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Governo do Estado cobra Dourados: "façam sua parte"

Cidade, que já tem 30% dos casos do Estado, não pretende fazer lockdown

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O município de Dourados registrou mais 82 confirmações da Covid-19 no boletim epidemiológico desta quarta-feira (10), o acumulado já contabiliza 756 casos, quase 30% de todo o registrado em Mato Grosso do Sul, que até ontem tinha 2.597 confirmações. Por causa deste crescimento,  o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende, mandou um recado para as autoridades da cidade, e pediu que “outros atores façam sua parte”.

“O governo do Estado está presente e tomando todas as medidas ao alcance da secretaria e é importante que outros atores façam sua parte. Manifestamos as preocupações do Estado, que já foram externadas várias vezes por nossas equipes, que estão em contato com a secretaria municipal”, explicou Resende.

Para o secretário, se nenhuma medida for tomada rapidamente, o Estado poderá perder a posição de unidade da federação com o menor número de casos e morte. “Estamos tentando construir um trabalho parecido com o que foi feito em Guia Lopes, onde também houve surto em um frigorífico, governo e secretaria estão trabalhando nisso, mas não somos nós qie vamos fazer decreto de lockdown (quarentena mais rígida), o município que tem que tomar precaução maior para a gente manter a posição que ocupa hoje. Porque se continuar assim pode jogar todo o trabalho fora se não fizer contenção imediata e urgente”, avalia.

À BEIRA DO COLAPSO

Segundo informações obtidas pela reportagem, um dos hospitais particulares de Dourados já não tinha mais leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na  quarta-feira. A cidade teve uma ampliação de leitos ontem e, segundo o secretário, passou a ter 41 vagas de UTI para pacientes do novo coronavírus. Mesmo assim, a cidade não atende apenas a própria população, é responsável pelo socorro de outras 16 cidades só na microrregião.

“Só não está maior (pandemia em Dourados) pela ação pronta e firme do governo, que teve um envolvimento completo de suas equipes, mas é preciso que o município monitore todos os casos positivos e seus contatos, só assim vamos impedir que esse crescimento exponencial continue. Nosso número (de UTI) ainda é pequeno, 41, e queremos dobrar nos próximos 15 dias”, enfatizou Resende.

Um dos pedidos do secretário é que, além da administração, a população também colabore com a contenção da doença e fique em casa. “A população tem a possibilidade de se isolar, nós vamos ter agora quatro dias de feriados, e esperamos chegar a, no mínimo, 65% de taxa de isolamento. Será que a população vai ser parceira ou vai fazer opção pela morte? ” indagou.

LOCKDOWN

Apesar dos números alarmantes de incidência do município, tendo apenas no drive-thru de testagem do novo coronavírus uma porcentagem de 25,9% de confirmações, a administração municipal ainda não pensa tomar medidas mais drásticas, como o lockdown.

Segundo o porta-voz do Comitê de Gerenciamento de Crise do Coronavírus, e assessor especial da prefeitura, Alexandre Mantovani, esse tema ainda não está em discussão entre o grupo. “Não está sendo pontuado hoje uma possibilidade de lockdown, não tem hoje no Comitê nenhuma conjectura de pauta neste sentido”.

“Dourados está fazendo testagem massiva, não vai jogar a sujeira para debaixo do tapete. A preocupação agora do núcleo técnico é com a vigilância epidemiológica, fazer o mapeamento dos contaminados, a revisao de recalibragem do sistema de vigilância para evitar que pessoas contaminadas se encontram com outras”, completou Mantovani.

O porta-voz informou que, por hora, a cidade continuará com as medidas já adotadas, que determina uso obrigatório de máscara em bancos, lotéricas e transporte público, além de recomendar o uso para a via pública. Lojas estão funcionamento com 30% da capacidade e o toque de recolher foi endurecido e começa às 20h e vai até as 5h.

Mortes

A Secretaria de Estado de Saúde confirmou mais uma morte pela Covid-19 em Mato Grosso do Sul. A vítima é um homem de 84 anos, morador de Iguatemi, uma das cidades que estão na microrregião de Dourados. O idoso tinha hipertensão e morreu no domingo (7), mas o diagnóstico de coronavírus só saiu ontem.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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