Cidades

GREVE NO ENSINO

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Educação de Dourados completa 22 dias de paralisação e segue sem acordo

Sindicato apresenta nova proposta alternativa que foca na melhora a longo prazo

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Dourados já registra 22 dias de greve na educação, com a comissão de finanças do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (SIMTED) apresentando nesta terça-feira (05) uma proposta alternativa ao Executivo. Além disso, vereadores querem convocar a secretária do município, Ana Paula Benites Fernandes, para ouvir explicações sobre o impasse.  

Conforme o secretário de finanças do SIMTED, Ataulfo Alves Stein Neto, "a bola está com eles [poder público]" e, após assembleia realizada no fim da tarde de ontem (04), a categoria esperar ser convocada para debater a nova proposta, chegar em um denominador comum e, com isso, pôr fim ao movimento grevista.  

Ataulfo diz que o poder público não tem alegado problemas financeiros, e sim fiscais, "de lei de responsabilidade, o limite prudencial da folha que pode estourar", comenta ele, dizendo que, por conta disso, a nova proposta não está muito diferente, pedindo 20%.  

"Dos 33,24% devidos, de 2022, que é o percentual do piso nacional que foi reajustado, a categoria está aceitando esses vinte que é retroativo a janeiro. Na verdade, o município de Dourados está ilegal desde 1.º de janeiro, pagando menos que o piso, mesmo considerando por quarenta, que não é nossa bandeira. Para eles estar no piso, mesmo considerando 40, para estar na lei teriam que pagar desde o dia primeira de janeiro 18% de reajuste", explica ele.  

proposta

Anteriormente, a prefeitura havia proposto parcelar até o fim do ano a integralização visada dos 18,86%, que não foi aceito pelos professores, sendo que o piso só seria pago após essa manobra. Com isso, a categoria pede uma melhora na proposta a longo prazo.  

"Ele propunha pagar percentual do piso em janeiro, depois 7,5% em abril do próximo ano. Em janeiro de 2024 novamente o piso, e em abril 7,5% novamente, que seriam para integralizar os 33,24% devidos de 2022", explica Ataulfo.  

Stein aponta então que a categoria colocou uma proposta que considera mais adequada a longo prazo. "Que além desse reajuste devido, do piso de janeiro, e da diferença de 2022 em abril — que é proposta do Governo —, adicionou outubro, para que chegássemos nesse décimo mês do próximo ano em 60% do piso por uma carga de 20 horas. E assim sucessivamente, mas a ideia é que lá para 2028 o piso esteja integralizado por vinte horas", diz.

indignação

Ataulfo aponta que o descontentamento com a administração não é só da categoria, "é da cidade". "Com aumento de impostos, criação da taxa do lixo, majoração do IPTU e sem percepção de melhoria dos serviços prestados. E nem do reajuste do professor, que está em discussão no momento, não pagam nem o que é devido", comenta.  

Ele faz questão de lembrar que o professor é, talvez, a única categoria para a qual não é um "bom negócio" ficar em greve.  

"Precisamos desmistificar isso na sociedade que professor gosta de ficar em greve. Não, ele só toma essa medida quando não tem esse outro recurso e, na verdade, é ele que 'paga o pato'. O maior prejudicado, em primeiro lugar, é o aluno e em segundo o professor que, além de ficar se estressando na luta, tem que fazer depois um calendário de reposição", argumenta.  

Marcelo Mourão e outros 16 vereadores apresentaram requerimento, aprovado pela Câmara, que convoca a secretária de Educação, Ana Paula Fernandes, para explicar o impasse e destacar como estão as negociações e quais as propostas feitas pela prefeitura. Ele classifica a situação como insustentável e aponta que a greve precisa ter um fim.  

"Nós somos cobrados nas ruas pelos pais e pela população de forma de geral e não temos informações, já que em muitas agendas, grande parte dos vereadores não é convidada a participar. Diante disso, não temos como saber o que está sendo feito pelo município para resolver a questão. Nós queremos saber quais as propostas apresentadas ou rejeitadas, o impacto financeiro previsto e qual a possibilidade de comprometimento disponível para aumento da folha de pagamento”, argumentou o parlamentar por assessoria.

Encontro Internacional

Conservação no Pantanal vira pauta mundial durante encontro de exploradores em Nova Iorque

Presidente do IHP, Ângelo Rabelo, foi indicado junto com outros brasileiros para tratar temas nacionais nos Estados Unidos

23/04/2024 18h25

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo Divulgação IHP

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O grupo The Explorers Club, que reúne autoridades e pessoas com reconhecimento global que desempenham medidas que envolvem promoção da ciência e da conservação, discutiu em um de seus encontros a situação do Pantanal. O presidente do IHP, sediado em Corumbá (MS), Ângelo Rabelo, participou das reuniões realizadas em Nova Iorque, durante o encontro anual do clube. Ele apontou que é preciso haver atenção mundial com relação à conservação do Pantanal e da riqueza cultural do território.

A entidade existe há 120 anos e reúne mais de 3,6 mil pessoas de referência global que desempenharam ou realizam ações para transformar positivamente o mundo. Os encontros ocorreram entre sexta-feira (19) e domingo (21). Foram realizados diversos encontros e reuniões entre os participantes do clube, bem como ocorreram discussões sobre temas globais a serem trabalhados para promoção da conservação do Planeta.

 

Ângelo Rabelo, que atua em ações de conservação no Pantanal há cerca de 40 anos, pontuou que há diferentes esforços em andamento para prevenir incêndios florestais e promover desenvolvimento sustentável. Na semana passada, os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, junto com o governo federal, assinaram termo de cooperação visando a união de esforços na defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Além disso, um fundo foi criado para financiar ações que ajudam a proteger o bioma, porém até hoje somente o governo de MS fez aporte de recursos (R$ 40 milhões) e o setor pública busca outras linhas de subsídio para essas ações. A promoção do Pantanal para o exterior pode contribuir nesse propósito, como já ocorre com a Amazônia, por exemplo.

“A maior área úmida do mundo, o Pantanal, está no mapa sobre as grandes explorações e os relatos que indicam locais que são desafiadores no Planeta. Por esse caminho cheio de desafios temos, primeiro, os povos originários que ainda habitam o território, como é o caso dos Guatós. Depois vieram as pantaneiras e os pantaneiros, que também seguem no Pantanal sabendo lidar com a ocupação e a conservação. Depois, temos os registros de outros esforços de pessoas que também se dedicam pela conservação desse Patrimônio Natural da Humanidade”, comentou Rabelo.

O bioma Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta e apesar de ser o menor em extensão territorial no Brasil, abriga 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Além disso, o Programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros por Satélite – PMDBBS, realizado com imagens de satélite de 2009, mostrou que o Pantanal mantêm 83,07% de sua cobertura vegetal nativa. Mais de 90% do bioma está em propriedades privadas, enquanto 4,6% estão classificadas como unidades de conservação, dos quais 2,9% correspondem a UCs de proteção integral e 1,7% a UCs de uso sustentável.

A participação de Rabelo na reunião do The Explorers Club ocorreu porque ele foi nomeado, neste ano, como uma das 50 pessoas a fazer a diferença no Planeta. A escolha foi feita por integrantes do The Explorers Club e o presidente do IHP entrou na lista do EC50 2024. Concorreu com mais de 200 pessoas indicadas. Seus apoiadores na nomeação foram Dereck Joubert e Beverly Joubert, exploradores que atuam diretamente pela conservação da vida selvagem e desenvolvimento sustentável em países africanos. O casal convidou, neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) para conhecer iniciativas que são realizadas no continente africano.

Além do presidente do IHP, os brasileiros nomeados nesse grupo chamado EC50 deste ano foram a geóloga Fernanda Avelar Santos, o ictiologista Luiz Rocha, o designer naturalista Lvcas Fiat e o paraquedista profissional Luigi Cani. Além dos brasileiros recém-nomeados, personalidades mundiais fazem parte do Clube, como a ex-astronauta e géologa Kathryn Sullivan, veterana de três missões a bordo de ônibus espacial; o geneticista e biólogo nuclear James Dewey Watson, um dos autores do modelo de dupla hélice para estrutura da mólecula de DNA; bem como o explorador que fez parte do primeiro voo solar ao redor do mundo, concluído em 2016, André Borschberg; e Dominique Gonçalves, criadora do Programa de Ecologia de Elefantes no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique, entre outras pessoas.

Também em Nova Iorque, a diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, localizado em Corumbá (MS), Márcia Rolon, participou dos eventos abertos do The Explorers Club para divulgar o trabalho de diminuir a vulnerabilidade social de crianças e adolescentes da região de fronteira do Brasil por meio da arte.

 

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Cotidiano

Com 300 doses disponíveis, vacinação contra dengue deve acabar nesta semana

Aproximadamente 130 doses estão sendo aplicadas por dia; segundo a expectativa da pasta é que a vacinação se encerre até o final desta semana.

23/04/2024 18h15

Gerson Oliveira/

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As vacinas contra a dengue com prazo de validade até 30 de abril e que estão disponíveis pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) devem ser aplicadas até o final desta semana. A expectativa da pasta é que nenhuma dose deve ser descartada em Campo Grande. 

De acordo com a secretária, cerca de 130 doses estão sendo aplicadas por dia nos postos de saúde da cidade. Por causa disso, a expectativa é que todas as doses que estão perto do vencimento sejam aplicadas até sexta-feira (26).

A baixa procura do imunizante em Mato Grosso do Sul levou o Ministério da Saúde a informar aos municípios para ampliar a idade de vacinação. Segundo a pasta, pediu para todas as cidades priorizar a faixa etária entre 6 e 16 anos, mas com imunização ampliada para pessoas entre 4 e 59 anos. 

A medida foi tomada para reduzir a perda de doses que estão perto do vencimento, cabendo a cada município definir a estratégia de aplicação.  As doses que estão sendo utilizadas vencem no dia 30 de abril. 
 
Segundo a Sesau, em Campo Grande tem cerca de 300 doses estão espalhadas pelos postos de saúde da Capital. 

 

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