Cidades

PERIGO

Fim da estiagem provoca alerta para casos de dengue

Saúde espera aumento de notificações da doença transmitida por mosquito

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Apesar da diminuição das notificações de casos de dengue nos meses de junho, julho e agosto, o início do período  intenso de proliferação do Aedes aegypti – mosquito que também transmite outras doenças, entre elas, zika e chikunguya – voltou a provocar alerta das autoridades de saúde em Campo Grande. Este ano, oito pessoas morreram vítimas de dengue na Capital.

A preocupação é por conta do fim do período de estiagem e do começo da primavera, que tende a ser um período mais úmido e quente, o que deixa as condições favoráveis para a reprodução do vetor.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) apontam que em junho houve 2.262 notificações. Mas a quantidade caiu 74% no mês de julho, quando foram registrados 585. Já o mês de agosto somou 162 e setembro somente 63 notificações até agora.

Conforme a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, as notificações começaram a cair durante o inverno, que durou de 21 de junho até 23 de setembro. “Nós percebemos uma diminuição nos meses de junho, julho e mais acentuada em agosto, conforme as condições do inverno foram chegando”, disse.

Ela explicou ainda que a estiagem e a baixa umidade relativa do ar não deixam o ambiente propício para a proliferação do mosquito, que precisa de umidade e temperaturas altas. 

Com a chegada da primavera, as condições climáticas no Estado mudaram, e as chuvas, apesar de fracas e rápidas, começaram a ocorrer, fazendo com que as temperaturas, que estavam chegando aos 39ºC, ficassem mais amenas.

ALERTA

No extremo-sul do Estado também foram registrados temporais com alguns prejuízos. As mudanças, com alta umidade e temperatura, deixam o ambiente favorável para a reprodução do Aedes. Atualmente, a Capital está com os menores índices de notificação de dengue, zika e chikungunya desde o início do ano, quando havia uma epidemia, mas o alerta permanece. 

Para manter os índices baixos, a prefeitura estabeleceu um cronograma de ações de combate ao mosquito, em que os bairros com os maiores índices de infestação vão receber mutirões. No dia 30 deste mês, a região do Bairro Lajeado será atendida pelo Projeto Cidade Limpa.

“Também vamos continuar o trabalho de educação em saúde nas escolas e com a população, para a conscientização. [Vamos] Reforçar as medidas de controle e fazer os mutirões nos bairros, pois alguns são considerados casos graves, como na região sul”, disse a superintendente.

CUIDADOS

A principal forma para combater a proliferação das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é evitando a multiplicação do mosquito, portanto, com as chuvas ainda isoladas, deve-se aproveitar a estiagem para fazer ações que costumam demandar mais tempo, como a limpeza das calhas, das caixas-d’água e das piscinas.

Potes de água dos animais de estimação, pratos que ficam embaixo de vasos de plantas, banheiros que não são frequentemente utilizados e até brinquedos espalhados pelo quintal precisam de atenção, já que os ovos do mosquito permanecem no recipiente por até seis meses, mesmo sem água, esperando o momento exato para eclodir.

“Não pode dar chance para a doença, tem de ter cuidado em relação aos criadouros, principalmente nas casas, nos comérciose em terrenos sem ocupação, em que há o risco de as pessoas jogarem algo que pode aculumar água”, disse Veruska. 

Consequentemente, com a diminuição das notificações da dengue, as mortes pela doença também cessaram. O último caso é de uma criança de 5 anos, que morreu no dia 1° de maio, no auge da epidemia.

Campo Grande segue como líder em mortes pela doença, com oito confirmações, seguida por Dourados (7), Três Lagoas (3) e Coxim (2). Outros seis municípios tiveram um óbito cada: Maracaju, Ponta Porã, Costa Rica, Corumbá, Miranda e Amambai.

VÍRUS TIPO 2

Neste ano, a dengue surpreendeu com a volta do vírus tipo 2, que não circulava no Estado desde 2002. “Nós estamos em um período sazonal por conta dessa diminuição. E nós tivemos a reintrodução da dengue tipo 2. Faz bastante tempo que não circulava e a população está mais suscetível a pegar esse tipo”, alertou Veruska Lahdo. Os tipos mais comuns da doença são 1 e 3, e até então há 4 tipos.

Cidades

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Um dos suspeitos já estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN

20/03/2025 17h00

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS Divulgação

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Três homens, incluindo pai e filho, foram presos por envolvimento em um roubo cometido contra um idoso de 66 anos no município de Miranda, ocorrido na noite do dia 18 de março de 2025.

Na ocasião, os homens invadiram uma conveniência em Miranda, onde, além de subtrair jóias e outros pertences da vítima, mantiveram o idoso sob ameaça, utilizando uma arma de fogo. Após tomar conhecimento do crime, o DRACCO iniciou as investigações para identificar os responsáveis, recuperar os objetos roubados e apreender a arma usada no crime.

A operação contou com a troca de informações entre as equipes do DRACCO e as Polícias Civil e Militar de Bonito. Após diligências, os policiais identificaram três suspeitos: I.P.O. (50), líder do grupo, seu filho W.F.O.L. (26) e J.S.R.J. (34).

Já na tarde da última quarta-feira (19), o líder do grupo foi localizado enquanto se deslocava para Campo Grande, dirigindo um veículo GM/Onix de cor prata. Durante a busca no veículo, os policiais encontraram as jóias roubadas, que foram prontamente reconhecidas pela vítima.

Além disso, foi constatado que o suspeito estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN/MS.

Dando continuidade às investigações, policiais civis e militares de Bonito conseguiram prender W.F.O.L. e J.S.R.J. e apreenderam a arma usada no crime um revólver calibre .38 além de roupas e outros objetos relacionados ao crime.

Os três suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de roubo contra pessoa idosa, com as qualificadoras de concurso de agentes, emprego de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima. Vale ressaltar que tanto I.P.O. quanto seu filho W.F.O.L. possuem passagens na polícia, por crimes como roubos e extorsão mediante sequestro.

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Cidades

Polícia indicia "falsa biomédica" que deformou paciente em Campo Grande

A suspeita, que não possui nível superior, foi investigada após quatro mulheres que passaram por procedimentos estéticos irem parar no hospital, e uma delas ficar com deformidades

20/03/2025 15h33

Crédito: Freepik

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Uma mulher de 27 anos, que atendia pacientes se passando por biomédica e esteticista e levou pacientes a diversas internações após o atendimento, foi indiciada pela Polícia Civil de Campo Grande.

A investigação teve início quando quatro mulheres que foram atendidas pela suspeita, que atuava em um espaço de coworking, apresentaram sintomas graves após um tratamento estético de preenchimento labial em setembro de 2024.

A suspeita sequer possui formação superior e, ainda assim, se apresentava para as clientes como biomédica e esteticista.

Para se ter ideia, depois de realizar o procedimento, as vítimas foram parar no hospital, passaram por atendimento médico e, em um dos casos, uma paciente precisou ser submetida a uma traqueostomia.

Os laudos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicaram que, ocorreram lesões de natureza gravíssima, já que uma vítima acabou com deformidade permanente na região da mandíbula em decorrência de fibrose.

Investigação

Policiais da Segunda Delegacia de Polícia (2ª DP) apreenderam, na residência da investigada, medicamentos de uso estético que só podem ser utilizados por profissionais formados em medicina, odontologia e biomedicina.

Além disso, a medicação não estava armazenada da maneira indicada. Outro ponto é que os produtos não possuíam registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foram importados ilegalmente.

Na casa da “falsa biomédica”, a equipe localizou um diploma de estética falsificado em nome de uma faculdade de Campo Grande, o que, segundo a investigação, foi utilizado para induzir os pacientes ao erro, já que confiavam na suposta formação técnica da profissional.

Ao analisarem o certificado, os peritos constataram que o documento era falso.

Com isso, a Polícia Civil acionou a Justiça, que proibiu a mulher de continuar atuando como esteticista. A suspeita foi indiciada por lesão corporal de natureza gravíssima, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa, indução do consumidor a erro e uso de documento falso.

O próximo passo fica a cargo do Ministério Público, que definirá por quais crimes ela será denunciada. Para se ter ideia, somando apenas as penas mínimas dos delitos cometidos, a reclusão ultrapassa dez anos e pode chegar a mais de 25 anos no máximo.

“São, em geral, métodos invasivos, com injeção de medicação além da derme”, explica a delegada que atuou no caso, Bárbara Alves. “São procedimentos caros, então o interessado deve sempre desconfiar de preços muito promocionais e pesquisar antes se o profissional possui registro no conselho de sua categoria”, alertou a Polícia Civil.

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