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Governo cria delegacia contra corrupção e garante recurso extra de R$ 2 milhões

Com nova unidade, Estado vai receber cerca de R$ 2 milhões a mais em recursos federais

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O governo de Mato Grosso do Sul criou uma nova delegacia da Polícia Civil, além de reestruturar uma unidade e setores da corporação, garantindo assim R$ 2 milhões dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública em 2021.  

Para este ano, dos R$ 776 milhões do FNSP, Mato Grosso do Sul vai receber R$ 40,6 milhões para ações de combate à criminalidade, conforme a Lei 13.756/2018.

O decreto que regulamenta as mudanças foi publicado na edição desta sexta-feira (7) do Diário Oficial Eletrônico.

A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Decor) é parte de um projeto do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.  

Em julho de 2019, a pasta incentivou a criação dessas unidades especiais e condicionou a liberação de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.

A atual Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco) passa a ser intitulada Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Decco).

Essas duas unidades estarão subordinadas ao novo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), que terá ainda o  Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB/LD).

Caberá à Decor prevenir, reprimir e investigar os crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e os delitos praticados contra a Administração Pública Estadual ou Municipal, entre outras atribuições.

VERBA EXTRA

O Estado tinha até o dia 26 para criar a unidade e estar apto a receber até R$ 2 milhões dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública em 2021.  

Para este ano, dos R$ 776 milhões do FNSP, Mato Grosso do Sul vai receber R$ 40,6 milhões para ações de combate à criminalidade, conforme a Lei 13.756/2018.

Este corte pode ser efetivado porque a fórmula de distribuição dos 50% do FNSP que obrigatoriamente a União tem de repassar aos Estados, contida na Portaria 631, de julho do ano passado, define que 5% do valor total a ser distribuído entre todas as unidades da federação vai levar em consideração a existência desta delegacia especializada.

Nesta fórmula entram também: população (com 15% do valor total do FNSP); indicadores sociais (15%); maiores taxas de crimes violentos (40%); menores taxas de crimes violentos (5%); maior queda das taxas de crimes violentos (5%); coleta e inserção de perfis genéticos (5%).  

Para estados localizados na faixa de fronteira, como MS, quanto maior a apreensão de drogas, mais a receber (10%).

Com esses parâmetros, o Ministério da Justiça calcula quanto cada estado vai receber do valor global, uma vez que tem pesos diferentes. Por isso, Mato Grosso do Sul ficou com direito a 5,24% dos R$ 776 milhões, sendo superado apenas por São Paulo, com 6,66%. O Estado ficou à frente do Rio de Janeiro, que tem direito pelas regras em vigor a 5,04%.

Como os porcentuais serão redefinidos, sem uma delegacia especializada de combate à corrupção, o valor destinado ao Estado poderia cair, uma vez que não iria participar da distribuição de cerca de R$ 38,8 milhões do Fundo (considerando os valores deste ano, já que o Orçamento de 2021 não foi definido e vai depender da arrecadação das loterias), que serão rateados entre as unidades da federação com tal serviço no próximo ano.  

Este item na cesta de distribuição do FNSP deve representar cerca de R$ 1,5 milhão para cada estado, porém, se os outros itens tiverem melhor desempenho, o valor pode subir.

DEMORA

O recurso deste ano do Fundo só foi transferido ao Estado após determinação judicial e aprovação do Congresso Nacional, uma vez que o governo federal se recusava a cumprir a lei que determina o repasse.

É que, no fim do ano passado, o Supremo Tribunal Federal deu sentença favorável aos estados, em uma ação na qual cobravam o repasse imediato aos entes federados de 50% dos recursos que compõem o FNSP arrecadados com a exploração de loterias.

Na mensagem encaminhada pela União, consta que o “crédito em pauta visa ao atendimento de decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, por meio da Medida Cautelar na Ação Cível Originária nº 3.329-DF, na qual é determinado à União transferir imediatamente, aos Fundos Estaduais e ao Fundo Distrital dos autores da citada ação 50% (cinquenta por cento) dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública – FNSP provenientes das receitas decorrentes de loterias, classificados por lei como de transferência obrigatória”.

No ano anterior, em 2018, Mato Grosso do Sul já havia sido prejudicado, uma vez que o governo federal repassou R$ 10,390 milhões dos R$ 29,868 milhões a que o Estado tinha direito, o que representou um corte de 66%.

Reivindicação

Policiais penais pedem transporte para deslocamento a trabalho em presídios afastados

Em uma ação coletiva, policiais penais da Agepen/MS também denunciam o transporte inadequado de presos em seus veículos particulares, sendo essa uma responsabilidade do Estado

16/04/2024 17h00

Os policiais penais também denunciam o uso inadequado de veículos particulares para realizar escoltas e deslocamentos oficiais. Foto: Agepen/MS

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Os policiais penais da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen/MS) buscam na justiça o transporte diário para o trabalho em presídios afastados e de difícil acesso, em zonas rurais de Campo Grande. Sem meios de locomoção adequados, eles se veem obrigados a usarem seus veículos particulares ou de aplicativos, inclusive para o transporte de presos.

Foto arquivo/Processo

Diante disso, o Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinsap/MS) entrou com uma ação coletiva junto à Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande (MS), para obrigar a Agepen/MS e o Estado de Mato Grosso do Sul a fornecerem escolta adequada para o deslocamento dos policiais penais até os presídios localizados em áreas distantes da zona urbana, bem como o transporte para os custodiados do sistema prisional em casos de necessidade de atendimento médico hospitalar.

O sindicato destaca que alguns policiais penais realizam suas atividades em presídios estaduais que não são atendidos por transporte público regular, como é o caso das Penitenciárias da Gameleira e Jair Ferreira de Carvalho em Campo Grande, a Penitenciária Estadual de Dourados e o Presídio de Segurança Média de Naviraí.

Cabe destacar que até o ano passado, o serviço de transporte era fornecido aos policiais pela Agepen. No entanto, neste ano houve a suspensão repentina do transporte e sem a previsão de retorno.

Além da questão do transporte, os policiais penais também denunciam o uso inadequado de veículos particulares para realizar escoltas e deslocamentos oficiais, o que é considerado inaceitável, principalmente por se tratar da segurança pública.

Foto arquivo/Processo

Em um desses casos de abuso, uma servidora teve que usar seu carro particular de passeio, um Gol 1.0, para realizar o transporte (escolta/custódia hospitalar) de um preso da "Máxima" até o Hospital São Julião. No trajeto, seu veículo estragou, gerando prejuízos financeiros e também colocando em risco a vida da servidora.

Segundo a ação, a falta de transporte institucional ou indenização correspondente para esses deslocamentos é considerada desumana e inconstitucional, violando direitos sociais fundamentais previstos na Constituição Federal.

Por fim, o Sinsap/MS justifica que legalmente tanto a prática da Administração Pública quanto a legislação estadual preveem o fornecimento de transporte ou indenização (reembolso) para funcionários que precisam se deslocar para executar serviços externos, especialmente em locais de difícil acesso.

Agepen diz que escolta já está em processo de licitação

Em nota ao Correio do Estado, a Agepen/MS informou que a empresa responsável pelo transporte até o ano anterior suspendeu o contrato, e atualmente está em processo de licitação para a contratação de um novo serviço.

Confira a nota na íntegra:

“A Secretaria de Estado de Administração (SAD), por intermédio da Secretaria Executiva de Licitação (SEL), está realizando o levantamento de interesse dos órgãos em realizar a Contratação de transporte coletivo terrestre de passageiros, com condutor e combustível, para verificar a viabilidade de abertura de processo licitatório. A Agepen apresentou justificativa e estimativa de consumo, bem como manifestou interesse em participar do Sistema de Registro de Preços para Contratação de transporte coletivo terrestre de passageiros, com condutor e combustível, em atendimento ao Ofício Circular n. 312/SUCC/SAD/2023 e ao Decreto Estadual n. 16.122/2023. Desta forma, diante da missão de administrar o sistema penitenciário estadual, assegurar a custódia das pessoas privadas de liberdade e/ou monitoradas eletronicamente; executar as penas nos diversos regimes e promover condições para a harmônica integração social do condenado e do internado, tendo em conta a Visão em ser referência no correto cumprimento da Execução Penal e das políticas de reinserção social das pessoas privadas de liberdade que integram o sistema penitenciário estadual, a Agepen almeja suprir a demanda do transporte dos servidores, para Unidades que se localizam no entorno da Cidade de Campo Grande-MS.”

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CHUVAS

Em quatro dias, choveu o esperado para todo o mês de abril em Campo Grande

Desde o início do mês, foram registrados 130,8 mm na Capital, quantidade de precipitação 46,3% superior à média histórica

16/04/2024 16h21

Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Nas últimas 24 horas, o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC), registrou chuva acumulada de 44,6 milímetros em Campo Grande. Se somado aos três dias anteriores, a quantidade de chuva na Capital já atingiu 89,4 mm - número equivalente à média histórica esperada para o todo mês de abril na Capital.

Desde o primeiro dia do mês, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já registrou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

A Capital foi a 5º cidade de MS a registrar o maior acumulado de precipitação nas últimas 24h. A tabela divulgada pelo Cemtec coloca em evidência Nova Alvorada do Sul, onde choveu 63,2 mm no período; Miranda (48 mm); Maracaju (46,4 mm); e Dois Irmãos do Buriti (45,4 mm).

Confira o levantamento completo:

Previsão do tempo para MS

Entre quarta e quinta-feira (17 e 18), chega ao Estado uma frente fria, que indica tempo com variação de nebulosidade, principalmente na região sul de MS. O Cemtec não descarta a possibilidade de pancadas de chuvas e tempestades nas demais regiões do Estado, principalmente nesta quarta-feira.

Estão previstas temperaturas mínimas entre 13-17°C e máximas entre 25-29°C para as regiões sul e sudeste. Pontualmente, podem ocorrer temperaturas abaixo dos 13°C, com destaque na região sul do estado. Nas regiões sudoeste e pantaneira esperam-se mínimas entre 19-23°C e máximas entre 27-31°C. Para as regiões norte e bolsão esperam-se mínimas entre 22-24°C e máximas de
até 30-32°C. Em Campo Grande, são esperadas mínimas entre 17-22°C e máximas entre 27-29°C. Os ventos atuam do quadrante sul com valores entre 30-50 km/h e, pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 50 km/h.

Alerta

O Inmet publicou um alerta para chuvas intensas, apontando risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas, e divulgou algumas recomendações:

  • Em caso de rajadas de vento: não se abrigue debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda
  • Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.

Mais informações podem ser obtidas com a Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

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