Cidades

Tragédia

Familiares de vítima de acidente protestam em avenida

Familiares de vítima de acidente protestam em avenida

Redação

30/08/2010 - 08h05
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DANIELLA ARRUDA Familiares e amigos do eletricista Douglas Willian Lemes Diniz Machado, de 21 anos, realizaram na manhã de ontem manifestação na Avenida Gury Marques, onde o jovem morreu atropelado por uma carreta para pedir paz no trânsito e respeito aos condutores de motocicleta. Douglas estava em uma motocicleta quando foi colhido pelo veículo, que fazia conversão à esquerda no sentido centro-bairro, no cruzamento da via com a Rua Elvira Matos de Oliveira, próximo ao Terminal Guaicurus, em 29 de julho. A versão dada à época pelo caminhoneiro, de que o motociclista estava tentando uma ultrapassagem pela direita e não conseguiu vê-lo durante a manobra, é contestada pelos parentes da vítima. Indignada, a mãe de Douglas, Silvina Lemes Diniz, 53 anos, mencionou que laudos periciais, realizados após o acidente, apontaram que seu filho estava a uma velocidade de 20 quilômetros por hora quando foi atingido pela carreta. Além disso, segundo um dos irmãos do jovem, Marcelo Ireno Lemes, 28 anos, consta em um dos laudos que o motorista quase não havia dormido quando chegou a Campo Grande e se envolveu no acidente. Outro irmão de Douglas, Marcos Lemes, 36 anos, questiona a conduta do motorista, que estaria trafegando pela pista esquerda antes de fazer a conversão. “No capítulo 3 do Código de Trânsito, que fala sobre as normas de circulação e conduta, está escrito que o ciclomotor deve circular sempre à direita da pista, e os veículos pesados têm que trafegar pela direita, mas a carreta estava à esquerda. Será que o meu irmão é culpado, só por ser motociclista?”, questionou. A investigação do caso teria ficado sob responsabilidade da 5ª Delegacia de Polícia, segundo os parentes de Douglas, porém nenhum familiar foi chamado para depor até o momento. Desabafo “Nós estamos fazendo uma homenagem para o Douglas, mas também pedindo respeito e paz no trânsito. Quem anda de moto também é um ser humano. Se o motorista que atropelou meu filho ler essa matéria, que ele fique sabendo que a minha neta (Sara Beatriz) nasceu sem pai, porque ele estava de moto no trânsito”, desabafou Silvina. Vestidos com uma camiseta estampada com a foto de Douglas e a frase “Faça feliz quem está perto de você e os que estão longe se achegarão”, que o jovem deixou em seu perfil no site de relacionamentos Orkut, cerca de 30 pessoas participaram da manifestação, que incluiu uma leitura da Bíblia e um momento de oração. Ainda no fim da manhã, estava prevista uma carreata até a Praça Ary Coelho.

Cidades

Justiça bloqueia R$ 40 milhões de família que provocou "muralha de fogo" em MS

Segundo investigação, pai e filhos são responsáveis por queimadas que causaram danos ambientais severos em áreas públicas e privadas na região pantaneira

20/06/2025 17h00

"Muralha de fogo", em Corumbá, em 2024 Foto: Divulgação

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 A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 40,7 milhões em bens de uma família acusada de provocar incêndios criminosos para criação ilegal de pasto em Corumbá, região do Pantanal sul-mato-grossense. A ação, movida pelo Ministério Público Federal (MPF), envolve o pecuarista Carlos Augusto de Borges Martins, conhecido como “Carlinhos Boi”, e seus três filhos, que, segundo a investigação, são responsáveis por queimadas que causaram danos ambientais severos em áreas públicas e privadas, incluindo a chamada “muralha de fogo” que viralizou nas redes sociais em junho de 2024 durante a tradicional Festa de São João.

O incêndio teve como ponto de ignição propriedades utilizadas pela família, como a Fazenda Pira-Retã e o Sítio São Domingos, área inserida em uma Área de Preservação Permanente (APP) às margens do Rio Paraguai, nas proximidades de um ponto de captação de água que abastece a cidade de Corumbá.

De acordo com laudos da Polícia Federal, a ocupação irregular e as construções precárias no local impedem a regeneração da vegetação nativa e geram lançamento de esgoto e lixo diretamente no solo, aumentando o risco de contaminação do rio.

O MPF aponta que a família Martins utilizava irregularmente o cadastro da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro-MS) para movimentar e criar bovinos em áreas pertencentes à União, na região conhecida como “Retiro Tamengo”. As terras, além de públicas, incluem áreas privadas sem cercas delimitando os perímetros, o que favorecia a ocupação ilegal.

O objetivo da ação civil pública é obter a desocupação imediata das áreas invadidas, com a retirada dos bovinos, demolição das construções irregulares e recuperação ambiental do espaço por meio da implantação de um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Também foi solicitado o pagamento de indenizações pelos danos ambientais, restituição dos lucros obtidos ilegalmente e compensação por danos morais coletivos.

A propriedade já havia sido alvo de fiscalização pela Polícia Militar Ambiental em 2013, quando foram constatadas construções ilegais e a degradação ambiental do local. Agora, com as novas provas e a reincidência da prática, o caso avança na 1ª Vara Federal de Corumbá, vinculada ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

O processo segue em tramitação na esfera federal, e os acusados poderão apresentar defesa nas próximas etapas judiciais.

"Muralha de fogo"

Terra do Banho de São João, considerada a maior festa junina do Centro-Oeste, Corumbá foi o município que mais queima em todo o Brasil em 2024. O triste extremo, entre a festa e os incêndios que devastam o Pantanal, foi registrado pela corumbaense Elisa Márcio, e compartilhado em uma rede social, em junho do ano passado.

Segundo o Painel Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a região pantaneira registrou mais de 14 mil focos de incêndio. 

Além disso, conforme noticiado anteriormente, a população do município sofre com a fumaça que vem das queimadas, que associada às altas temperaturas e à baixa umidade relativa do ar, tornam o cenário ainda mais crítico.

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Sanidade animal

Caso de gripe aviária em Carcará está sendo investigado em MS

O Ministério da Agricultura e Pecuária está analisando mais um caso suspeito no Estado

20/06/2025 17h00

Reprodução internet

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Mato Grosso do Sul investiga mais um caso de gripe aviária, desta vez em uma ave silvestre, um carcará (Caracara plancus), em Anaurilândia, município localizado a 377 km de Campo Grande.

O caso está registrado no painel de investigações da Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O mais recente caso em investigação anterior envolveu uma galinha d’Angola, no município de Paraíso das Águas.

Em 30 de maio, o Mapa atualizou duas suspeitas: a da galinha d’Angola e a de uma galinha de criação doméstica, em Amambai. Ambos os casos deram negativo.

A primeira suspeita no Estado ocorreu no município de Angélica, localizado na região leste, e também teve resultado negativo. Nessa situação, tratava-se de uma criação doméstica, não voltada para o comércio.

O segundo caso, também com resultado negativo, foi registrado no município de Jardim; o terceiro, em Amambai. Até o momento, Mato Grosso do Sul teve apenas um caso positivo de gripe aviária, registrado em 2023, no município de Bonito.

Primeiros casos negativados em 2025


Angélica
Jardim
Amambai
4º Paraíso das Águas

Com a nova suspeita envolvendo o carcará, é o quinto que passa por investigação no Estado.

Reproduções Mapa

Medidas de biossegurança


A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) intensificou, junto a produtores, as orientações sobre biossegurança e o fortalecimento da educação sanitária em propriedades da agricultura familiar de Mato Grosso do Sul.

A ação conjunta foi motivada pelo recente caso de influenza aviária (H5N1) detectado em uma granja comercial em Montenegro (RS).

Para evitar que algo semelhante ocorra no Estado, a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), em parceria com a Embrapa Pantanal e a Iagro, intensificou a mobilização preventiva, com a realização de capacitações, oficinas, repasse de informações, visitas técnicas e ações de vigilância participativa.

O objetivo é orientar pequenos produtores sobre os protocolos de biosseguridade e biossegurança, com foco especial em regiões de fronteira e em comunidades que praticam a avicultura de subsistência.

As apurações

As investigações são corriqueiras no sistema de defesa agropecuária nacional, já que a notificação é obrigatória. A influenza aviária de alta patogenicidade (vírus H5N1) é uma doença de notificação obrigatória imediata aos órgãos oficiais de defesa sanitária animal do País.

Produtores rurais, técnicos, proprietários, prestadores de serviço, pesquisadores e demais envolvidos com a criação de animais devem notificar imediatamente os casos suspeitos da doença ao Serviço Veterinário Oficial (SVO).

O Brasil já realizou mais de 2.500 investigações de suspeitas de gripe aviária desde maio de 2023, quando houve a primeira ocorrência em ave silvestre, segundo o Ministério da Agricultura.
Até o momento, há um caso confirmado de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade, H5N1) em granja comercial no País, em Montenegro, em um matrizeiro de aves na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. 

No total, o País já registrou 174 casos da doença em animais silvestres (sendo 168 em aves silvestres), 5 focos em produção de subsistência, de criação doméstica, e 1 em produção comercial.

** Colaborou Eduardo Miranda e Judson Marinho

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