Cidades

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Feira indígena aproxima diferentes culturas

Feira indígena aproxima diferentes culturas

Redação

06/08/2010 - 18h16
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Thiago Andrade

Uma das principais manifestações culturais dos índios do Estado, o artesanato também tornou-se um importante elemento econômico para diversas aldeias. Entretanto, como lembra Adierson Venâncio Mota, índio terena responsável pela organização da 2º Feira Cultural Indígena, que acontece na Capital hoje e amanhã, a exploração dessa arte acabou esgotando seu valor cultural para muitas etnias. “O principal objetivo da feira é colocar a população em contato com o trabalho desenvolvido nas aldeias, mas também fazer com que os indígenas vendam, eles mesmos, os trabalhos que produzem. É uma forma de resgatar o valor cultural do artesanato”, pontua.
A feira acontece hoje na Praça Ary Coelho, das 8h às 17h, e amanhã, das 8h às 15h. É promovida pela Fundação Municipal de Cultura (Fundac), aberta ao público e tem entrada gratuita. Adierson explica que, além do artesanato, serão comercializadas no local comidas típicas como bolo de mandioca, pamonha, paçoca, entre outros, e haverá apresentações musicais com as bandas Estilo Terena e Nação Nativa, que exploram as sonoridades peculiares das etnias de Mato Grosso do Sul.
Segundo ele, o espaço também receberá grupos de dança e quem tem interesse por ervas medicinais, poderá encontrá-las na praça. “Muita gente que vive em Campo Grande não tem contato com os indígenas por inúmeras questões, que vão da falta de interesse ao completo desconhecimento de nossas atividades. A feira é um ótimo espaço para a aproximação das culturas”, acredita Adierson.
Oito artesãos irão expor e vender obras que fazem uso de diversos materiais, como cerâmica, palha e sementes. Quatro etnias serão representadas, sendo elas kadiwéu, kinikinau, terena e guarani kaiuá. “Cada uma delas tem peculiaridades e, mesmo quem não quer comprar nada, deve ir para conhecer o universo cultural de cada uma delas”, explica.
Indígenas de Miranda foram convidados especialmente para vir à Capital. “Os artesãos acabam tendo pouco contato com indígenas de outras regiões do Estado. Como a ideia é promover a integração, nada mais justo que trazer gente de todas as regiões para participar”, detalha. De acordo com o presidente da Fundac, Roberto Figueiredo, o trabalho feito pelos indígenas é de alta qualidade e esta oportunidade é única para o fortalecimento cultural da cidade e dos índios que aqui residem.

Exame

Gabarito oficial do Enem será divulgado até 20 de novembro

Segunda prova do exame é aplicada neste domingo (10)

10/11/2024 17h30

Estudantes durante o  2º domingo de provas do Enem

Estudantes durante o 2º domingo de provas do Enem Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil

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O gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será divulgado até o dia 20 de novembro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Já o resultado final será conhecido em 13 de janeiro de 2025.Estudantes durante o  2º domingo de provas do EnemEstudantes durante o  2º domingo de provas do Enem

Neste ano, mais de 4,3 milhões de candidatos se inscreveram para o exame. As provas foram aplicadas em duas etapas: no domingo passado (3), foram as 90 questões de linguagens, história, geografia, sociologia e filosofia, além de uma redação dissertativa; neste domingo (10), foi a vez das 90 questões de matemática, física, química e biologia. 

O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são usados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.  

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CAMPO GRANDE

Exatas se mostram o 'bicho-papão' no Enem do campo-grandense

Querendo se livrar o quanto antes da prova, uma boa quantidade de inscritos já tinha deixado a sala logo no primeiro horário permitido após o início do Exame

10/11/2024 17h00

Ainda que redação assustasse, candidatos não puderam classificar o segundo dia de provas como

Ainda que redação assustasse, candidatos não puderam classificar o segundo dia de provas como "mais fácil".  Marcelo Victor/Correio do Estado

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Durante a saída dos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quem compareceu ao segundo dia de provas neste domingo (10) confirmou uma expectativa abordada anteriormente, que as avaliações de exatas se mostraram um bicho-papão para os candidatos campo-grandenses que queriam se livrar o quanto antes da prova. 

É o que se pôde observar em um dos maiores polos de concentração de candidatos, a Universidade para Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (Uniderp), em Campo Grande, onde uma boa quantidade de inscritos já tinha saído logo no primeiro horário permitido após o início das provas. 

Ainda que redação assustasse, candidatos não puderam classificar o segundo dia de provas como "mais fácil". Gêmeas na saída do Enem. Foto: Marcelo Victor/C.E

É o caso das gêmeas Samara e Stephanie, que aos 19 anos já deixaram o ensino médio em 2022, mas buscam ingressar em uma universidade para cursarem, respectivamente, enfermagem e psicologia. 

"O primeiro dia foi bem mais tranquilo, porque esse segundo foi difícil. As questões que eu achava mais fácil respondi primeiro e as mais difíceis deixei para o final", expõe Samara. 

Ela explica que até tentou começar pela prova de matemática, estratégia essa que, segundo ela, não deu muito certo. 

"Aí eu fui respondendo uma por uma mesmo... a maioria eu fiz tudo na base do chute mesmo", comenta ela. 

Enquanto essa irmã realizava o segundo enem de sua vida, sua gêmea encarava o Exame Nacional pela primeira vez, considerando a experiência como "horrível". 

"Eu já sabia que não era muito legal, mas estou traumatizada. Eu tô por dentro da nota de corte mas eu acho que não vou conseguir não... tenho quase certeza. Agora é estudar muito para o ano que vem ter que passar por essa experiência de novo", cita Stephanie.

Em complemento, Samara compartilha da "dor" da irmã e confirma que na hora da matemática, as contas costumam complicar e muito o desafio. 

"É difícil. E aquela folha de rascunho também me deixou perdida, não teve isso no ano passado e se teve eu não lembro", diz a jovem. 

Seguros e inseguros

Treineira aos 13 anos, Beatriz Silva Nunes foi incentivada pela escola a realizar o Enem 2024, por aconselhamento dos professores de que seria melhor para seu futuro, encarando também o primeiro dia de provas como "mais fácil", apesar de se deparar com questões que entraram em sua grade curricular da escola neste ano. 

Ainda que redação assustasse, candidatos não puderam classificar o segundo dia de provas como "mais fácil". Beatriz na saída do Enem. Foto: Marcelo Victor/C.E

"Sou mais humanas do que exatas. A redação, eu achei que o tema era um tema fácil, mas o argumento tinha que ser muito bom para se diferenciar dos outros", comenta. 

Beatriz, que em 2025 terá ainda mais um ano como “treineira”, antes de enfrentar "para valer" o Exame Nacional, afirma que não pôde dizer que as questões da prova foram surpresa, justamente por conter questões que já tinha se deparado durante o ano escolar. 

"Fui bem preparada [na escola], por exemplo, uma questão de média que eles [professores] prepararam a gente, bem como passaram um resumão sobre a maioria das coisas que caem, então deu para aproveitar um pouco isso”. 

João Gabriel, de 18 anos, é outro que, apesar de estar lidando nesse segundo dia com a área de estudos que mais tem familiaridade, respondeu todas as questões o mais rápido que pôde e "se livrou" da prova assim que foi permitido sair da sala de aula. 

"A maioria [do que foi dado em sala] caiu. As questões fiz na ordem mesmo, batidão, não teve essa de pular questão. Estava fácil, o primeiro dia foi mais ou menos por eu não fazer muito humanas", diz. 

Aluno do terceiro ano do colégio Elite Mace, aos 18 anos, João faz o Exame Nacional pela segunda vez, mirando a parte de computação das ciências exatas e se sentindo bem preparado para este ano, em comparação ao primeiro Enem feito por ele em 2023. 

"[Em comparação com o Enem de 2023] para esse ano eu já estava mais bem preparado. Não trouxe lanches, só a minha garrafinha d'água", expõe.

 Aluna do "terceirão" do Colégio Zélia Quevedo, Esteffany Caroline aparece também no time daqueles que tentam o "tudo ou nada" no Enem deste ano, alegando que a redação foi sim difícil, mas que as avaliações de exatas não deixaram a desejar no quesito "quebrar a cabeça".

Com a intenção de cursar direito, ela ressalta que a redação assustava, de fato, porém, não pode classificar o segundo dia de provas como "mais fácil". 

"Ano passado não consegui participar... esse ano não sei dizer, não foi bom mas também não sei se fui bem. E do que estudei durante o ano, gráficos, por exemplo, caiu [na prova]", diz ela, alegando que não dava para usar a desculpa do "não estudei". 


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