Outros players, segundo apurou o Correio do Estado, não conseguiram, em seus estudos, oferecer uma tarifa inferior a R$ 12 por 100 km.

A operação da BR-163 abrange um trecho de 847,2 quilômetros. O leilão da rodovia, que atravessa Mato Grosso do Sul de sul a norte, entre as cidades de Mundo Novo, na divisa com o Paraná, e Sonora, na divisa com o Mato Grosso, é o primeiro do tipo otimizado.

“A nova modelagem permite reequilibrar contratos vigentes com base em critérios técnicos, metas claras, indicadores de desempenho e maior controle social — sem a necessidade de aguardar o término da concessão atual. O modelo foi validado por órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU), o que garante segurança jurídica e reforça a credibilidade do processo perante o mercado”, informa a Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Para o diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio, a importância desse leilão vai além dos aspectos técnicos e inaugura uma transformação estrutural no setor de concessões rodoviárias no país.

“Pode parecer clichê, mas de fato hoje é um dia histórico. Porque nenhum local do mundo fez ou tem feito algo que nós aqui estamos fazendo. E, quando chegamos à ANTT, em 2021, tínhamos o pensamento, além de fazer grandes leilões, de solucionar o que denominávamos de ativos estressados. Mas, na verdade, não era o ativo que estava estressado — era o regulador, o concessionário. Sobretudo, era o usuário que estava estressado, porque não havia investimento, atendimento esperado, e não adiantava explicar. Faltava um grande ingrediente para enfrentarmos isso: coragem e institucionalização de uma questão que era premente”, disse.

O contrato original de concessão da rodovia foi assinado em 2014, mas enfrentou obstáculos, sobretudo durante a crise econômica de 2016 e 2017, o que fez com que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) interrompesse o financiamento para a duplicação da rodovia à época, somado à redução de movimento na rodovia causada pela diminuição da demanda durante a crise.

Neste novo ciclo estão previstos investimentos de R$ 16,5 bilhões, sendo R$ 9,3 bilhões em melhorias e ampliação da capacidade (Capex) e R$ 7,2 bilhões com custos operacionais (Opex).

Conforme a ANTT, o potencial estimado de geração de empregos diretos, indiretos e por efeito-renda é de 134 mil postos.

Primeiras obras

As primeiras obras na BR-163, apurou o Correio do Estado, serão de melhoria do piso e término de algumas duplicações que foram interrompidas na década passada, cujo trabalho de aterramento e terraplenagem está bastante adiantado.

O maior trecho da rodovia a ser duplicado compreende a intersecção entre as cidades de Nova Alvorada do Sul e Bandeirantes, passando pelo Anel Viário de Campo Grande.

A duplicação do Anel Viário, conforme o cronograma, deve ser entregue até 2030, após cinco anos da assinatura do termo aditivo do contrato.

A BR-163 conecta 16 municípios de norte a sul do estado, como Mundo Novo, Eldorado, Itaquiraí, Naviraí, Juti, Caarapó, Dourados, Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul, Campo Grande, Jaraguari, São Gabriel do Oeste, Coxim, Pedro Gomes e Sonora.

Veja o que o projeto contempla:

  • 203,02 km de duplicações
  • 147,77 km de faixas adicionais
  • 28,82 km de contornos urbanos
  • 22,99 km de vias marginais
  • 6 interseções tipo diamante (implantação e melhorias)
  • 7 interseções tipo trombeta
  • 6 correções de traçados
  • 1 trevo completo
  • 67 rotatórias alongadas (implantação e melhorias)
  • 22 retornos em X
  • 22 passarelas
  • 40 retornos em U
  • 49 trechos com iluminação em curvas
  • 379 acessos
  • 56 passagens de fauna
  • 144 pontos de ônibus
  • 55 obras de arte especiais (implantação e melhorias)
  • 3 pontos de parada e descanso
  • 17 bases de serviços operacionais e de atendimento ao usuário (BSOs e SAUs)

 

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EDUCAÇÃO

Inscrições do Enem começam na próxima segunda-feira

Em 2024, em Mato Grosso do Sul, 51.199 estudantes fizeram a prova

22/05/2025 13h30

Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e também é a principal porta de entrada para a educação superior no país.

Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e também é a principal porta de entrada para a educação superior no país. Divulgação

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A partir da próxima segunda-feira (26), estarão abertas as inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. As inscrições seguem até o dia 6 de junho e as provas serão  aplicadas nos dias 9 e 16 de novembro.

O Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), anunciou, no dia 9 de maio, as datas das inscrições e da aplicação do exame. Outros detalhes, como o valor da taxa de inscrição e as formas de pagamento, serão publicados em breve no edital que regulamentará a seleção.

Em 2024, em Mato Grosso do Sul, 51.199 estudantes fizeram a prova, um aumento significativo com relação a 2023, quando o total chegou a 47.470, cnforme informações do Ministério da Educação - (MEC).

ENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem tornou-se a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitarem as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

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