Cidades

Capital e interior

Frigoríficos da JBS têm vazamentos
de amônia e incidente deixa feridos

Situação mais grave aconteceu em unidade de Ponta Porã

BÁRBARA CAVALCANTI

30/05/2017 - 19h11
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A unidade da JBS em Ponta Porã  teve vazamento de amônia na manhã de hoje. Conforme informações da assessoria do Hospital Regional Dr. José de Simone Netto, 27 pessoas foram intoxicadas e socorridas. Este foi o segundo vazamento só nesta terça-feira (30) em unidades distintas da empresa. Também houve problema em Campo Grande, na indústria que fica na saída para Sidrolândia.

De acordo com os Bombeiros, o vazamento no interior aconteceu por volta das 10h da manhã e foi mobilizado efetivo de sete viaturas e 11 militares.

Antes mesmo da chegada do socorro, o local já havia sido evacuado e nenhuma pessoa foi encontrada dentro da unidade, inclusive algumas já socorridas pelos próprios funcionários.

“O local ficou isolado por três horas, mas já foi liberado no mesmo dia. O Corpo de Bombeiros encaminhou 15 pessoas para o Hospital Regional”, informou o subcomandante em Ponta Porã, tenente Souza Neto.

O boletim médico divulgado pelo Hospital Regional em Ponta Porã informou que o total de 27 pacientes intoxicados pela amônia estavam estáveis e em observação. Às 16h, todos tinham passado por reavaliação médica e alguns já tinham sido liberados.

A JBS informou que apurava informações sobre o ocorrido em Ponta Porã e não divulgou posicionamento sobre o acidente até o fechamento desta matéria.

CAMPO GRANDE

O outro vazamento de amônia aconteceu também nesta manhã, só que na unidade da JBS em Campo Grande e mobilizou pelo menos quatro equipes do Corpo de Bombeiros. De acordo com informações dos militares, vazamento ocorreu em pequena escala e não houve feridos.

Ainda conforme os Bombeiros que estavam no local, funcionários faziam a manutenção de rotina na câmara denominada 11. Depois de ela ser fechada, houve pequeno vazamento de amônia, mas que foi controlado pela própria equipe técnica de segurança da empresa.

A Tenente do Corpo de Bombeiros Juliana Ribeiro informou que foi preciso deixar a câmara aberta para ventilação e confirmou que ninguém ficou ferido.

Conforme posicionamento da empresa, “nenhum colaborador foi afetado, e a unidade funciona normalmente sem nenhum risco às pessoas e à operação da planta”. Já sobre o motivo do acidente, nota diz que “as causas do ocorrido estão sendo apuradas”.

VAZAMENTOS

Esses incidentes ligados à amônia em frigoríficos da JBS já somam quatro ocorrências só neste ano. O primeiro aconteceu em fevereiro, em unidade instalada em Bataguassu. Pelo menos 20 pessoas foram intoxicadas na época.

Funcionários relataram que os alarmes de evacuação da unidade foram soados e todos os trabalhadores saíram rapidamente do local, porém, alguns inalaram o gás e chegaram a desmaiar no interior da empresa. 

Houve também outro vazamento na Capital, que deixou em torno de 100 feridos. Esse caso aconteceu em 6 de abril e a empresa foi multada em R$ 1 milhão.

Direito do consumidor

Entrega atrasou? Saiba como fazer uma reclamação online no Procon MS

10/02/2025 18h00

Prédio Procon/MS

Prédio Procon/MS Divulgação

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Atrasos na entrega não são incomuns e podem gerar muitas dores de cabeça para o consumidor. Sabendo disso, o Correio do EStado separou um tutorial de como proceder quando se deparar com esse problema.

Direitos

Em caso de atraso na entrega de um produto, o consumidor tem os seguintes direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC):

  1. Exigir o cumprimento forçado da entrega no prazo acordado.
  2. Aceitar outro produto ou serviço equivalente.
  3. Rescindir o contrato e solicitar a devolução integral do valor pago, incluindo o frete, com correção monetária e juros.
  4. Solicitar indenização por eventuais perdas e danos decorrentes da demora.

Caso o fornecedor não resolva o problema, o consumidor pode tomar as seguintes medidas:

  1. Entrar em contato com a empresa por escrito, informando o número do pedido, data de compra e prazo de entrega acordado.
  2. Registrar uma reclamação no Procon local.
  3. Recorrer ao Juizado Especial Cível, se necessário.

É importante ressaltar que o prazo para reclamar sobre a não entrega é de 30 dias para produtos não duráveis e 90 dias para produtos duráveis. Além disso, o consumidor tem até 5 anos para entrar com uma ação judicial por falha na entrega ou solicitar reparação por danos.

Como reclamar

Para facilitar o acesso da população aos direitos do consumidor, o Procon/MS (Secretaria-Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor) oferece um sistema para registro de reclamações online, tornando o processo mais ágil e eficiente para os consumidores de Mato Grosso do Sul. 

  1. Acesse o site do Procon/MS e clique no banner "Registre sua Reclamação" ou vá diretamente para https://portalservicos.procon.ms.gov.br/.
  2. Confirme que você é residente em Mato Grosso do Sul, pois o atendimento considera seu local de domicílio.
  3. Informe seu CPF e preencha o cadastro com seus dados pessoais, endereço, e-mail e telefone.
  4. Crie uma senha pessoal para acessar o sistema.
  5. Preencha o formulário de reclamação, detalhando o problema enfrentado.
  6. Anexe documentos relevantes, como comprovantes, notas fiscais ou fotos. O novo sistema permite anexar arquivos de texto, fotos, áudio e vídeo.
  7. Envie sua reclamação e anote o número de protocolo fornecido para acompanhamento posterior.

Para dúvidas ou mais informações, os consumidores podem entrar em contato com o Procon/MS pelo telefone (67) 3316-9800.

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Cidades

Terceirizada da Suzano é condenada a pagar R$7,5 milhões à trabalhadores demitidos por greve

Em 2023, a empresa argumentou que não houve retaliações e, com o intuito de encerrar a greve dispensou sem justa causa quem não queria mais trabalhar no local

10/02/2025 17h45

Terceirizada da Suzano é condenada a pagar R$7,5 milhões à trabalhadores demitidos por greve

Terceirizada da Suzano é condenada a pagar R$7,5 milhões à trabalhadores demitidos por greve Marcelo Victor

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Por unanimidade, a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT/MS) manteve a decisão que reconheceu a dispensa discriminatória de funcionários da empresa de engenharia Enesa S/A que participaram de um movimento grevista, em Ribas do Rio Pardo. 

A empresa que é terceirizada da Suzano, foi condenada a pagar indenizações por dispensa discriminatória, danos morais e multa. Em junho de 2023, aproximadamente 1.500 empregados (as) realizaram uma paralisação das atividades em protesto contra as condições de trabalho e os salários. 

À época, alegaram que quem participou do movimento foi dispensado. A empresa confirmou que houve uma “greve ilícita” e a dispensa dos 1.500 funcionários. Argumentou que não houve retaliações e, com o intuito de encerrar a greve, celebrou um acordo verbal com o sindicado dos trabalhadores para dispensa sem justa causa de quem não queria mais trabalhar na empresa.

De acordo com o relator do processo, desembargador César Palumbo Fernandes, a dispensa de empregados em razão da participação em movimento grevista evidencia ato discriminatório previsto no art. 4° da Lei 9.029/95 que assegura, além do direito à reparação por dano moral, o direito à percepção, em dobro, da remuneração do período de afastamento. 

O magistrado também determinou que o pagamento de indenização fosse correspondente ao dobro da remuneração relativa ao período compreendido entre a data da dispensa e a decisão, com reflexos em férias acrescidas do terço, 13ºs salários, aviso prévio e FGTS. 

Desta forma, a segunda instância aumentou a indenização por dano moral para R$ 5 mil para cada trabalhador (a), totalizando aproximadamente R$ 7,5 milhões.

2023

Ainda em 2023, trabalhadores denunciaram a empresa Enesa Engenharia S/A ao Ministério Público do Trabalho, por frustradas promessas de emprego e supostas irregularidades no processo seletivo. A maioria dos profissionais saiu de estados localizados nas regiões Norte e Nordeste do país para trabalhar na construção da fábrica de celulose da Suzano S/A, em Ribas do Rio Pardo.

Eles afirmaram que a companhia recruta os trabalhadores de maneira on-line, financia o deslocamento aéreo até Mato Grosso do Sul e, ao serem reprovados no teste de solda, são retirados do alojamento temporário e obrigados a voltar à origem por meio de transporte diverso.

Pelo menos 150 trabalhadores teriam ficado quase 20 dias aguardando a resposta dos testes ou esperando o fornecimento de passagem para retornarem para casa.

Após audiência conduzida pelo procurador Paulo Douglas Almeida de Moraes e pelo auditor-fiscal do Trabalho, Kleber Pereira de Araújo e Silva, no Ministério Público do Trabalho em Campo Grande, foi determinado um conjunto de medidas conciliadoras.

Os trabalhadores reprovados nos testes práticos de solda aplicados pela Enesa Engenharia S/A, no município de Ribas do Rio Pardo, e que necessitam retornar às suas respectivas cidades de origem tiveram direito ao fornecimento de transporte aéreo custeado pela empresa.

O acordo também disponibilizou transporte por via aérea até o aeroporto localizado no destino. Caso o trabalhador residisse em outra cidade, a Enesa também arcou com a despesa do transporte terrestre até o município, acrescido o custeio da alimentação nas hipóteses estabelecidas em norma coletiva.

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