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Goleiro do Flamengo suspeito de homicídio

Goleiro do Flamengo suspeito de homicídio

Redação

28/06/2010 - 06h49
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Belo Horizonte

Uma viatura do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais foi chamada ontem pela Polícia Militar para ajudar nas buscas da estudante Eliza Silva Samudio, 25 anos, que teria tido um filho com o goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes das Dores de Souza. O reforço foi solicitado após a PM receber uma denúncia pelo telefone 190 segundo a qual haveria um corpo nas proximidades do condomínio Turmalina, onde fica o sítio do goleiro, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

As buscas por Eliza devem se concentrar inicialmente do lado de fora do condomínio. De acordo com a PM, a denúncia teria indicado que o corpo da estudante foi jogado do lado externo da propriedade.
Por volta das 14h30, os bombeiros e a Polícia Militar aguardavam um funcionário do condomínio para dar início às buscas. O trabalho deve ser inicialmente superficial, mas o canil do Corpo de Bombeiros está de prontidão, caso seja necessária a utilização de cães farejadores.
O caso

O goleiro do Flamengo, Bruno, será intimado para prestar depoimento no início desta semana na Delegacia de Homicídios de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele nega as acusações.
No ano passado, a paranaense Eliza Samudio procurou a polícia para dizer que estava grávida de Bruno e que o goleiro a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. O processo de reconhecimento de paternidade corre na Justiça do Rio. O menino foi registrado apenas com o nome da mãe, sem pai declarado.

“A gente já entrou em contato com o advogado da Dayane (Rodrigues do Carmo Souza, atual mulher do goleiro) e do Bruno, e ele nos passou que o goleiro está a nossa disposição. Provavelmente na semana que vem, ele virá ao Estado de Minas Gerais para prestar declarações nesta delegacia e explicar como esta criança apareceu neste sítio e o porquê ele teria apresentado esta criança como Ryan se o menino foi registrado como Bruno”, disse.
Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. A delegada Alessandra disse que contatou as amigas de Eliza no Rio, que confirmaram a viagem. Na última quinta-feira, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, no condomínio Turmalina, em Nova Contagem. Ainda de acordo com as informações recebidas pela polícia sob sigilo, o goleiro teria queimado roupas e pertences de Eliza após o crime.

Segundo a apuração da delegada, Bruno esteve no sítio entre os dias 6 e 10 de junho. Na noite da última sexta-feira, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. A atual mulher do goleiro negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que, por volta de 19h de sexta-feira, Dayane havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado.

“Esta criança passou por várias casas até chegar a esta residência onde a encontramos. Ela passa bem e está sob a guarda da Justiça em um abrigo”, afirmou a delegada. O pai de Eliza, José Samudio, chegou a Contagem neste domingo, para buscar o neto e acompanhar as investigações sobre o sumiço da filha.
Por ter mentido à polícia, Dayane Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade na manhã de sábado. Ela também será novamente convocada a depor.
Por meio de sua assessoria, Bruno disse não saber do paradeiro de Eliza, nem do filho. “Não tenho contato com essa mulher há mais de dois meses. Nunca a levei para Minas. Nas férias fui para minha fazenda com a Dayane, minha esposa, e minhas filhas. A Dayane continua lá, e eu voltei para treinar”, afirmou o goleiro.

Outras polêmicas
O goleiro Bruno já esteve nos noticiários policiais outras vezes. Quando jogava pelo Atlético-MG, em 2006, ele foi detido em Ribeirão das Neves, cidade onde morava, por ter participado de um racha de carros durante a madrugada.
Já no Flamengo, em 2008, Bruno e outras atletas da equipe carioca se envolveram em uma briga com garotas de programa durante uma festa no sítio do atleta logo após uma partida entre o rubro-negro e o Atlético-MG.

Bruno também deu uma polêmica declaração em uma entrevista coletiva quando tentou defender o jogador Adriano, seu colega de Flamengo, de uma suposta acusação de agressão à noiva. “Qual de vocês que é casado que nunca brigou com a mulher? Que não discutiu, que  até não saiu na mão com a mulher, né cara? Não tem jeito. Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher, xará”, disse o goleiro no início de março.

MEIO AMBIENTE

PMA orienta pescadores sobre as regras vigentes no período da Piracema 2024/2025 em MS

Neste ano a proibição da qualquer atividade de pesca em todos os rios do Estado de Mato Grosso do Sul acontece a partir do dia 5 de novembro

02/11/2024 11h30

A proibição da pesca na piracema tem como objetivo garantir a preservação das espécies nativas durante a fase de reprodução.

A proibição da pesca na piracema tem como objetivo garantir a preservação das espécies nativas durante a fase de reprodução. Foto: Saul Schramm

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Faltando poucos dias para o início do período de defeso nos rios de Mato Grosso do Sul, a Polícia Militar Ambiental (PMA) alerta os pescadores sobre as normas durante a piracema.

Nesto ano, a partir da meia noite do dia 5 de novembro, estará proibida qualquer atividade de pesca em todos os rios do Estado de Mato Grosso do Sul, medida que se estenderá até 28 de fevereiro de 2025.

Esse período tem como objetivo garantir a preservação das espécies nativas, especialmente durante a fase de reprodução. O fenômeno natural conhecido como piracema, cujo nome vem do tupi “saída de peixes”, é uma etapa vital para peixes como pacu, pintado, cachara, curimba e dourado.

Durante o a piracema, de acordo com a PMA, na Bacia do Rio Paraguai, apenas a pesca de subsistência é permitida, voltada ao consumo doméstico por pescadores profissionais autorizados ou moradores ribeirinhos, com limite de captura de até 3 kg de pescado.

Na Bacia do Paraná, a pesca é autorizada exclusivamente nos reservatórios e no trecho entre as usinas hidrelétricas de Jupiá e Sérgio Motta, que estão localizadas no município de Três Lagoas, respeitando a distância mínima de 1.500 metros dessas instalações. Nessa área, apenas espécies exóticas podem ser capturadas.

De acordo com a PMA e Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), pescadores amadores, profissionais e estabelecimentos que comercializam pescado devem realizar a Declaração de Estoque até o dia 4 de novembro para o Imasul, sobre a quantidade de carne de peixe existente em estoque, através de Fomulário Próprio. A declaração é obrigatória.

MULTA

Segundo o Imasul os pescadores e comerciantes que infringirem a lei estarão sujeitos a prisão em flagrante, além de encaminhamento à Delegacia de Polícia Civil.

As penalidades incluem detenção de um a três anos e multas entre R$ 700 e R$ 100 mil, acrescidas de R$ 20 por cada quilo de pescado ilegal. Em casos de infração, equipamentos como barcos, motores e veículos serão confiscados.

OPERAÇÃO PIRACEMA

Neste ano, a PMA intensificará a fiscalização por meio de georreferenciamento para identificar pontos críticos e áreas vulneráveis, além de locais estratégicos de apoio.

A operação contará com recursos avançados, incluindo o monitoramento de áreas de difícil acesso e barreiras estratégicas em estradas e pontos de comercialização suspeitos de pescado.

Além do combate à pesca ilegal, a operação incluirá campanhas educativas para conscientizar a população e pescadores sobre a importância da proteção ambiental e o cumprimento da legislação.

Paralelamente equipes técnicas do Imasul irão monitorar os cardumes durante o período de defeso, realizando medições e pesagens dos peixes e acompanhando as fases reprodutivas. De acordo com o instituto, esses estudos sobre a maturação das gônadas são essenciais para garantir a preservação das espécies. 

Finados

População enfrenta tempo fechado e lota cemitérios em Campo Grande

A chuva não veio, e milhares de pessoas lotaram os cemitérios públicos, na manhã deste sábado (02)

02/11/2024 11h15

Marcelo Victor / Correio do Estado

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Mesmo com a manhã deste sábado (02) indicando possibilidade de chuva, a população compareceu em peso para prestar homenagens aos entes queridos no dia de Finados, em Campo Grande.

Somente nos três cemitérios públicos - Cruzeiro, Santo Amaro e Santo Antônio - a estimativa é que 30 mil pessoas devam passar no transcorrer do dia.

Nos locais, os comerciantes de arranjos de flores, velas e alimentos conversaram com a reportagem do Correio do Estado, alguns apresentando saldos positivos e outros esperando um cenário mais favorável.

Crédito: Marcelo Victor / Correio do Estado

Como o caso da comerciante Mara Roberta, de 30 anos, que ajuda a mãe, dona Abadia, que trabalha há 30 anos com vendas de arranjos de flores e velas no Cemitério do Cruzeiro, na Avenida Coronel Antonino.

“Desde quinta-feira [o movimento] está muito bom, graças a Deus. Não fechamos o caixa, mas acredito que devemos ter vendido cerca de cinco mil”, contou Mara.

Em frente ao cemitério, voluntários de diversas igrejas e credos acolhiam a população com orações, panfletos com a palavra de Deus e até pedido de doações para o Asilo São João Bosco, com pedidos feitos por voluntárias.

Tradição

Crédito: Marcelo Victor / Correio do Estado

No interior do cemitério, o senhor Elcio Acosta, de 53 anos, acompanhado da família, aproveitou que a chuva não caiu para dar uma demão de tinta no túmulo da mãe, acompanhado da família.

“Todo ano venho [dar manutenção] para que ela traga mais saúde para a gente, né? Hoje estou limpando e trocando o pano dela, porque nós somos católicos e toda vez que viemos, trocamos o pano para ela”, disse Elcio.

 

 

 

 

 

No Cruzeiro, onde pessoas se reúnem para acender velas, dona Maria Aparecida, de 59 anos, acompanhada da neta, fazia suas orações para parentes que estão sepultados em outros estados.

“Vim prestar homenagens aos parentes que partiram. Venho aqui no Cruzeiro porque eles estão sepultados no Paraná”, contou Maria Aparecida, que é do Paraná, mas mora em Campo Grande desde 2006.

No mesmo local, o aposentado Gervásio Pereira Ramos, de 79 anos, cuja parte da família está sepultada no cemitério do Cruzeiro e a outra parte no estado de Goiás.

“Eu vou no túmulo da minha esposa, passo no sogro e na sogra e venho até aqui rezar por toda a minha família”, explicou Gervásio.

Crédito: Marcelo Victor / Correio do Estado

Cemitério Santo Amaro

No cemitério Santo Amaro, familiares circulavam para encher baldes de água e esvaziá-los em tanques e, desta forma, seguirem limpando as capelas e os túmulos de seus familiares.

Fazendo suas orações, a aposentada Celestina Paixão, de 80 anos, como todos os anos, foi até o cemitério visitar os túmulos do esposo, da mãe, do pai e de outros entes queridos.

Orando diante do Cruzeiro, explicou que todas as almas merecem um momento de reflexão.

 

 

“A gente reza para pedir a Deus e ao nosso Senhor para que perdoe e dê a luz eterna para todos. Esse é nosso dever, que Deus nos ensina no livro da Bíblia, então é o que eu venho aqui expressar”, pontou Celestina.

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