Cidades

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Grave ameaça

Grave ameaça

Redação

22/03/2010 - 01h12
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Em 2002, o Brasi l recorreu à O r g a n i z a ç ã o Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios que o Governo dos Estados Unidos concedia aos produtores de algodão e contra a ajuda da União Europeia aos produtores e exportadores de açúcar. Nas duas reivindicações, o País saiu vencedor. No caso do açúcar, os europeus praticamente saíram do mercado e as vendas brasileiras literalmente explodiram nos últimos anos, ajudadas pela quebra na produção indiana. No caso do algodão, representantes de produtores locais e autoridades brasileiras fizeram grandes comemorações, pois acreditavam que a partir de então o Brasil passaria a ter uma nova alternativa de produto agrícola em caso de a soja, por exemplo, passar por alguma crise. Contudo, os anos passam e praticamente nada muda. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a área permanece inalterada na casa dos 50 mil hectares, pois os EUA simplesmente ignoraram a condenação. Agora, a OMC autorizou o País a impor retaliações aos norte-americanos. Isto significa que o Brasil pode sobretaxar produtos dos EUA ou até mesmo quebrar patentes, no valor anual de US$ 829 milhões. Mesmo depois do anúncio da lista de produtos sobretaxados, as autoridades norte-americanas continuam em absoluto silêncio, ignorando tudo e todos. Fazem questão de deixar claro que desprezam as normas internacionais do comércio. As sobretaxas e quebra de patente de medicamentos pouco interessam ao Brasil, conforme já deixou claro o presidente Lula. O importante mesmo seria abrir espaço para o algodão brasileiro no mercado mundial. Como falta competitividade ao produto, milhões de hectares acabam sendo ocupados por milho em estados como Mato Grosso, Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul, derrubando a cotação do grão por conta da alta oferta, o que é catastrófico para os produtores brasileiros. Quer dizer, os EUA literalmente atropelam todas as normas e mesmo assim praticamente todos os países são “obrigados” a aplaudi-los. É evidente que país nenhum pode cometer a tolice de romper com o maior mercado consumidor mundial. Porém, isto comprova que a estratégia da política externa brasileira de buscar parceiros comerciais nos mais diferentes cantos do mundo está acertada. O caso revela, ainda, que a chamada elite pensante brasileira trata os assuntos internacionais com dois pesos e duas medidas. Quando Evo Morales, por exemplo, exigiu aumento no preço do gás, só não foi crucificado por parcela da classe política e empresarial brasileira porque esta é uma prática fora de moda. A atitude dos EUA, infinitamente mais nociva à economia brasileira, porém, simplesmente merece o silêncio destes mesmos críticos de outras situações. Qualquer reação destas lideranças fatalmente repercutiria em boa parcela da população. E, dos poucos temores dos norte-americanos é a deterioração de sua imagem, que já não é lá estas coisas. Mas, por conta da política armamentista e jamais por desrespeitar as normas comerciais, base do modelo capitalista atual, que depende da globalização.

temporal

Nuvens de poeira alteram o céu e assustam moradores de MS

Formações raras e de grande porte, incluindo uma nuvem de poeira que simulava fogo e uma nuvem em rotação, chamaram a atenção e viralizaram nas redes sociais

08/11/2025 12h30

Nuvem de poeira formada em Cassilândia

Nuvem de poeira formada em Cassilândia Reprodução

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O céu de parte de Mato Grosso do Sul foi palco de fenômenos atmosféricos impressionantes e que causaram apreensão na população na última quarta-feira (5).

Enquanto em Cassilândia uma gigantesca nuvem de poeira criou a ilusão de "fogo no céu", em Chapadão do Sul, uma nuvem em rotação assustou moradores durante um temporal.

Cassilândia

Na região da Vaca Parida, em Cassilândia, uma grande e espessa nuvem carregada de poeira dominou o horizonte. De baixa altitude e com um tamanho que impressionou, a formação continha uma densa camada de poeira que, à distância, dava a nítida impressão de haver chamas em seu interior.

O fenômeno, que se movia com velocidade, deixou os moradores apreensivos. Em um vídeo gravado no local, é possível ouvir a surpresa: "Parece fogo no céu. Nós viemos aqui tratar a semente e o Alisson falou: ‘Olha para trás’. Que loucura, olha a velocidade das nuvens. Rapaz, vai vir uma tempestade", se espantou a testemunha.

Chapadão do Sul

Já na zona rural de Chapadão do Sul, um fenômeno diferente, mas igualmente impactante, viralizou nas redes sociais. Um vídeo, gravado pelo agrônomo Marco Aurélio Castro em uma fazenda próxima aos chapadões, mostra uma nuvem com um claro movimento de rotação em espiral em sua base, formando-se durante um temporal que caiu sobre o município.

As imagens chamaram a atenção pela força do vento e pela proximidade do local de gravação. O fenômeno chegou a danificar a rede elétrica da cidade.

No registro, Marco Aurélio comenta: "Pessoal, parei para registrar esse momento. Olha que bonito, e assustador, né? Na região dos chapadões... Olha que coisa braba hein. Espero que venha calma aí. Parei para registrar aqui porque eu tinha visto a formação dessas nuvens que parecia ser o início de um furacão ou tornado. Tá vendo que tá formando em espiral? E logo antes tava formando um redemoinho bem embaixo dele. Bonito e assustador ao mesmo tempo".

Nuvens de poeira

De acordo com especialistas, as nuvens de poeira, como a registrada em Cassilândia, são formadas principalmente quando ventos fortes levantam partículas de solo seco e poeira para a atmosfera. Isso é mais comum após longos períodos de estiagem, que tornam o solo mais seco e com maior quantidade de material solto.

Esse fenômeno pode ser desencadeado por eventos naturais, como tempestades de poeira ou a chegada de frentes frias com ventos de alta velocidade que encontram uma área quente e seca. 

Já a formação em rotação, observada em Chapadão do Sul, está associada a condições de instabilidade atmosférica mais severa, que podem evoluir para a formação de tornados se houver os ingredientes necessários, como um forte cisalhamento do vento e umidade.

 

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Campo Grande tem mais uma semana de muita promessa e pouca chuva

Capital não confirma previsão de ciclone e volume de chuva que institutos haviam previsto para primeira semana de novembro, mas entrega estragos

08/11/2025 12h00

Mais uma vez, chuva quebra expectativa dos institutos que previam volume de chuva

Mais uma vez, chuva quebra expectativa dos institutos que previam volume de chuva Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Ao fim da primeira semana de novembro, os registros de chuva em Campo Grande ainda fogem daquilo que os institutos preveem. Apesar da pouca água, mês trouxe vendavais, barulho e estragos na capital sul-mato-grossense.

No início de novembro, sábado passado (01), o Correio do Estado noticiou a respeito das promessas de chuvas que não chegam à capital.

Previsto pelo instituto de meteorologia Climatempo, 72,4 milímetros de chuva chegariam à Campo Grande até esse sábado (08), porém, os registros marcam menos da metade do volume aguardado. Em uma semana, foram apenas 25 milímetros de chuva.

Em análise da reportagem feita por meio dos dados e registros do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), os dias de maior precipitação foram domingo (02), terça (04) e quarta-feira (05). No restante dos dias, a chuva não apareceu.

No domingo, a chuva chegou fraca na hora do almoço, com 0,2 milímetros por volta das 12h, ao fim do dia, ela retornou com 13,8 milímetros das 19h às 22h. Terça-feira, de forma um pouco mais tímida, a água veio ao meio-dia novamente, com 1,6 milímetros. E na quarta-feira foram registrados 9,4 milímetros de 12h às 14h.

Mais uma vez, chuva quebra expectativa dos institutos que previam volume de chuva

Para a madrugada deste sábado o INMET alertou para possível ciclone que atingiria a cidade, mas não há registros. Nesta manhã, a chuva deu as caras por Campo Grande, mas em pequenas quantidades.

A estação do Córrego Anhanduizinho registrou 0,2 milímetros às 6h. Na região do Upa Universitário foram 3,4 milímetros das 04h às 5h. No centro e entorno foram 4,2 milímetros no início da manhã, às 4h e 0,2 milímetros às 10h. Já na parte de cima da capital, na região do Jardim Panamá, até agora foram 2,8 milímetros às 4h da manhã e mais 0,2 milímetros às 9h.

Apesar das nuvens não trazerem a quantidade de água prometida, a intensidade causou estragos na cidade. O tempo em Campo Grande ficou fechado e marcou a semana com trovoadas e vendavais.

Conforme noticiado durante a semana pelo Correio do Estado, moradias e estabelecimentos foram atingidos com árvores que caíram devido a intensidade do vento. Trânsito e energia também foram responsáveis pelo caos na Capital Morena.

Com alerta de temporal para este sábado (08), o INMET havia previsto durante a manhã muitas nuvens, com pancadas de chuva e possível queda de granizo, mas até o momento de publicação da reportagem não há registros dessas condições mais intensas.

Mais uma vez, chuva quebra expectativa dos institutos que previam volume de chuva

Tornado

Durante a noite da última sexta-feira e madrugada deste sábado, um ciclone extratropical atingiu a região centro-oeste do Paraná, estado vizinho de Mato Grosso do Sul.

Segundo informações do Simepar, as rajadas de vento podem ter ultrapassado os 250 km/h e os estragos atingiram não só a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, mas também cidades próximas.

A Defesa Civil informou até o momento que são 6 mortes, 600 feridos, 28 desabrigados, mil pessoas desalojadas e no total são 10 mil afetados pelos destelhamentos, danos em estruturas, quedas de energia e demais estragos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento a pouco na rede social X, antigo Twitter, prestando condolências às milhares de vítimas afetadas pelo ciclone.

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