Depois de Volkswagen e Mercedes-Benz, a Ford é a terceira montadora do ABC e a quarta do país a aprovar adesão ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego) e a reduzir os salários e a jornada por um período de seis meses que pode ser prorrogado por mais seis. Em troca, os funcionários garantiram estabilidade até agosto de 2017.
A montadora fez acordo para cortar remuneração e jornada, além de prorrogar o "lay-off" (suspensão do contrato de trabalho) de um grupo de funcionários afastados desde maio. Como a partir de janeiro a empresa pretende reduzir o ritmo da linha de produção do ABC, ela pode fazer um novo lay-off a partir de 2016, segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Metade da redução salarial será bancada pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), como prevê a legislação que criou o PPE. Com isso, os salários serão diminuídos em 10% por um período de seis meses, que podem ser prorrogados por mais seis. Na média, o salário de uma montadora da região é de R$ 5.000.
O acordo vale para quase toda a fábrica, que emprega hoje cerca de 4.300. Ficam de fora somente os trabalhadores das chamadas áreas essenciais, que, por razão de segurança, não podem ter jornada reduzida. O número não foi divulgado ainda.