A reforma de quatro escolas estaduais, com mão de obra e recurso de detentos do semi-aberto, garantiu economia de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos estaduais. Todas as unidades estão localizadas em Campo Grande e foram parte do projeto “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade”.
Na Escola Estadual Professora Flavina Maria da Silva, no Jardim Botafogo, os cerca de 510 alunos tiveram entregue a estrutura revitalizada nesta quarta-feira (9). As instalações elétricas, hidráulicas e até mesmo o telhado condenado de uma das salas foram readequados por 13 detentos do Instituto Penal da Gameleira. O processo ocorreu durante 45 dias e teve investimento de R$ 92 mil.
O eletricista industrial Marcelo Dias da Silva, 37 anos, fez parte do grupo e ressaltou que mais do que reduzir a pena de 23 anos por tráfico de drogas esta é a oportunidade de “combater o preconceito retornando a sociedade um benefício”.
Albino Coimbra Neto, juiz da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, complementou que o trabalho quebra paradigmas e aproxima políticas públicas de segurança e educação. O recurso para as obras, neste caso, seria proveniente de 10% dos salários de todos os detentos que trabalham em empresas conveniadas na Capital.
Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), mais do que economizar recurso a proposta deve ser ampliada como prova de que a ressocialização traz benefícios a todos.
Foram reformadas pelo programa as escolas estaduais Delmira Ramos (Coophavilla II), Brasilina Ferraz Mantero (Jardim Leblon) e Padre Mário Blandino (Aero Rancho). Novo cronograma já se encontra em análise e prioriza unidades que possibilitem reformas sem comprometer o andamento das aulas.