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VENDA DE IMÓVEIS

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Governo federal coloca à venda 53 imóveis da União, sem uso, em todo o país

Ofertas estão disponíveis em 12 estados e no DF. Os avisos de licitação das concorrências públicas eletrônicas foram publicados na edição desta sexta-feira.

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A Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU), vinculada ao Ministério da Economia, colocou à venda 53 imóveis da União sem uso em todo o país. Os ativos estão localizados no Distrito Federal e nos estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Os avisos de licitação das concorrências públicas eletrônicas foram publicados na edição desta sexta-feira (23) do Diário Oficial da União. No total, os imóveis estão avaliados em RS 60,3 milhões.

A maior oferta está concentrada no Distrito Federal, onde estão à venda 21 apartamentos funcionais que estão sem uso. Os imóveis estão localizados nas Superquadras Sul 104, 105, 216, 302, 311 e 316 e nas Superquadras Norte 105, 106, 108, 304, 307 e 313. O valor mínimo varia entre RS 637.163, 62 e RS 1.441.694,78. Os certames serão realizados nos dias 24 e 26 de novembro e nos dias 1, 3, 8 e 10 de dezembro.

Outros estados

No Acre, estão à venda duas casas na capital, Rio Branco, avaliadas em RS 312 mil e RS 383,5 mil. O outro imóvel à venda é um terreno de 300 metros quadrados localizado no município de Cruzeiro do Sul, avaliado em RS 64,5 mil. A sessão pública será realizada no dia 8 de dezembro.

Na Bahia, são duas salas localizadas em Salvador. Uma delas está avaliada em RS 135,5 mil e a outra, em RS 140 mil. O outro ativo à venda é um terreno de 466,13 metro quadrados, situado no município de Ilhéus, e avaliado em RS 670 mil. O leilão será realizado no dia 4 de dezembro.

No Espírito Santo, está à venda uma sala de 221,51 metros quadrados, avaliada em RS 275 mil, localizada em Vitória. O certame será realizado no dia 25 de novembro.

Em Mato Grosso, está à venda uma casa avaliada em RS 180 mil, no município de Diamantino. A concorrência pública será realizada no dia 27 de novembro.

Em Mato Grosso do Sul, são quatro terrenos colocados à venda na capital, Campo Grande. Eles possuem entre 360 e 1.250 metros quadrados, cujos valores de avaliação individual variam entre RS 138,597 mil e RS 503 mil. A sessão pública será realizada no dia 9 de dezembro.

Na Paraíba, três imóveis estão à venda: duas salas de 496,5 metros quadrados e um terreno de 390 metros quadrados. Cada sala está avaliada em RS 605 mil e o terreno, em RS 615 mil. Todos os ativos estão localizados em João Pessoa. O leilão será realizado no dia 25 de novembro.

Em Pernambuco, está sendo ofertado um edifício no município de Cabo de Santo Agostinho, avaliado em RS 600 mil. O certame será realizado no dia 3 de dezembro.

No Paraná, estão à venda sete imóveis: quatro terrenos, dois armazéns e um apartamento. Em Maringá, o certame será realizado no dia 27 de novembro e os ativos são referentes a um apartamento avaliado em RS 232,5 mil, e dois terrenos avaliados em RS 6,6 milhões e em RS 148,5 mil. Nos municípios de Jandaia do Sul e de São José dos Pinhais, o certame será realizado no dia 2 de dezembro com a oferta de um armazém avaliado em RS 9,6 milhões e um terreno avaliado em RS 251,2 mil. Nos municípios de Ponta Grossa e de Rolândia, a sessão pública será realizada no dia 4 de dezembro com a venda de um terreno avaliado em RS 152,450 mil e um armazém avaliado em RS 10,2 milhões.

No Rio Grande do Sul, os três imóveis ofertados estão localizados em Porto Alegre. São dois apartamentos avaliados em RS 133 mil e em R$ 1.018.083,04; além de uma sala avaliada em RS 355 mil. O certame será realizado no dia 2 de dezembro.

Em Santa Catarina, são dois terrenos localizados nos municípios de Curitibanos e de Urussanga. Os ativos estão avaliados em RS 95 mil e em RS 160 mil. O certame será realizado no dia 1º de dezembro.

Em Sergipe, um terreno localizado no município de Nossa Senhora do Socorro, avaliado em 1,9 milhão, está sendo ofertado. O leilão será realizado no dia 26 de novembro.

No Tocantins, três terrenos localizados no município de Araguaína estão à venda. Eles estão avaliados em RS 57 mil, RS 65,5 mil e em RS 80,5 mil. A venda será realizada no dia 10 de dezembro.

Visitas

Os editais das concorrências públicas eletrônicas e as fotos dos imóveis estarão disponíveis no site de Venda de Imóveis da União. Segundo a SPU, também é possível realizar visita presencial ao ativo mediante agendamento direto na Superintendência do Patrimônio da União no Estado onde o imóvel está localizado.

Além desses 53 imóveis, outros 61 ativos continuam disponíveis para aquisição por meio do Sistema de Concorrência Eletrônica (SCE). Desde julho, os interessados na aquisição dos imóveis da União devem fazer suas ofertas por esse sistema, desenvolvido pela SPU em conjunto com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro)​ e disponível no site de imóveis da União. Como o processo é virtual, as propostas podem ser apresentadas até minutos antes do certame. Entretanto, a validação da oferta só ocorre mediante a comprovação do pagamento da caução, equivalente a 5% do valor do imóvel. Se a proposta apresentada não for a vencedora, a caução é integralmente devolvida.

Saúde

Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos

Medida está em vigor desde 2009

19/04/2024 20h00

Sarahjohnson/ Pixabay

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A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009. 

Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 
 

Cidades

Justiça recusou 6 pedidos de tratamento para réu que morreu na prisão, diz advogado

José Roberto de Souza, acusado de matar o empresário Antônio Caetano de Carvalho durante audiência no Procon, morreu de complicações causadas por uma pneumonia

19/04/2024 18h30

Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Defesa do ex-policial militar reformado, José Roberto de Souza, que morreu nesta manhã em decorrência de complicações causadas pela Influenza tipo A, alega que a Justiça recusou seis pedidos de atendimento médico ao réu nos últimos oito meses.

O ex-pm está preso desde o dia 16 de fevereiro de 2023, três dias após o crime que resultou na morte do empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, no Procon/MS.

A defesa foi informada da morte por volta das 11 horas da manhã desta sexta-feira (19). O último pedido para tratamento médico havia sido feito pouco antes da morte de José, às 8h.

"Este caso deixa tanto a mim quanto a minha equipe, em uma situação extremamente triste, até com uma sensação de impotência. Porque eu e o doutor Jackson, que foi quem manuseou grande parte dos pedidos desde que aconteceu aquele fatídico problema no Procon, temos informado ao juiz da segunda vara do tribunal do júri as complicações físicas da doença que o nosso cliente possuía", declarou o advogado de defesa, José Roberto da Rosa.

Segundo o advogado, além de problemas psiquiátricos, o réu possuía doença renal crônica e diabetes, além de complicações cardíacas. O primeiro pedido para atendimento médico de José foi feito em setembro do ano passado, mas recusado, já que o Ministério Público teria alegado que a defesa não teria conseguido provar que o cliente estava doente.

"Chegou em um ponto que nós interpusemos um habeas corpus junto ao tribunal, não obtivemos a prestação jurisdicional, e antes da saída para o final do ano [2023], nós ingressamos com outro habeas corpus, mais precisamente no dia 22 de dezembro, onde havíamos dito que o nosso cliente estava doente e precisava de tratamento", acrescentou Rosa.

A única medida tomada pela Justiça, segundo o advogado, foi retirar o réu do presídio militar, onde ele não estava recebendo os tratamentos adequados - por falta de escolta e por falta de médicos -, para transferí-lo a outra unidade penal "comum", onde ele poderia receber atendimento médico especializado.

"Ao invés de determinar que ele fosse tratado, o Tribunal de Justiça tirou a condição dele de policial militar e o direito de estar no presídio militar, e o mandou para um presídio comum. Aí ele ficou no Centro de Triagem, com o atendimento dos médicos", explicou o advogado. 

Na última semana, os advogados foram visitar José, que pediu por socorro. Ele teria pedido "doutor, eu preciso de atendimento médico".

"E todos os pedidos rechaçados pelo juiz da segunda vara do tribunal do júri. O habeas corpus, que nós entramos em dezembro do ano passado, até hoje não foi posto em mesa para julgamento. Então, é uma decepção enquanto advogado", afirmou Rosa.

Segundo o advogado, a morte de José pode ser colocada na conta do Poder Judiciário.

"A  conta sobre a morte desse homem é exclusivamente debitada ao Poder Judiciário. Talvez agora, com a certidão de óbito, a gente consiga provar que o nosso cliente estava doente, porque foram oito meses de peticionamento em que promotor disse que nós não conseguimos provar que o nosso cliente estava doente, onde todos os pedidos que foram encaminhados, o juiz de direito, que oficia perante a segunda vaga do Tribunal do Júri, disse que não ia liberar ele para tratamento. Então agora eu vou juntar a certidão de óbito para mostrar que nós tínhamos razão", disse o advogado.

O advogado quer que a família da vítima entre com um processo para culpabilizar o Estado.

"Infelizmente, agora não adianta mais autorizar o tratamento. Ele morreu hoje em decorrência do quadro agravado pelo problema renal crônico. Ele foi contaminado com influenza dentro do presídio, porque o sistema imunológico dele estava muito comprometido, o tratamento que ele precisava receber, ele não recebeu, e infelizmente hoje ele não aguentou", finalizou.

O Crime

No dia 13 de fevereiro deste ano, o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, foi morto a tiros pelo policial militar reformado, José Roberto de Souza, durante audiência de conciliação realizada no Procon.

A vítima era proprietária da empresa Aliança Só Hilux, especializada em peças de Hilux e SW4, que havia realizado a troca do motor de uma SW4 para José Roberto.

Durante a primeira audiência de conciliação, realizada na sexta-feira anterior, dia 10 de fevereiro, José Roberto pediu que Caetano entregasse as notas fiscais referentes aos serviços prestados pela empresa para a troca do motor de seu veículo blindado, trabalho avaliado em quase R$ 30 mil.

Aproveitando as tratativas, Caetano cobrou do cliente R$ 630 reais devidos, referentes a uma troca de óleo realizada no ano anterior. Na segunda audiência, então, Caetano levaria as notas fiscais e José Roberto o dinheiro que devia.

No entanto, após uma desavença logo no início da audiência de conciliação, José Roberto efetuou três disparos contra Caetano, dois na cabeça e um na nuca. A vítima morreu no local.

Três dias após o crime, José Roberto de Souza se apresentou à polícia.

primeira audiência que investiga o caso foi realizada no dia 3 de julho do ano passado, e ouviu testemunhas de acusação e defesa. Oito pessoas prestaram depoimento, sendo duas delas funcionárias do Procon, uma advogada que presenciou o crime, um funcionário da vítima, o investigador da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, responsável pelo caso, o filho da vítima e dois conhecidos de longa data do acusado.

Valéria Christina, a conciliadora que trabalhava com o caso, não compareceu para prestar depoimento. Segundo informado durante a audiência, a servidora foi transferida para outro órgão após o ocorrido, e segue afastada desde então por questões de saúde.

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