anahi zurutuza
O governo de Mato Grosso do Sul abre, ainda amanhã, licitação para contratar a empresa que construirá o Aquário do Pantanal. De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Negreiros, os projetos arquitetônico e de engenharia, que tiveram de passar por “ajustes”, foram finalizados e o aviso da abertura da concorrência pública será publicado no Diário Oficial do Estado (DOE). A previsão é de que as obras tenham início ainda em novembro deste ano.
O aquário, projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, ocupará área de 18,6 mil metros quadrados no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, e está orçado em R$ 60 milhões. A estrutura abrigará espécies nativas do Pantanal e, além de funcionar como atrativo turístico, terá espaço para o desenvolvimento de pesquisas científicas e reabilitação de animais silvestres da fauna sul-mato-grossense.
A previsão inicial era que a obra começasse no início deste semestre, mas segundo o secretário o projeto teve de ser revisado. “Agora que esta etapa (de elaboração do projeto) foi concluída, vamos abrir a licitação. Até sexta-feira, o aviso estará no Diário Oficial e na quarta-feira da semana que vem, empresas interessadas, poderão adquirir a pasta contendo o edital e as plantas do Aquário na Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul)”.
De acordo com Negreiros, a concorrência será do tipo “menor preço”, mas será analisada também a qualificação da construtora em executar projetos “complexos” como o do aquário. “Como a construção do aquário exigirá da empresa responsável especialização em várias áreas, a gente vai permitir que sejam formados consórcios (sociedade entre duas empreiteiras ou mais)”. Conforme prevê o secretário, em 45 dias, o nome da construtora vencedora deve ser anunciado, a ordem de serviço para início da obra deve ser assinada em novembro e o aquário deve levar um ano para ser construído.
Projeto
O Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira e Aquário, ou o Aquário do Pantanal, deve receber, por ano, a vista de pelo menos 150 mil pessoas. O prédio, com entrada pela Avenida Afonso Pena – em frente ao segundo estacionamento do Parque das Nações Indígenas –, terá um amplo saguão, equipado com banheiros, setor de informações, auditório para 250 pessoas, restaurante, lanchonete, biblioteca, escadas rolantes, elevadores próprios para portadores de necessidades especiais, entre outros. A entrada para visitantes será cobrada, mas para pesquisadores o acesso será gratuito.
Serão 24 tanques de contemplação. Em 18 deles estarão (internos) peixes, anfíbios, répteis e plantas aquáticas típicas do Pantanal, da região de Bonito, da Amazônia e do Rio Paraná. Nos outros quatro ambientes, que vão ser ao ar livre, jacarés, ariranhas e lontras serão expostos. Cada pessoa deve levar, no mínimo, 40 minutos para percorrer as dependências do aquário, conforme preveem os arquitetos que projetaram o empreendimento.
O edifício é dotado de iluminação natural e conta com captação de energia solar. De acordo com o projeto, a água da chuva será reutilizada nos aquários e para abastecimento do prédio.