Cidades

MEIO AMBIENTE

Fórum discute mudanças climáticas e importância de tornar MS em carbono neutro até 2030

Ciclo de palestras apresenta perspectivas e enfatiza a importância da sustentabilidade, biodiversidade, preservação, recursos hídricos e balanço de carbono para o meio ambiente

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Fórum Estadual de Mudanças Climáticas de Mato Grosso do Sul ocorre nesta segunda (1) e terça-feira (2), na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), localizado na avenida Mato Grosso, número 1.661, em Campo Grande.

Com o tema “Por um MS Verde, o tempo é agora”, o evento enfatiza a importância da sustentabilidade, biodiversidade, preservação, recursos hídricos e balanço de carbono para o futuro.

Na segunda-feira (1), o evento abrangerá dois painéis temáticos: “Agenda climática: missões e mitigação” e “Conectando os três pilares da sustentabilidade na prática”.

Na terça-feira (2), haverá oficinas práticas de soluções sustentáveis de pecuária, manejo do fogo, estratégias de carbono neutro, conservação de recursos hídricos e modelos inovadores de agropecuária sustentável.
O fórum reúne autoridades, políticos, especialistas e representantes da sociedade civil.

Na manhã desta segunda-feira (1), o pesquisador, coordenador do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e doutor e mestre em Direito pela Universidade de Harvard, Daniel Vargas, abordou sobre a urgência da transição climática e transformação do Verde em Valor.

Na ocasião, foi assinado o Termo de Cooperação “Roadmap” entre o Sebrae e Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), que visa identificar as potencialidades e vulnerabilidades dos municípios de Mato Grosso do Sul em relação às mudanças climáticas e, a partir disso, criar uma agenda local de trabalho.

Também foi firmado edital entre o Governo de Mato Grosso do Sul e Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect), que relaciona editais de pesquisa, trabalho e mudanças climáticas.

Os documentos foram assinados pelo governador, Eduardo Riedel (PDSB); titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC), Jaime Verruck; diretor do Sebrae, Cláudio Mendonça; deputado estadual, Rinaldo Modesto (Podemos), deputado estadual, Paulo Duarte (PSB), secretário-executivo da SEMADESC, Artur Falcette, entre outras autoridades.

De acordo com Riedel, o fórum traz valores de desenvolvimento econômico sustentável, responsabilidade ambiental, preservação de biomas, balanço do carbono neutro e proteção dos recursos hídricos.

“Concretiza um eixo que é base do nosso desenvolvimento, que é a responsabilidade ambiental e a sustentabilidade. Se vocês olharem toda a nossa estratégia de desenvolvimento, ela tem na sustentabilidade um vetor principal. Além de discutir sustentabilidade do seu ponto de vista econômico também, não só da preservação dos nossos biomas, da biodiversidade, do balanço de carbono, da proteção às águas, mas também do ponto de vista econômico. Então o fórum vem hoje para balizar, direcionar e internalizar as grandes discussões que estão acontecendo no que diz respeito a essa temática”, destacou o chefe do executivo estadual.

Segundo o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, o objetivo do fórum é caminhar sustentavelmente para tornar o Estado reconhecido internacionalmente como Carbono Neutro até 2030.

“O fato de nós chegarmos em 2030 com o carbono neutro, ela não estanca o processo de mudança climática. Até lá, obviamente, que as mudanças climáticas vão continuar. O objetivo da mudança climática é a gente olhar um pouco mais no longo prazo, que exatamente é como nós vamos mitigar e adaptar o estado a esse grande processo que está implantado e que vai ocorrer no mundo inteiro”, disse o secretário.

Campo Grande

Igreja promove ação de plantio de árvores e conscientização sobre o meio ambiente

Neste sábado (28), a comunidade Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias promove ação social com atividades de plantio de árvores e limpeza do Parque das Nações Indígenas

27/09/2024 16h44

Imagem Divulgação

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A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias promove, neste sábado (28), a ação ambiental “Mãos que Ajudam” no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande.

Neste ano, o tema da mobilização escolhido foi “Mãos que Ajudam o Meio Ambiente”, que tem como objetivo conscientizar a população a respeito da importância da preservação ambiental.

Durante o evento, também serão abordados temas como:

  • Combate à poluição;
  • Resíduos sólidos.

O início da atividade será às 7h30, com a limpeza de áreas verdes e plantio de mudas no Parque das Nações Indígenas.

Segundo os organizadores, o evento tem como objetivo despertar a cultura do cuidado com o espaço coletivo e a preservação ambiental.

Com caráter inclusivo, todos os públicos e idades estão convidados a colaborar da forma que puderem.

Imagem Divulgação

Hidratação

No local, os participantes contarão com pontos de distribuição de água para auxiliar a participação da comunidade.

“A expectativa é mobilizar um grande número de pessoas, reforçando o senso de coletividade e destacando a importância de pequenas ações que, somadas, fazem uma grande diferença. Além da ação de limpeza, o evento será uma oportunidade para fortalecer o vínculo entre a comunidade e o meio ambiente”, diz a nota do evento.

 

 

Certificado

A participação na atividade coletiva renderá certificado; interessados podem se inscrever por meio do link (https://abrir.link/FSCfi).

“O certificado reforça o compromisso com a cidadania e a educação ambiental. Todos estão convidados a se unir a essa importante iniciativa em prol da sustentabilidade e do cuidado com o planeta.”

Saiba: O programa promovido pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ocorre desde 1989 e, desde então, tem mobilizado milhares de voluntários com o intuito de promover ações de ajuda humanitária e atividades pelo meio ambiente.

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Cidades

Deflagrada há 5 anos, Omertà resultou em penas de 129 anos de prisão

No total, foram 17 pessoas condenadas, sendo 11 deles agentes de segurança pública, além de Jamil Name Filho

27/09/2024 16h00

Omertà resultou em condenações que somam 129 anos de prisão

Omertà resultou em condenações que somam 129 anos de prisão Marcelo Victor / Arquivo

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A Operação Omertà, uma das maiores ofensivas contra o crime organizado em Mato Grosso do Sul e que revelou a existência de uma milícia armada ligada à exploração do jogo do bicho, formada por empresários e agentes de segurança pública, completa cinco anos de deflagração nesta sexta-feira (27). 

Ao longo deste período, a operação teve sete fases, sob responsabilidade do Grupo de Atuaçaõ Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que resultaram na condenação de 17 acusados, com penas que somam 269 anos de prisão.

Dentre os principais nomes acusados e condenados por envolvimento na milícia armada estão Jamil Name Filho, condenado há mais de 73 anos de prisão; o ex-guarda municipal Marcelo Rios, o policial aposentado Vladenilson Olmedo e o ex-policial federal Everaldo Monteiro Assis.

Jamil Name também foi preso durante ações da Omertà, em setembro de 2019, apontado como chefe da organização criminosa, morreu em junho de 2021, aos 82 anos, em decorrência da Covid-19. Ele estava preso em Mossoró (RN) e não chegou a passar por julgamento antes da morte.

"Ao levar para a prisão pessoas de sobrenome influente e seus comandados, a Omertà trouxe - além de mais de 269 anos de reclusão em condenações - os sentimentos de justiça, alívio e esperança para famílias que sofreram com a violência e os desmandos perpetrados para assegurar os negócios ilícitos ou, ainda, se vingar de inimigos por questões banais", diz o MPMS, em nota.

Omertà em números

Dentre os números expressivos da Omertà estão:

  • 17 condenados
  • 21 ações penais
  • 269 anos em penas de reclusão
  • 11 agentes de segurança pública punidos, entre policiais civis, um delegado, guardas civis metropolitanos, um policial militar e um policial federal

Os crimes denunciados incluem:

  • Organização criminosa
  • Obstrução à justiça
  • Extorsão
  • Homicídios
  • Posse/Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito
  • Receptação
  • Corrupção ativa e passiva
  • Lavagem de dinheiro

Casos emblemáticos

A primeira fase da Operação Omertá foi deflagrada em setembro de 2019. 

Dentre os casos emblemáticos, destaca-se o assassinato do estudante Matheus Coutinho Xavier, que foi executado por engano no lugar do pai, Paulo Roberto Teixeira Xavier, conhecido como PX, em 9 de abril de 2019.

Jamil Name Filho foi acusado de ter sido o mandante do crime, enquanto Marcelo Rios e Vladenilson seriam seus intermediadores, ou seja, responsáveis pela contratação de uma dupla de pistoleiros.

Os  pistoleiros foram à casa de PX, no Bairro Jardim Bela Vista, em Campo Grande.  Assim que a caminhonete saiu da garagem do militar, a dupla disparou tiros de fuzil contra o motorista.No entanto, o filho de PX era quem conduzia o veículo.

Jamilzinho, foi condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e o emprego de recursos que dificultaram a defesa da vítima.

Ele também foi condenado por posse ilegal de arma de fogo (um fuzil AK-47, de calibre 7,62) a 3 anos e 6 meses de prisão, além de pagamento de 60 dias-multa.

Outro caso de repercussão foi o homicídio do empresário Marcel Hernandes Colombo, conhecido como Playboy da Mansão, morto em 18 de outubro de 2018 em um bar na Avenida Fernando Corrêa da Costa.

O assassinato teria sido motivado por vingança de desentendido anterior da vítima e Jamilzinho em uma boate, em Campo Grande, quando Marcel deu um soco no nariz de Jamilzinho.

Por este crime, Jamilzinho foi condenado a 15 anos de prisão, sendo considerado o mandante do crime.

Marcelo Rios foi condenado a 15 anos de prisão, enquanto o policial federal Everaldo Monteiro de Assis pegou 8 anos e 4 meses de detenção. O primeiro segue preso, já o ex-agente federal poderá recorrer em liberdade, pois não foi decretada a sua prisão preventiva.

O quarto julgado, o ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira foi condenado a 2 anos, 6 meses e 30 dias em regime aberto. Com isso, ele também não será preso.

Próximos passos

Conforme o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, os trabalhos da Omertà continuam, como uma coluna ativa contra o crime organizado em Mato Grosso do Sul.

"Ainda há ações penais em trâmite, algumas condenações já transitaram em julgado e outras aguardam julgamento em segunda instância em virtude de recursos interpostos", diz o órgão.

O MPMS cita ainda que a partir da Omertà, seguiram-se outras iniciativas para combater grupos criminosos, dentre elas a operações Sucessione, para desbaratar organização criminosa que queria assumir o comando da jogatina e, mais recentemente, a operação Forasteiros, que foi às ruas para prender sete pessoas ligadas a grupo vindo de São Paulo com o mesmo objetivo.

“A Omertà advém do competente trabalho investigativo desenvolvido, sobretudo, nos procedimentos de investigação criminal (PIC) conduzidos pelo Gaeco e os resultados alcançados até a presente são fruto de esforço coletivo de diversos membros do Ministério Público e de parcerias com outras Instituições. É preciso celebrar a prevalência da justiça nas condenações obtidas, bem como destacar a transformação social que o resultado punitivo promove, a partir do esperançar na redução da impunidade. Mas o trabalho segue firme, forte e consistente nas variadas ações e recursos que seguem em curso, inclusive junto aos Tribunais Superiores", conclui o Gaeco.

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