Cidades

ABSTENÇÃO

Fez o Enem? Veja quantos candidatos faltaram ao 1º dia de prova

Próximo fim de semana terá a segunda rodada de provas

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Em Mato Grosso do Sul, 17.655 inscritos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) faltaram ao primeiro dia de provas, nesse domingo (3). Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o montante resulta em uma abstenção de 25,1%.

O índice foi o quinto maior no Brasil. O estado campeão em faltas foi o Amazonas, com 31,1% de ausência, seguido pelo Mato Grosso (25,9%), Roraima (25,3%) e Rondônia (25,2%). Quem não conseguiu fazer a prova por conta de problemas logísticos, como desastres naturais, falta de energia, etc poderá pedir a reaplicação do exame, agendado para os dias 10 e 11 de dezembro.

Em todo o Brasil havia 5.095.388 inscritos no Enem, dos quais 3.920.638 foram fazer o exame, o que resulta em um porcentual de presença de 77% e de 23% de ausência (1.174.750 de candidatos). O Inep informou que esses dados são preliminares. Os definitivos serão aplicados pelo consórcio aplicador da prova na divulgação dos resultados.

Foram eliminados 376 candidatos, resultado das novas regras para garantir a segurança. A principal delas foi em relação à proibição de emissão de sons por aparelhos eletrônicos, mesmo dentro do envelope porta-objetos fornecido pelos fiscais de prova. Nesse número, também estão pessoas que se negaram a ser identificadas por biometria, por exemplo.

COMO FOI A PROVA

Calor, tempo seco, medo de perder o horário e a vontade de fazer a tão sonhada faculdade. Tudo isso marcou o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio. Os portões dos locais de prova abriram pontualmente às 11h e fecharam ao meio-dia no horário local. Os candidatos precisaram ter muita atenção quanto ao relógio, já que as informações oficiais sobre a prova sempre usam o horário de Brasília.

Essa confusão fez Denner Pereira Bento, 17 anos, perder a prova. “Achei que o portão fechava 13h no horário de Mato Grosso do Sul. Me confundi com o horário de Brasília”, disse o garoto.

Quem chegou com antecedência enfrentou calor de 33°C com sensação térmica de 37°C segundo o meteorologista Natálio Abrão, da Uniderp. Faltou espaço para acomodar tanta gente na sombra. Muitos se espremiam embaixo das árvores e nos abrigos dos pontos de ônibus e alguns tiveram que esperar no sol.

Todos correram para dentro da universidade assim que liberados não apenas para encontrar a sala, mas para aproveitar os condicionadores de ar das salas e se refrescarem um pouco.

Quem gostou do calor foram os vendedores de plantão. Além de acadêmicos de vários cursos angariando fundos para formaturas, associações atléticas e centros acadêmicos, houve ainda os ambulantes que além das bebidas também ofereciam “geladinhos” para aliviar o calor dos candidatos.

A REDAÇÃO

Tema do texto dissertativo-argumentativo (Democratização do acesso junto ao cinema no Brasil) surpreendeu os candidatos. Estudantes que fizeram a prova na Capital foram unânimes ao afirmar ao Correio do Estado que apostavam em outros temas mais em evidência atualmente.

O tema foi divulgado após às 12h30, no horário local, quando o exame começou a ser aplicado em todo o país.

No próximo domingo (10), são cinco horas para responder às questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e de Matemática, totalizando 180 perguntas. O acesso às salas é liberado com a apresentação de documento de identidade oficial com foto.

 

Mato Grosso do Sul

MPT quer desapropriar fazenda que usava trabalho escravo e destinar à reforma agrária

A Fazenda Carandazal já havia sido autuada em 2015 pelas mesmas irregularidades trabalhistas deste ano

25/03/2025 18h29

Fazenda é flagrada com trabalhadores em situação análoga à escravidão

Fazenda é flagrada com trabalhadores em situação análoga à escravidão Policia do MPU

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Ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Mato Grosso do Sul requereu, na Justiça, a desapropriação da Fazenda Carandazal, em Corumbá, além do pagamento de R$ 25 milhões a um dos proprietários, como punição à conduta de um dos proprietários. A ação contra a propriedade tramita na Vara do Trabalho de Corumbá. 

Os autos da ação narram várias evidências que apontam para uma sucessão de vítimas de trabalhos análogos à escravidão na propriedade de Moacir Duim Júnior e de sua esposa, Cristiane Kanda Abe.

Em fevereiro deste ano, foram resgatados quatro trabalhadores na fazenda em condições análogas à escravidão, vindos de um longo histórico de exploração de mão de obra. 

Um dos proprietários é reincidente na prática de violação de direitos dos trabalhadores, o que leva a expropriação da fazenda a ser uma punição justa a essa conduta, segundo o MPT.

A Carandazal deverá ser destinada à reforma agrária e a indenização monetária por danos morais será revertida a instituições e projetos de interesses sociais, caso os pedidos dos MPT sejam acolhidos pela Justiça. 

O procurador do trabalho Paulo Douglas Moraes defende que a ação do MPT busca reverter as punições em benfeitorias para a sociedade. “A ação na vara do MPT visa atingir vários objetivos: o de punir a conduta da redução de trabalhadores ao trabalho análogo ao escravo, mas vai além. Busca ressarcir a própria sociedade com dano moral coletivo, para que possamos reverter para a sociedade os valores que compensam os danos causados por esse fazendeiro e, nesse caso, dada a gravidade da situação, onde houve uma tentativa deliberada de ocultação de provas, há, também, o pedido para expropriação da propriedade.” 

Em agosto de 2015, um dos donos da Fazenda Carandazal recebeu cinco autos de infração da Fiscalização do Trabalho. Destes, um deles por manter empregado sem registro e outro por deixar de fornecer Equipamento de Proteção Individual (EPI) aos seus empregados. Os mesmos autos foram registrados em fevereiro deste ano. 

Para o MPT, essa postura de menoscabo decorre do grande lapso temporal sem novas abordagens e as penalizações brandas soam como um estímulo ao descumprimento das normas trabalhistas. “Percebemos ao longo do tempo que há uma falta de sensibilidade, sobretudo dos empregadores rurais do estado com relação a necessidade de revisar e superar questões culturais que envolvem e levam à naturalização do trabalho escravo.” 

Devido a essa insensibilidade somente com a aplicação de multas e danos morais, o MPT decidiu "lançar mão deste novo expediente que é a expropriação da terra e assim buscar e atentar um reposicionamento dos empregadores em relação a esse crime que é um crime que não pode ser tolerado”, explica o procurador. 

Segundo a Assessoria do MPT, desde o resgate destes trabalhadores, foram realizadas duas tentativas de se chegar a um acordo extrajudicial das questões cíveis e trabalhistas, mas, em ambas as audiências, além de não comparecer e apenas enviar representantes legais, o dono da fazenda informou não haver interesse em assinar o acordo, alegando não ser o responsável pela contratação da equipe. 

A orientação do Ministério Público do Trabalho às vítimas é o de aguardarem as notícias quanto ao andamento das ações judiciais. Nenhuma verba rescisória ou acerto financeiro foi acertado aos trabalhadores. 
 

Cidades

Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande

Homem teria indicado a posição de Thiago Leite Neves, conhecido como 'Diabolin', no dia do crime

25/03/2025 18h14

Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande

Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande Divulgação

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No terceiro dia de desdobramento dos casos de homicídio por narcotráfico em Campo Grande, as investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que o suspeito de assassinato de Thiago Leite Neves, conhecido como Diabolin, ocorrida no último dia 10 de março, teria um olheiro, preso na manhã desta terça-feira (25). 

Na ocasião, Thiago e sua companheira estavam em frente à residência do casal, quando foram atingidos por disparos de arma de fogo, realizados por um desconhecido, que estava na garupa de uma motocicleta. 

Durante a investigação, foi descoberto que os executores contaram com o auxílio do olheiro, que indicou a posição da vítima no dia do crime. O homem foi localizado no Parque Lageado. 

Ao ser abordado, ele estava na companhia de outro indivíduo que, ao ser checado nos sistemas policiais, verificou-se ser também um foragido da Justiça.

Ambos receberam voz de prisão e foram conduzidos até a DHPP, onde foram interrogados.

Morte em confronto

Na noite da última quinta-feira (20), um homem, de 22 anos, apontado como o principal suspeito de assassinar Thiago Leite Neves, morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Choque (BPMCHoque), na região da antiga estação Guavira, próximo a BR-060, saída para Sidrolândia, zona rural de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, militares estavam em diligências para apurar uma série de homicídios na Capital, quando localizaram dois homens no local citado, momento este que o criminoso tentou fugir e pulou em uma residência. Os policiais o perseguiram e deram voz de abordagem, mas ele desobedeceu, sacou a arma e atirou contra os militares.

Para se defenderem, revidaram, balearam e desarmaram o homem. Ele tinha mandado de prisão em aberto, estava evadido do sistema prisional e possuía diversas passagens pela polícia, como quatro homicídios, roubo, furto e receptação.

Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

Participação em outros homicídios

Nesta segunda-feira (23), foi identificado que o cúmplice do atirador morto no último dia 20 de fevereiro, identificado como M.S.R, seria o coautor de outras duas mortes num período de 50 dias.

O primeiro aconteceu no dia 1° de fevereiro, Filipe Augusto de Brito Correa foi morto no interior de uma oficina mecânica, de acordo com M.S.R, o crime teria sido encomendado por um traficante de drogas, que afirmou que a vítima estaria prejudicando-o.

Nesse caso, M.S.R afirmou ser o autor dos disparos, no entanto, ele não revelou a identidade do piloto da motocicleta que o levou até o local do crime, bem como a do mandante.

Já no dia 8 do mesmo mês, Douglas Cosme dos Santos Rocha, conhecido como Cuiabano foi morto com a justificativa de que estaria com dívida por aquisição de drogas. Da mesma forma, M.S.R confessou ser o autor dos disparos, mas não forneceu informação sobre o indivíduo que pilotava a motocicleta utilizada na empreitada.

Em ambos os casos foi utilizada uma pistola calibre 9mm e efetuados múltiplos disparos contra as vítimas.

Outro caso em que M.S.R também está envolvido é no da morte de Thiago Leite Neves, conhecido como Diabolin - executado em frente a sua casa, no bairro Dom Antônio. Neste, M.S.R disse que estaria sendo ameaçado pela vítima, pontuou ainda que ele o monitorou e pilotou a motocicleta que levou o verdadeiro atirador ao local dos fatos.

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