Cidades

INFRAESTRUTURA

Governo estuda privatizar até sete rodovias no Estado

Projeto de concessão da MS-306 foi apresentado

LUANA RODRIGUES E BRUNA AQUINO

17/08/2019 - 09h00
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Pelo menos sete rodovias de Mato Grosso do Sul são alvo de estudos para privatização. Nesta sexta-feira, durante audiência pública, o governo do Estado apresentou projeto de concessão da MS-306, que prevê ampliação, restauração do pavimento, faixas largas de acostamento e pedágio com tarifa básica de R$ 8,62. A próxima rodovia a ser privatizada deve ser a MS-276, na região sul do Estado.

“Ela depende de estudos de tráfego. Se vocês derem uma olhada, toda a concessão tem que ter uma viabilidade econômica, eu não posso ofertar ao mercado algo que não vai dar retorno para quem vai fazer investimento. É o que a gente está fazendo agora, em pelo menos sete rodovias”, explicou o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel.

CONCESSÃO

O projeto de concessão inclui explorar os serviços públicos de recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação da capacidade do sistema rodoviário das rodovias MS-306 e BR-359. Entre as melhorias propostas, estão limpeza das pistas e dos acostamentos, restauração preliminar do pavimento e da iluminação e troca de sinalização defasada, além de toda a infraestrutura para operação, com centros de apoio ao usuário e centro de controle operacional.

A proposta foi apresentada hoje em audiência pública, realizada no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea), para que empresas interessadas conheçam os detalhes e participem da licitação, que será lançada em outubro. O critério de julgamento da licitação será o maior valor de outorga, que será revertido para manutenção da malha rodoviária estadual por meio do Fundersul.

De acordo com Riedel, ao longo dos 220 quilômetros, serão implantadas três praças de pedágio, com tarifa básica de R$ 8,62. “É o valor por veículo. Na verdade, você tem um número de centavos, se não me engano, em torno de R$ 0,11 por quilômetro, que dão esses R$ 8,62 por pedágio. Tem alguns pedágios que podem ser um pouquinho menor”, explicou, acrescentando que caminhões pagam por eixo.

O secretário de Governo explicou também que este é o primeiro projeto de parceria público-privada que o governo dá publicidade e que, até o fim do ano, a expectativa é que já se tenha definido o consórcio vencedor, para assinatura do contrato a fim de iniciar as obras, que devem trazer competitividade ao Estado.

“É uma proposta de melhoria da MS-306. São 220 quilômetros de rodovia que tem um trânsito pesado, grande, difícil de manutenção, caro e a proposta é botar MS em uma nova agenda de desenvolvimento em relação à infraestrutura. Para estados produtores e exportadores, como o nosso, ter custo mais baixo, ter infraestrutura adequada, ter acesso de escoamento é fundamental para todos os atores de uma cadeia produtiva”, explicou.

OBRAS

Entre os serviços a serem oferecidos ao usuário, estão socorro mecânico, com quatro guinchos; socorro médico, com três ambulâncias de atendimento de emergência e pré-hospitalares; um veículo para inspeção para controle do tráfego e verificação de condições de segurança da rodovia; um caminhão-pipa para combate a incêndios; caminhão multiúso adaptado para apreensão de animais e desobstrução de pista; três postos de atendimento ao usuário; Centro de Controle de Operações (CCO), com atendimento 24 horas, oito painéis de mensagens, sistema de controle de velocidade com sete radares fixos, sistema móvel de pesagem de veículos, sistema de análise de tráfego e sistema de comunicação com os usuários. 

Expectativa de benefícios com a concessão é geração de dois mil empregos diretos e indiretos, redução do número de acidentes, oportunidades de negócios na região, especialmente nos municípios de Chapadão do Sul, Costa Rica e Cassilândia, economia de R$ 4 milhões ao ano, investidos na manutenção da rodovia, diminuição do tempo de deslocamento e melhoria nas condições do tráfego. 

EM MS

MPF abre concurso com salário de R$ 39,7 mil

Inscrições podem ser feitas até dia 22 de abril; provas devem acontecer em junho deste ano

24/03/2025 17h00

MPF abre concurso com salário de R$ 39,7 mil

MPF abre concurso com salário de R$ 39,7 mil Divulgação

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Em mais uma boa notícia para os concurseiros, o Ministério Público Federal (MPF) publicou o edital para o 31º Concurso Público. As inscrições podem ser feitas até o dia 22 de abril. 

Ao todo serão 3 vagas para Mato Grosso do Sul nos municípios de Campo Grande, Dourados e Corumbá e outras 55 distribuídas no restante do País, com possibilidade de criação de novas vagas, se houver previsão orçamentária. Todas as oportunidades são destinadas ao cargo de Procurador da República. 

Os interessados devem acessar o portal oficial do MPF, preencher o formulário, anexar um documento de identificação e gerar a Guia de Recolhimento da União (GRU) no valor de R$ 250 - podendo solicitar a isenção do valor em casos onde os candidatos pertençam à família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), e sejam doadores de medula óssea registrados em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde.

A autenticação será feita pelo sistema GOV.BR nos níveis prata ou ouro, com verificação em duas etapas.

Importante ressaltar que as pessoas com deficiência, indígenas e negras que declararem no momento da inscrição no concurso, terão reservado 10%, 5% e 20%, respectivamente, do total das vagas. 

O candidato, ao preencher o formulário de inscrição, firmará declaração, sob as penas da lei, indicando o seguinte:

  • que é bacharel em Direito e que atenderá, até a data da inscrição definitiva, à exigência de 3 (três) anos de atividade jurídica exercida exclusivamente após a obtenção do grau de bacharel em Direito (art. 129, § 3º, da Constituição Federal);
  • que está ciente de que a não apresentação do respectivo diploma, devidamente registrado pelo Ministério da Educação, e da comprovação da atividade jurídica, ambos no ato da inscrição definitiva, acarretará sua exclusão do procedimento seletivo; e
  • que aceita as demais regras e condições pertinentes ao concurso consignadas no Regulamento do Concurso e neste Edital, das quais não poderá alegar desconhecimento.

Este concurso será formado por 4 etapas, sendo: 

  • Prova Objetiva;
  • Prova Subjetiva;
  • Prova Oral;
  • Prova de Títulos.

O concurso terá validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.

As divulgações referentes ao concurso serão feitas no Diário Oficial da União e/ou no endereço eletrônico aqui.

Confira o edital completo abaixo: 

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Campo Grande

Justiça torna réu motorista de Porsche que matou entregador de Ifood

Após ser notificado, o empresário que conduzia o veículo de luxo tem o prazo de 10 dias para apresentar sua defesa

24/03/2025 16h53

Porsche que atingiu o motoentregador em março, e que era conduzido por Arthur Navarro (detalhe) / Crédito: Gerson Oliveira / Reprodução Redes Sociais

Porsche que atingiu o motoentregador em março, e que era conduzido por Arthur Navarro (detalhe) / Crédito: Gerson Oliveira / Reprodução Redes Sociais

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A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e tornou réu o advogado e empresário Arthur Torres Rodrigues Navarro, que conduzia um Porsche Cayenne e acabou atropelando e matando um motoentregador, em Campo Grande.

A denúncia feita pelo MPMS, a pedido da promotora Suzi D'Angelo, também solicitou a fixação de um valor mínimo para a reparação de danos materiais ou morais causados pelo réu, no montante de R$ 500 mil.

Diante dos fatos, a juíza Eucélia Moreira Cassal aceitou a denúncia e determinou que o réu seja informado da acusação. Assim que receber a citação, terá 10 dias para apresentar sua defesa por escrito.

Entenda o caso

No dia 22 de março de 2024, o entregador do iFood Hudson Oliveira Ferreira foi atingido por um Porsche Cayenne, conduzido por Arthur Torres Rodrigues Navarro.

O acidente, que tirou a vida do entregador, ocorreu na Rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande. Dez dias após o caso ser noticiado pelo Correio do Estado, a Polícia Civil iniciou a investigação.

Cabe ressaltar que, no dia do acidente, a perícia não esteve no local. O motociclista, gravemente ferido, sofreu fratura exposta, teve grande perda de sangue e veio a óbito dois dias depois, em 24 de março de 2024, na Santa Casa.

Após o ocorrido, o veículo de luxo e o autor do atropelamento permaneceram escondidos por alguns dias.

O autor se apresentou à Polícia Civil 14 dias depois do acidente, exatamente 12 dias após a morte do motoentregador.

Em outubro de 2024, sete meses após a morte de Hudson Oliveira Ferreira, a família manifestou preocupação de que o caso terminasse em impunidade.

A apreensão aumentou após a defesa protocolar um pedido de Acordo de Persecução Penal, em uma tentativa de livrar o empresário de responder pelo crime e, consequentemente, de uma eventual condenação por homicídio culposo.

Esta não é a primeira vez que o empresário é alvo de investigações por acidentes no trânsito. Em 2014, ele atropelou outro motocilista, na Avenida Bom Pastor. A vítima, de 64 anos, teve fratura exposta na tíbia e fíbula, que resultou em sequelas físicas irreversíveis.

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