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Frente fria continental com forte massa de ar frio derruba as temperaturas

Virada no tempo pode levar Mato Grosso do Sul a ter frio mais intenso do ano

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Uma intensa massa de ar frio avança de forma continental sobre a Argentina, o Uruguai e parte do Brasil, chegando a Mato Grosso do Sul a partir da sexta-feira (21). 

O frio deverá ser o mais forte já registrado no Estado neste ano, com a previsão de geada para vários municípios.

De acordo com dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), a previsão inicial é que as temperaturas cheguem a 2ºC no sul do Estado e 5ºC em Campo Grande, entretanto, esses números podem ser menores que os demonstrados pelos modelos.

Este ano, o dia com a menor temperatura no Estado foi 8 de maio, com 1,1ºC em Iguatemi. Porém, a previsão desse dia indicava temperatura de 3ºC. 

“Isso é porque a gente já fez a previsão com um longe período de antecedência. Por enquanto tem tendência forte de bater a mais forte do ano e passar esse 1,1ºC”, afirmou Franciane Rodrigues, coordenadora do Cemtec-MS e especialista em meteorologia.

QUEDA

A queda acentuada começa na sexta-feira, que tem previsão de céu nublado em todas as regiões, com chuva no Pantanal, sudoeste, sul, centro e parte do bolsão do Estado. Podem ocorrer também chuvas intensas, ventos fortes e raios. 

A temperatura no Estado pode chegar a 5ºC. Na Capital, a mínima será de 8ºC e a máxima fica em 15ºC.

Já o sábado deverá ser o dia mais frio do ano para algumas cidades do Estado, como Amambai, que, segundo a coordenadora do Cemtec, pode chegar a 2ºC. 

Nesse dia, as chuvas diminuem em Mato Grosso do Sul e a previsão é de céu parcialmente nublado. 

A massa de ar frio de origem polar se intensifica, causando queda acentuada nas temperaturas, com possibilidade de geada em Campo Grande e na região sul do Estado.

Os ventos serão fracos em todas as regiões de MS e as temperaturas poderão variar entre de 2°C a 26°C em todo o Estado. Na Capital, a variação será entre 5 °C a 18 °C.  

ÚLTIMO REGISTRO

Ainda conforme o Cemtec, o último inverno mais rigoroso no Estado ocorreu em 2013, quando foram registradas cinco temperaturas negativas ao longo do mês e houve registro de neve generalizada no sul do Brasil. 

A menor temperatura histórica de agosto, pelos dados do centro, foi em Bela Vista, no dia 28, quando a cidade registrou -2,5 °C.

No ano passado, a menor temperatura de agosto em Mato Grosso do Sul ocorreu no dia 4, em Rio Brilhante que registrou -0,9ºC, “sendo a última temperatura negativa do mês de agosto registrada”, disse o centro em nota.

“É uma frente fria continental com forte massa de ar frio associada de origem polar, e poderá ser a mais forte do ano. O ar frio enfraquece a partir de terça-feira”, analisou a coordenadora do Cemtec.

Esses dados também são parecidos com os informados pelo meteorologista Natálio Abrahão, do Centro Meteorológico da Uniderp. 

Segundo ele, ainda é cedo para dizer que essa frente fria será a maior dos últimos anos, mas ele confirma que será a maior deste ano. “Tirem os casacos dos armários”, alertou.

CHUVA CONGELANTE

Em 2013, o ano que ocorreu o maior frio da séria histórica (de 2008 a 2020), as temperaturas baixas fizeram a formação de chuvas congelantes em Paranhos – a 462 quilômetros de Campo Grande. 

No dia 22 de julho daquele ano, o município registrou 0ºC, com sensação de -0,9ºC, e esse fenômeno fez muitos moradores acreditarem que estava nevando na cidade.

Porém, segundo Abrahão, para que ocorra neve é necessário que as temperaturas fiquem entre 0,2°C e -10ºC, com umidade acima de 90%, vento fraco e nuvens. 

“Se o céu estiver aberto, não é neve”.

“Ela desce em forma líquida e se congela ao atingir uma superfície qualquer. É semelhante, mas não é neve”, pontuou na época. 

O mesmo fenômeno teria ocorrido em Costa Rica, Figueirão, Juti, Jateí e Amambai naquele dia.

PANTANAL

Bombeiros irão prevenir incêndios com apoio de 52 militares, 13 viaturas e 5 embarcações

Prevenção é feita por meio da abertura de aceiros e capacitação de fazendeiros/produtores rurais sobre como devem agir em caso de queimadas

16/04/2024 12h45

Coronel Adriano Noleto Rampazo, do CBMMS MARCELO VICTOR

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Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) atuará na prevenção de incêndios no Pantanal Sul-mato-grossense.

De acordo com o subcomandante geral da corporação, coronel Adriano Noleto Rampazo, cerca de 52 militares estarão alocados em 13 bases e terão apoio de, no mínimo, 13 viaturas e cinco embarcações, a partir de maio de 2024, no Pantanal. 

O objetivo é realizar trabalho preventivo de combate ao fogo nos meses de estiagem, que ocorre de maio a outubro. Militares irão conferir aceiros, abrir pontes para facilitar o acesso e capacitar fazendeiros, produtores rurais e funcionários de como devem agir em caso de incêndios. 

Segundo o subcomandante do CBMMS, a prevenção é o melhor caminho para evitar o incêndio florestal.

“O trabalho preventivo auxilia muito a diminuir os focos de incêndio, principalmente na capacitação que nós fazemos. A maioria das fazendas tem tratores, tem caminhões-pipas, mas não sabem como utilizar, conferindo a estrutura que as fazendas têm para auxiliar nos combates, porque cada fazenda também tem que ter sua estrutura. Então, nós vamos fazer essa capacitação”, explicou.

“PREVENIR É COMBATER”

Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) lançou a 12ª Campanha de Prevenção e Combate à Incêndios, na manhã desta terça-feira (16), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), localizado na rua Marcino dos Santos, número 401, Chácara Cachoeira, em Campo Grande.

O tema da campanha deste ano é “Prevenir é combater”. O objetivo é orientar e incentivar produtores rurais a prevenir incêndios antes da época de estiagem (maio a outubro), visando combater o fogo antes mesmo que ele chegue.

As formas de prevenir incêndios são:

  • Construir aceiros nos entornos das pastagens, às margens das casas, currais, celeiros, armazéns e galpões
  • Evitar usar fósforos e isqueiros próximo às áreas secas e os mantenha longe de crianças
  • Faça a correta manutenção de seus equipamentos com motores à combustão
  • Não ateie nenhum tipo de fogo em sua propriedade durante o período da seca (maio a outubro)
  • Evite usar fogo para queimar lixos, mesmo que seja os caseiros;
  • Mantenha as pastagens limpas
  • Não acenda fogueiras próximas à áreas florestais
  • Não descarte resíduos nas margens das estradas (bitucas de cigarro, vidros e latas)
  • Atuação de brigadistas

A orientação ocorre por meio de capacitações, treinamentos, palestras e peças publicitárias. Em rodovias de MS, há placas informativas instaladas na beira da via e distribuição de panfletos/adesivos que levam informações aos condutores. Além disso, profissionais do setor são treinados e capacitados para atuarem no combate ao fogo.

De acordo com o presidente do Reflore/MS, Luis Ramiro Junior, a campanha é essencial para evitar e minimizar incêndios no Pantanal.

“A campanha é voltada para a conscientização do público em geral em relação aos incêndios florestais que a todo ano são recorrentes, temos os períodos mais secos que ainda vão acontecer, então a gente faz agora com que as pessoas comecem a se preocupar porque na época da seca precisamos estar preparados para caso o fogo ocorra e a gente ter como lidar. Mas, o que a gente quer, é que o fogo não corra. O melhor combate é a prevenção. A gente quer que o produtor rural se prepare”, disse.

As queimadas são extremamente nocivas ao meio ambiente, pois emitem poluentes atmosféricos, reduzem a biodiversidade, destroem matas, devastam a vegetação, prejudicam a fauna e flora, eliminam a cobertura vegetal nativa, comprometem florestas, campos e savanas e matam o ecossistema.

Mudanças climáticas, calor excessivo, escassez de chuvas e baixa umidade relativa do ar favorecem a ocorrência de queimadas no Estado.

A campanha tem apoio da Famasul, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MS), Governo de Mato Grosso do Sul, Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo a Famasul, 4.529 focos de calor foram registrados em 2023 e 2.368 em 2022. A área queimada em 2023 foi de 1.328.700 m² no ano passado e 736.575 no ano retrasado.

PROTESTO POR TERRAS

Manifestantes ocupam prédio do Incra pedindo retomada da reforma agrária

Protesto organizado pelo MPL começou às 5h em Campo Grande

16/04/2024 12h31

Protesto do MPL na frente do prédio do Incra-MS Foto: Felipe Araújo

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Integrantes do Movimento Popular de Luta (MPL) realizam protesto pedindo o que chamam de reajuste de terras e a retomada da reforma agrária, nesta terça-feira (16), no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Campo Grande.

Com bandeiras e até caminhão de som, o protesto liderado pelo MPL tenta conversar com algum representante do Incra.

André Hoffimiester, membro do MPL, disse que o objetivo principal do protesto é conseguir um lugar digno para os sem-terra.

“Estamos pedindo o reajuste das terras para ser liberado para os moradores que são dos sem-terra, da área rural, que fica na beira de BR. Estão em busca de uma terra, de um lugar próprio para plantar, para colher, para poder comer, sobreviver.”, afirmou.

Além de hoje, André também relatou que outras conversas entre eles e o Incra já aconteceram, mas sem resolução do caso.

“Tem uns anos, nós saímos daqui, nós conseguimos falar com o povo do Incra, recebemos um papel, né? Que nós íamos sair da beira de BR e aí ficávamos sentados em um lugar, e que nós sairíamos dali direto para as terras. Aí nós estamos aqui de novo para reforçar o que eles tinham dito naquele papel.”, exclamou André. 

Manifestantes marcam presença desde às 5h e esperam reposta do órgão para, só então, deixar o local.

 

REFORMA AGRÁRIA

Em outubro do ano passado, um protesto organizado novamente pelo MPL bloqueou a BR-163 e a BR-267, segundo a Polícia Rodoviária Federal. O pedido era para a retomada da reforma agrária e o aparelhamento do Incra.

Dois meses depois desse protesto, o órgão divulgou que pretendia retomar os assentamentos da reforma agrária em março deste ano. Porém, abril chegou e nenhuma resposta do Incra foi obtida até agora.

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