Cidades

PARALISAÇÃO

Greve completa 4 dias com 47% das agências paradas, dizem bancários

Greve completa 4 dias com 47% das agências paradas, dizem bancários

FOLHAPRESS

10/10/2015 - 06h00
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A greve dos bancários chegou ao quarto dia nesta sexta-feira (9) com 10.818 agências e centros administrativos paralisados, segundo a confederação nacional dos bancários.

No país são 23.110 agências em atividade, de acordo com o BC (Banco Central). A federação dos bancos não divulga números.

Em São Paulo, o sindicato informa que 52 mil decidiram cruzar os braços de um total de 142 mil funcionários na capital, Osasco e região. São 23 centros administrativos e 677 agências afetadas pela greve, segundo a entidade.
 

Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT), diz que a adesão ao movimento aumenta a cada dia na região por causa da proposta "insuficiente" feita pelos bancos.

A paralisação deve continuar na próxima semana, após o feriado da próxima segunda-feira (12). Na terça, os bancários fazem assembleia às 17h em São Paulo para avaliar os rumos do movimento.

"Estamos percorrendo os locais paralisados e estamos ouvindo a indignação dos bancários. Eles afirmam que foi uma proposta desleal e desmotivadora [dos bancos]", diz Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

A greve é por tempo indeterminado e atinge locais de trabalho em todos os Estados e no Distrito Federal.

Procurada, a federação dos bancos não comenta a paralisação nem seus efeitos.

Os bancários têm data-base em 1º de setembro e pedem reajuste salarial de 16% -percentual que corresponde à reposição da inflação mais 5,7% de aumento real.

A categoria pede ainda PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no valor de três salários mais R$ 7.196,84 de parcela fixa adicional e 14º salário.

Em relação ao piso salarial, defende a adoção do salário mínimo calculado pelo Dieese, de R$ 3.299,66, segundo valores de junho.

Os bancos fizeram proposta de 5,5% de reajuste com R$ 2.500 de abono fixo -mas foi rejeitada pelos funcionários.

PERDA

Pelos cálculos do Sindicato dos Bancários, a "perda real de 4%" significa que um bancário que recebe o salário médio da categoria iria perder no ano R$ 1.983 em relação a uma proposta que apenas cobrisse a inflação.

A presidente do sindicato, que é uma das coordenadoras do comando nacional da categoria, tem afirmado que esse foi o pior índice oferecido pelos bancos desde 2004.

São mais de 500 mil bancários no Brasil. Eles receberam aumento real de 20,07% no período entre 2004 e 2014. No ano passado, foram 2,02% acima da inflação.

BANCOS

Em nota divulgada na ocasião da última rodada de negociação com o comando nacional, a Fenaban (Federação Nacional de Bancos) informou a proposta visava compensar "perdas decorrentes da inflação passada, sem contaminar os índices futuros, o que iria contra os esforços do governo para reequilibrar os fundamentos macroeconômicos".

Destacou ainda que a proposta mantinha o poder de compra médio da categoria nos últimos doze meses e que, desde 2004, houve um processo de aumento real dos salários dos bancários sem interrupção.

"O reajuste de 5,5% está em linha com a expectativa de inflação para os próximos 12 meses. Índices acima das expectativas de inflação podem contribuir para maior dificuldade na queda dos índices inflacionários", informava a nota divulgada na ocasião.

Além do reajuste salarial, os bancários receberiam participação de 5% a 15% dos lucros dos bancos.

Pelos cálculos da federação dos bancos, essa fórmula de distribuição do lucro, aplicada, por exemplo, ao salário de um caixa bancário, de R$ 2.560,00, garantiria o equivalente a até quatro salários.

Sobre o abono de R$ 2,5 mil, a Fenaban informou que seria distribuído igualmente para toda a categoria dos bancários sem ser incorporado aos salários.

mudança brusca

MS terá frio mais intenso do ano na próxima semana, com chuva e geada

Primeira onda de frio derruba temperaturas a 0°C e órgão alerta para risco de hiportermia em animais

21/05/2025 18h33

Maio termina com queda brusca na temperatura e chuva em MS

Maio termina com queda brusca na temperatura e chuva em MS Foto: Paulo Ribas / Arquivo

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A um mês do início do  inverno, Mato Grosso do Sul deve registrar o frio mais intenso do ano, até então, nas próximas semanas, com temperaturas podendo chegar a 0°C e sensação térmica de mais frio.

Além disso, técnicos do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec) alertam que podem ocorrer geadas pontuais, de intensidade fraca a moderada, em algumas localidades.

Conforme análise meteorológica feita pelos técnicos do Cemtec, a primeira onda de frio intenso no ano atingirá o Estado no fim de maio e se estenderá durante a primeira semana de junho.

A mudança brusca no tempo será motivada pela aproximação de uma frente fria que atinge o Estado no dia 27 de maio.

Segundo o Cemtec, essa frente fria provocará chuvas com acumulados significativos, podendo ocorrer tempestades acompanhadas de raios e vento forte.

Com o avanço do ar mais frio, associado a atuação de um sistema de alta pressão atmosférica pós-frontal, deve ocorrer queda acentuada nas temperaturas em todo o Mato Grosso do Sul.

"Ainda durante o outono, o Estado deve registrar as menores temperaturas do ano, podendo zerar o termômetro em locais em que costuma fazer mais frio", diz nota da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), ao qual o Cemtec é vinculado.

Para os dias 29 de maio a 5 de junho, são previstas mínimas entre 6°C a 10°C, principalmente na região sul do Estado, mas há possibilidade de, em alguns lugares, os termômetros chegarem a 0°C.

Além disso, os técnicos do Cemtec alertam que podem ocorrer geadas pontuais de intensidade fraca a moderada.

Em Campo Grande, a mínima prevista é de 12°C, com máxima de 22°C, e chuva.

Risco de hiportemia animal

Diante da previsão de frio intenso, a Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) alerta para os riscos da hipotermia, que matou milhares de cabeças de gado nos anos anteriores.

A hipotermia é causada pela exposição prolongada a baixas temperaturas, especialmente em animais debilitados ou mal-nutridos, alerta a Iagro em Nota Técnica.

No ano passado, mais de três mil bovinos morreram por hipotermia, em 38 ocorrências registradas em 14 municípios do Estado. Em 2023, morreram pelo mesmo motivo 2.725 bovinos em fazendas de Mato Grosso do Sul.

As medidas preventivas recomendas pela Iagro aos produtores para prevenir da hipotermia são:

  • garantir suplementação alimentar suficiente, especialmente nos períodos secos e durante as frentes frias;
  • providenciar abrigos ou áreas protegidas para minimizar os efeitos de condições climáticas extremas;
  • manter o acompanhamento veterinário regular do rebanho;
  • seguir rigorosamente o calendário oficial de vacinação e manejo sanitário.

CPI do ônibus

Prefeitura investiga repasse de R$ 20 milhões entre Consórcio e empresa fora do contrato

Conforme ex-diretor, técnicos ligados à Controladoria-geral observaram um "deslocamento fracionado" desses valores ao longo dos anos

21/05/2025 18h20

Foto: Gerson Oliveira

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Ex-diretor da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg), Odilon de Oliveira Júnior disse em depoimento na CPI do Transporte, ter identificado o repasse de cerca de R$ 20 milhões à Viação Cidade dos Ipês, empresa que não integra formalmente o consórcio Guaicurus. A declaração ocorreu durante oitiva nesta quarta-feira (21).

“Notei investimento em uma empresa estranha ao próprio consórcio”, afirmou Odilon aos vereadores. Diante da suspeita, solicitou uma análise técnica da equipe da agência, que confirmou os repasses milionários.

Conforme o ex-gestor, a ação contou com a ajuda de dois técnicos ligados à Controladoria-geral de Campo Grande, uma vez que a pasta não contratou uma empresa para auditar o contrato.  

Conforme o ex-presidente da Agereg, a demanda também passou por uma solicitação da prefeita Adriane Lopes à época. Diante do pedido, a alternativa encontrada pelo então gestor foi aprofundar a fiscalização dos contratos vigentes. 

“A gente optou pedir mais pessoas para que pudesse fazer um estudo aprofundado (sobre o repasse) porque são cifras altíssimas e eu não posso ser leviano em fazer isso. A gente implantou o plano de auditoria que vai ser realizado”, falou.

Conforme o ex-diretor da pasta, durante o período em que esteve à frente da Agereg, os técnicos observaram um “deslocamento fracionado” desses valores ao longo dos anos. “Você está tirando dinheiro do sistema de transporte coletivo que vai faltar, por isso precisa ser apurado e levado a sério. Quem vai explicar melhor isso são os técnicos que serão ouvidos.”, finalizou.

Problema 

O ex-presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande também destacou que o órgão operou durante quase quatro anos sem um auditor fiscal.

Substituído pelo ex-secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes da Silva, o  juiz federal deixou o cargo em janeiro deste ano. Ele foi nomeado para comandar a agência em abril de 2021, ainda na gestão de Marquinhos Trad (PDT).

Saiba*

Oficialmente, o Consórcio é formado pelas empresas Viação São Francisco Ltda; Viação Cidade Morena Ltda (empresa Líder) e Jaguar Transporte Urbano Ltda e Viação Campo Grande Ltda. A empresa possui endereço junto a Rua Doutor Euler de Azevedo. 

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