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Governo volta a recomendar bloqueio parcial de atividades em Campo Grande

Recomendações do governo permitem 57 atividades e, para secretário, não podem ser consideradas lockdown

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Em tom conciliador, o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, voltou a sugerir que a Prefeitura de Campo Grande adote as recomendações feitas pelo governo de Mato Grosso do Sul, por meio do programa Prosseguir.  

Por causa do alto índice de contágio e de ocupação de leitos de unidade de tratamento intensivo na Capital (92%), a cidade está classificada no nível extremo do programa desenvolvido pelo governo do Estado em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) desde a segunda quinzena de julho.  

Neste nível de classificação, são recomendadas medidas mais agressivas de distanciamento social, mas que estão bem distantes de lockdowns como os verificados na Itália e em Nova York, nos Estados Unidos.  

Riedel esclarece que o programa “é muito claro, para cada uma das faixas de risco, o governo tem claramente definido o que deve funcionar em cada situação de risco”.  

Nesta faixa, o secretário explica que são 57 grupos econômicos que entram na definição. Entre elas estão medidas mais básicas, como serviço funerário, abertura de supermercados e serviço de saúde, até serviços de coleta de lixo e esgoto, fornecimento e energia elétrica, gás natural e lojas de construção civil, como serrarias e infraestrutura geral.  

As medidas extremas do programa Prosseguir ainda recomendam a suspensão de serviços presenciais e não-essenciais da administração pública, manter suspensas as aulas presenciais nas escolas públicas, particulares, de educação superior e profissionalizante.

Também é pedido restrição do transporte coletivo somente aos trabalhadores da saúde e de atividades essenciais, com transporte somente de passageiros sentados. Sobre as atividades essenciais, terão de funcionar mediante a adoção de medidas de biossegurança.

Não é lockdown

Eduardo Riedel ressalta que o governo nunca recomendou lockdown. Para o gestor, a palavra está ligada ao fechamento total de atividades e restrição de ir e vir das pessoas. Ele inclusive citou o caso da França, que instituiu multa de 300 euros para quem saísse de casa.

Apesar de restringir atividades comerciais consideradas não essenciais, como o comércio de roupas e acessórios, por exemplo, e também a atividade de salões de beleza, academias e restaurantes, a recomendação do governo mantém a liberação de muitas atividades, como serviços bancários e de seguros, revenda de autopeças e oficinas mecânicas, serviços de engenharia e construção civil, entre outros (veja os detalhes na lista abaixo).  

Nas duas vezes em que o governo, por meio da secretaria comandada por Riedel, recomendou as medidas a serem tomadas, o prefeito da Capital, Marcos Trad (PSD), não as atendeu e, no último fim de semana, voltou a permitir atividades que estavam restritas aos sábados e domingos, como o comércio em geral e também restaurantes.  

Justiça

Eduardo Riedel não sente que o caminho ideal para resolver a pandemia seja por meio de uma decisão judicial. “Não podemos tomar decisão em cima de ‘eu acho’, porque cada um acha uma coisa. Se a gente for nessa linha, fica difícil”.  

Ele pondera que “a experiência em muitos lugares do Brasil não mostrou que isso dá certo. Se houver divergência entre a decisão do gestor municipal e recomendação do Estado, tem que sentar na mesa, mostrar tecnicamente e convencer”.

Ele adota o tom conciliador para dizer que acho que a prefeitura “deveria seguir a orientação do Prosseguir, que correlaciona atividades ao grau de risco na saúde”.

Segundo Riedel, esse grau de risco é mensurado por mais de 10 indicadores. “Não é só número de mortos ou infectados: se está crescendo, diminuindo volume de leitos, de EPIs [equipamentos de proteção individual], volume de testes disponíveis. Tudo siso forma o grau de risco”.

Clareza

Para balizar as recomendações de grau extremo de risco na saúde, o governo criou o Programa de Saúde e Segurança na Economia (Prosseguir), que “a partir dos indicadores da área da saúde, orienta as decisões na área econômica”, esclarece. 

* Colaborou Daiany Albuquerque

Prosseguir

Nível extremo

O que poderia funcionar em Campo Grande caso o prefeito atendesse à recomendação do governo de MS?

1. ESSENCIAIS

  •  Assistência à saúde, incluídos serviços médicos, odontológicos (somente urgência e emergência), fisioterapêuticos e terapeutas ocupacionais e hospitalares;
  • Assistência social;
  • Segurança pública e privada;
  • Defesa civil;
  • Transporte e entrega de cargas;
  • Transporte coletivo intermunicipal de passageiros;
  • Transporte de passageiros por táxi ou aplicativo;
  • Coleta de lixo;
  • Transporte coletivo;
  • Telecomunicações e internet;
  • Serviço de call center;
  • Abastecimento de água;
  • Esgoto e resíduos;
  • Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica;
  • Produção, transporte e distribuição de gás natural;
  • Iluminação pública;
  • Indústria e comércio de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas;
  • Serviços funerários;
  • Atividades com substâncias radioativas e materiais nucleares;
  • Vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias;
  • Prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais;
  • Inspeção de alimentos, produtos e derivados de origem animal e vegetal;
  • Vigilância agropecuária;
  • Controle e fiscalização de tráfego aéreo, aquático ou terrestre;
  • Serviços de pagamento, de crédito e de saque e aporte prestados;
  • Tecnologia da informação e data center para suporte das atividades essenciais;
  • Fiscalização tributária e aduaneira;
  • Transporte de numerários;
  •  Mercado de capitais e seguros;
  • Fiscalização ambiental;
  • Produção, distribuição e comercialização de combustíveis;
  • Monitoramento de construções;
  • Geologia;
  • Atividades agropecuárias;
  • Serviços mecânicos em geral;
  • Comércio de peças para veículos;
  • Serviços editoriais, jornalísticos, publicitários e de comunicação em geral;
  • Centrais de abastecimentos de alimentos;
  • Manutenção, instalação e reparos de máquinas, equipamentos, aparelhos e objetos de atividades essenciais e de baixo risco;
  • Serviços de entrega de alimentos, produtos de higiene e medicamentos;
  • Construção civil, montagens metálicas e serviços de infraestrutura em geral;
  • Serviços de delivery em geral;
  • Drive-thru para alimentos e medicamentos;
  • Frigoríficos, curtumes, produção de artefatos de couro;
  • Extração mineral;
  • Indústria têxtil e confecções;
  • Serrarias, marcenarias, produção de papel e celulose;
  • Industrialização e distribuição de produtos à base de petróleo;
  • Indústrias do segmento de plástico e embalagens;
  • Produção de cimento, cerâmica, artefatos de concreto;
  • Indústria metalúrgica;
  • Indústria química;
  • Consultorias, serviços contábeis e advocatícios, imobiliária e corretagem em geral;
  • Serviços de engenharia, agronomia e atividades científicas e técnicas;
  • Usinas e destilarias de álcool e açúcar;
  • Serviços cartoriais;
  • Atividades da Justiça Eleitoral, incluindo preparação e realização dos pleitos.

MEIO AMBIENTE

Marina Silva, MS e MT firmam acordo para unificar política de preservação do Pantanal

Ambos estados uniram esforços para uniformizar a legislação sobre o uso dos recursos naturais do bioma, com foco na sustentabilidade, conservação e proteção

18/04/2024 12h45

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assina Termo de Cooperação de Proteção do Pantanal, ao lado de autoridades de MS e MT Marcelo Victor

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Termo de cooperação de defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal foi assinado pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) e pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, na manhã desta terça-feira (18), no auditório do Bioparque Pantanal, localizado nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

O acordo tem o objetivo de unificar a política de proteção, conservação, preservação e sustentabilidade do bioma Pantanal.

MS e MT uniram esforços para uniformizar e compatibilizar a legislação sobre o uso dos recursos naturais do Pantanal, elaborar o Plano Integrado de Prevenção, Preparação, Resposta e Responsabilização a Incêndios Florestais para o bioma Pantanal, promover o fomento da produção sustentável, monitorar a fauna silvestre e fomentar o turismo na região.

O documento tem validade de cinco anos, ou seja, vai até 2029. Além disso, será gerido por um grupo de trabalho integrado por representantes dos dois estados, em número paritário.

Também assinaram o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck (MS); secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti (MT); secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira (MS) e o secretário de Estado de Segurança Pública, César Augusto de Camargo Roveri (MT).

A assinatura ocorreu durante o Seminário sobre as Causas e Consequências do Desmatamento no Pantanal, evento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas, por intermédio do Governo Federal.

De acordo com o governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB), satélites, videomonitoramento e inteligência de ambos estados estarão alinhados para preservação do bioma.

“Na prática é uma capacidade operacional maior, mais inteligência, mais cooperativa de ações. medida que temos bases instaladas em 13 pontos do Pantanal, O Mato Grosso também detém uma força preparada e podemos atuar em conjunto. Se é lá e o Mato Grosso precisa, nós estaremos lá, se o Mato Grosso do Sul precisar, o Mato Grosso estará presente conosco. Além de toda a inteligência, temos monitoramento de vídeo, temos acompanhamento de satélite, o Mato Grosso também. Então, isso coordenado dá muito mais capacidade operacional para que a gente atuar mais rápido e de maneira mais eficaz no combate a eventuais incêndios”, afirmou o chefe do executivo estadual de Mato Grosso do Sul.

Segundo o governador de MT, Mauro Mendes (DEM), as secretarias de Estado de Meio Ambiente e Segurança Pública de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estarão unidos para preservar o bioma e evitar queimadas.

“Precisamos unir nossos esforços para continuar um trabalho já feito há algum tempo, pelos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, para preservar esse grande patrimônio ambiental que é o Pantanal. A partir de agora, vamos melhorar todas as ações que já vimos fazendo, criar mais sinergia entre nossas equipes e, por isso, produzir o melhor resultado na proteção e preservação do nosso Pantanal. Nós vamos cooperar na segurança pública, vamos cooperar através de nossas equipes técnicas de corpo de bombeiros, Secretaria Estatual do Meio Ambiente e juntos vamos estabelecer ações que possam dar mais efetividade no combate a todos os tipos de ilegalidade que possam se praticar, desde crimes ambientais quanto às queimadas ilegais ou mesmo queimadas acidentais”, disse o chefe do executivo estadual de Mato Grosso.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a importância do pacto entre os dois estados é conservar, preservar e proteger o Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense.

“É importante porque acontece no contexto da elaboração do plano de prevenção e controle do desmatamento e queimado do Pantanal. É uma ação que deve ser feita de forma compartilhada entre o governo federal e os governos estaduais. Nesse caso, já temos até uma parceria entre os dois governos que compartilham o mesmo bioma. Então, esse pacto feito pelos dois estados é uma demonstração de que algo dessa magnitude não tem como ser enfrentado por um ente federado de forma isolada”, explicou Marina Silva.

Na ocasião, a ministra ainda sugeriu que o próximo passo seria elaborar um pacto pelo Pantanal. “O segundo passo talvez seja a gente fazer um pacto pelo Pantanal, além dos governadores, envolvendo também os prefeitos, como a gente já fez com a Amazônia, com os 70 municípios que mais desmatam. Não mais para a ação de comando e controle, mas para financiar atividades produtivas sustentáveis, para incentivar a pesquisa, o acesso à tecnologia, inovação e assistência técnica”, finalizou a ministra.

INÍCIO DA TARDE

Helicóptero com quatro pessoas cai em Campo Grande

Queda ocorreu no Aeroporto Santa Maria e todas as vítimas sobreviveram

18/04/2024 12h32

Helicóptero caiu no Aeroporto Santa Maria Arquivo

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Um helicóptero do governo de Mato Grosso do Sul caiu, no início da tarde desta quinta-feira (18), no Aeroporto Santa Maria, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande.

Segundo informações apuradas pelo Correio do Estado, o helicóptero era de uso do governo do Estado, pertencente à Casa Militar.

No momento da queda, quatro pessoas estavam dentro da aeronave e foram socorridas com vida.

Equipes do Corpo de Bombeiros e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram encaminhadas ao local para prestar os primeiros socorros.

Em avaliação inicial, todas as vítimas estavam conscientes e não tinham ferimentos graves, apresentando apenas escoriações.

Apenas uma das pessoas foi encaminhada para unidade de saúde, enquanto as demais recusaram atendimento.

A Polícia Civil também foi para o local fazer as investigações de praxe.

Até a publicação desta reportagem, não há informações sobre o que ocasionou a queda do helicóptero. Informações preliminares é que ele estaria voando baixo e, por isto, não houve maior gravidade.

As circunstâncias do acidente serão apuradas.

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