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Investigado por fraude, fazendeiro de MS é dono de avião que caiu em SP

Ao todo cinco pessoas estavam na aeronave no momento do acidente; piloto não sobreviveu

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Na manhã desta quinta-feira (9), um avião explodiu após cair em Ubatuba, no litoral de São Paulo. A aeronave pertence à família Fries, do fazendeiro Nelvo Fries - alvo da Operação Grãos de Ouro, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), que investigava um esquema de fraude fiscal envolvendo o uso de notas fiscais falsas. 

De acordo com registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) os proprietários do avião são Nelvo Fries, Maria Gertrude Fries, Mireylle Fries, Celso Fries, Leyna Fries e Crystopher Fries. Ao todo cinco pessoas estavam a bordo no momento da queda, Mireylle, seu esposo, dois filhos e o piloto - que morreu depois de ser retirado das ferragens em parada cardiorrespiratória e passar por tentativa de reanimação.

Conforme informações da Rede Voa, que administra o aeroporto, a aeronave era do modelo Cessna Citation 525 CJ1, quando saiu do Aeroporto Municipal de Mineiros, e tentou pousar em Ubatuba. As condições meteorológicas eram ruins, com chuva e pista molhada.

A Santa Casa de Ubatuba informou à TV Globo que os quatro feridos estão estáveis, em atendimento. Outras três pessoas estavam em terra e foram atingidas pelos destroços da aeronave, no entanto, apenas uma foi ferida e socorrida pelo Samu que identificou uma fratura.

A família Fries tem propriedades em Mato Grosso do Sul e em Goiás, sendo uma das principais figuras na área do cultivo e comercialização de grãos. Eles migraram do Rio Grande do Sul (RS) para o Centro-Oeste na década de 1970, segundo informações, a família também é fomentadora do Rotary Clube e do Centro de Tradições Gaúchas (CTG).

Segundo apurado pela TV Anhanguera, a família Fries produz soja e realiza um projeto ambiental que replanta árvores nativas da região. Ao todo, mais de 2 milhões de árvores já foram replantadas. Ainda segundo informações, é na fazenda da família que nasce o Rio Araguaia.

Imagens mostram a aeronave caindo dentro do mar. Ao explodir, uma nuvem de fumaça tomou conta do céu:

**Com informações de Estadão Conteúdo**

br-163

Buraco em rodovia pedagiada é apontado como causa de acidente fatal

Colisão frontal entre duas carretas na BR-163 vitimou caminhoneiro de 40 anos; câmera de veículo foi essencial para entender a dinâmica do acidente

17/01/2025 07h58

Semirreboque de uma das carretas atingiu a cabine da outra, matando motorista

Semirreboque de uma das carretas atingiu a cabine da outra, matando motorista Reprodução

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Um acidente envolvendo duas carretas deixou um caminhoneiro morto no fim da tarde da última quinta-feira (16), no km 31 da ponte do Rio Iguatemi, localizada na BR-163, entre os municípios de Eldorado e Mundo Novo. A vítima foi identificada como Rudinei Rigo, de 40 anos.

Rudinei estava em um caminhão Volvo de cor preta, atrelado a dois semirreboques, trafegando sentido Mundo Novo a Eldorado, que foi atingido frontalmente por uma Scania de cor vermelha, também atrelada a dois semirreboques, que vinha no sentido contrário.

Conforme consta no boletim de ocorrência, o condutor da Scania teria tentado desviar de um buraco. Rudinei percebeu a tentativa do outro caminhoneiro de desviar do buraco, e jogou sua carreta contra o guard rail, com o intuito de evitar a colisão. No entanto, o segundo semirreboque da Scania teria atingido em cheio a parte frontal da Volvo, causando o óbito do caminhoneiro.

Tal dinâmica foi analisada através das imagens da câmera de segurança externa da Scania, concedidas pelo proprietário do veículo, que atendeu prontamente ao pedido da polícia. A imagem mostra o veículo passando pelo buraco e o segundo semirreboque se deslocando para a pista contrária, colidindo com a Volvo.

O condutor da Scania foi submetido ao teste do bafômetro, que não constatou nenhum teor alcoólico.

Maior índice desde 2017

Um levantamento realizado pelo Correio do Estado mostrou que, no ano passado, a BR-163 registrou o maior índice de acidentes desde 2017.

De janeiro a outubro de 2024, a rodovia que corta Mato Grosso do Sul da divisa com o Paraná à divisa com Mato Grosso, foi cenário de 709 acidentes, que resultaram em 57 óbitos.

Os números equivalem a uma média de 71 acidentes por mês, pior índice visto desde 2017. De janeiro a dezembro daquele ano, foram registrados 877 acidentes, uma média de 73 acidentes por mês.

Se comparados os óbitos registrados em acidentes, os números mostram que 2024 foi mais mortal na rodovia. Os índices apontam para uma média de 5,7 mortes por mês, mais do que a média de 5,1 mortes mensais registradas em 2017. Nos 12 meses daquele ano, 62 pessoas morreram na BR-163.

O ano de 2017 marcou ainda o início de uma queda no número de acidentes. No entanto, em 2020 esses índices voltaram a subir. Confira o levantamento:

Rodovia da morte

A BR-163 teve, por muitos anos, o título de "rodovia que mais mata", sendo que a privatização de 2013 buscava tirar o título macabro do trecho. 

Os números de 2015 apontam para uma queda significativa no número de mortos, que foi de 88 para 58 entre 2014 e 2015. No entanto, os índices voltaram a subir, principalmente porque a CCR MSVia não cumpriu com o contrato, que previa a duplicação de todos os 845 km da BR-163, de Mundo Novo, na divisa com o Paraná, a Sonora, na divisa com o Mato Grosso.

O prazo para a duplicação completa terminaria em 2024, mas a concessionária fez apenas a duplicação necessária para iniciar a cobrança de pedágio, de cerca de 155 km.

A rodovia não recebe investimentos desde 2017, quando a empresa solicitou o reequilíbrio do contrato. A CCR chegou a dizer em 2019 que não tinha interesse em permanecer com a rodovia e até cobrou a devolução de ativos da União, no valor de R$ 1,4 bilhão.

O acordo final para a manutenção da empresa na gestão só foi alcançado em 2023, e aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em novembro de 2024.

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Estudante é condenado por racismo após chamar colega de "macaco" em jogo em Dourados

Crime aconteceu durante torneio esportivo universitário em Dourados

16/01/2025 19h26

Divulgação TJMS

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Em decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de Dourados, o estudante Felipe Flores Montagner, de 21 anos,  foi condenado por injúria racial cometida durante o torneio universitário Oligran, realizado no ginásio da Unigran, em 15 de maio de 2023.

 O crime ocorreu em 15 de maio de 2023 e a decisão da Justiça saiu na quarta-feira (15).

O réu foi sentenciado a dois anos de reclusão, pena que foi substituída por prestação de serviços à comunidade e pagamento de um salário mínimo. Além disso, ele deverá pagar R$ 8 mil de indenização por danos morais à vítima, C.W.C.F, que foi alvo das ofensas.  


De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE), o réu chamou a vítima de "macaco" durante um jogo de basquete, após um desentendimento com outro jogador. 


A vítima relatou que na ocasião representava o time de Agronomia. Segundo ele, um colega de time, tentou marcar o réu para impedir uma cesta, resultando em um choque entre os dois jogadores e um desentendimento.


A vítima interveio para separar a briga, momento em que ouviu Felipe dizer: “sai daqui, macaco filho da puta”. Após ser expulso do jogo pelos árbitros, o acusado foi para a arquibancada e continuou provocando a vítima, gesticulando de maneira ofensiva e colocando as mãos na genitália.


Ainda durante o jogo, a vítima questionou os árbitros se nada seria feito além da expulsão, mas foi informado que não havia outra medida a ser tomada naquele momento. Após o término da partida, a vitima reportou o caso à coordenadora da universidade, que o orientou a registrar um boletim de ocorrência. Ele formalizou a denúncia no dia seguinte.


No mesmo dia, a atlética do curso de Agronomia publicou uma nota de repúdio nas redes sociais. O conteúdo da nota foi compartilhado em um grupo de WhatsApp de técnicos de produção agrícola, onde a segunda ré P.W teria feito o comentário: “o macaco ficou sentido”.

A vítima afirmou que não conhecia a acusada nem os integrantes do outro time e recebeu prints do comentário.


A denúncia e o julgamento


A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Estadual, representado pelo promotor João Linhares Júnior, que destacou a gravidade do caso. Segundo o promotor, o réu usou de injúria racial para ofender a vítima de maneira preconceituosa, utilizando elementos referentes à cor e à raça.


“A conduta do acusado é inaceitável e demonstra o preconceito explícito. O racismo, especialmente em ambientes educacionais, não pode ser tolerado, ainda mais em um evento esportivo que deveria promover o respeito e a integração”, declarou Linhares.


Durante o julgamento, foram ouvidas diversas testemunhas que confirmaram a versão da vítima. O juiz Marcelo da Silva Cassavara considerou as provas suficientes para a condenação e destacou que a palavra “macaco” foi utilizada com nítido intuito de humilhar a vítima por sua cor, configurando injúria racial com o agravante de ter ocorrido em um evento esportivo, conforme prevê o artigo 20-A da Lei nº 7.716/89.


Absolvição da segunda ré 


Outra acusada no caso, foi absolvida por falta de provas. Apesar dos prints apresentados, o juiz entendeu que eles não foram periciados e que a ausência de elementos confiáveis comprometeu a cadeia de custódia das evidências. Além disso, nenhuma pessoa do grupo de WhatsApp foi ouvida no processo, inviabilizando a comprovação da autoria.


Sentença e reparação


Felipe foi condenado a cumprir pena em regime inicial aberto, com substituição por prestação de serviços comunitários e pagamento de um salário mínimo. Além disso, foi fixada a indenização de R$ 8.000 em favor da vítima, corrigida monetariamente.


A sentença reforça a aplicação da Lei nº 14.532/23, que incluiu a injúria racial no rol da Lei de Crimes Raciais, com penas mais rigorosas, e serviu como marco no combate ao racismo em eventos esportivos e ambientes universitários.

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