O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira, em Campinas (93 km de SP), que é favorável à permanência da Polícia Militar no campus da USP.
A medida tem sido criticada por estudantes e professores, que querem um programa de segurança, mas não a presença da PM na Cidade Universitária.
Segundo Alckmin, a PM está no local a pedido da universidade. "Por nós, continuará, para dar proteção aos alunos, professores e funcionários", afirmou.
Alckmin e 23 secretários foram a Campinas para anunciar a Agenda Metropolitana, conjunto de investimentos feitos nas cidades da região metropolitana de Campinas, nas áreas de saúde, educação e segurança.
Para o governador, a questão "não tem nada a ver" com política. "Não podemos comparar a época da ditadura com o momento que vivemos hoje; a policia é para proteger as pessoas."
Já para a Associação dos Docentes da USP, os diversos posicionamentos sobre a questão da segurança precisam ser mais discutidos. Segundo nota divulgada pela diretoria da associação, a opção da reitoria pela presença constante da PM no campus não é "nem a melhor nem a única resposta" às necessidades de maior segurança.
"O atual convênio [nem] sequer foi discutido com o Conselho Universitário, muito menos com representantes de estudantes, funcionários e docentes. Firmado há apenas 60 dias, já mostra seu potencial de conflito", diz a nota.
O modo de atuação da corporação, segundo a associação, "não indica que ela esteja efetivamente preparada e orientada" para atuar na garantia dos direitos de cidadania e do respeito com a pessoa humana.
Assim como o Diretório Central dos Estudantes, a associação defende que a melhor opção seria o investimento na Guarda Universitária.