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Guarda quis fazer delação sobre Name, mas advogado impediu, diz Gaeco

Marcelo Rios temia pela integridade da esposa e dos filhos

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Nova denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revelou que o Guarda Municipal Marcelo Rios, preso em maio, tentou fazer uma delação premiada em troca da proteção da esposa e dos filhos menores de idade, mas foi impedido pelo próprio advogado de defesa, Alexandre Gonçalves Franzoloso, contratado pela família Name, segundo documento, as provas dão conta de que a atuação como advogado era voltada a proteger o líder da organização criminosa, Jamiel Name. 

No dia 7 de agosto, Eliane Benitez - esposa de Rios - foi a sede do Gaeco para dizer que seu marido tinha interesse em realizar um acordo de delação. Na ocasião, ela teria dito aos procuradores que “isso somente não está sendo possível” porque o “advogado Alexandre Franzoloso o está impedido [...] porque ele é o advogado da organização criminosa”, conforme ata de reunião.

Alexandre, desde o início teria usado de sua condição de advogado para atrapalhar as investigações envolvendo a milícia de altíssima periculosidade para proteger os chefes da organização criminosa, Jamil Name e Jamil Name Filho, que foram as pessoas que lhe contrataram e pagavam seus honorários. Tanto que o Guarda Municipal preso decidiu procurar pelo auxílio da Defensoria Pública.

Na denúncia dos promotores - Gerson Eduardo de Araujo, Marcos Roberto Dietz, Thalys Franklyn e Tiago Di Giulio Freire - o advogado, ouvido no dia 3 de outubro, admitiu ter ido três vezes na casa de Jamil Name, enquanto as investigações aconteciam, provando relação do advogado com os chefes da organização. 

O Gaeco também denunciou, além de Alexandre, Jamil e Name Filho, mais seis pessoas por participação no grupo de extermínio e, ainda, de tentar obstruir as investigações. Flávio Narciso, Rafael Antunes Vieira, Robert Kopetski, Vladenilson Olmedo - o Vlad - Marcio Cavalcanti da Silva e Rafael Carmo Peixoto agiram contra Eliane para que ela não “delatasse” a organização criminosa após a prisão de Rios, que estava com o arsenal usados nas execuções de Ilson Martins Figueiredo, em 11 de junho de 2018, Orlando da Silva Fernandes, em 26 de outubro de 2018, e Matheus Coutinho Xavier, em 10 de abril deste ano. 

Os envolvidos procuravam e vigiavam a mulher sob a desculpa que estariam protegendo ela e o marido. Em uma das ocasiões, Flávio foi até a casa da mulher, por volta de 23h, e disse que seria responsável por ela e que quando quisesse sair teria que contatá-lo para que ele a acompanhasse, a mando de Jamil Filho. No dia 21 de maio, ambos - Flávio e Eliane - foram até o fórum para que ela falasse com Marcelo Rios antes da audiência de custódia, que acabou não acontecendo. 

Depois, os dois foram a um banco, onde Eliane recebeu uma ligação de sua mãe, falando que estava ao lado de um homem que a estava procurando. Neste instante, a mulher de Rios percebeu que seus passos estavam sendo monitorados pela organização criminosa.

Ao atender a ligação, Rafael Antunes perguntou à Eliane porque ela estava naquele local, tendo, em seguida, ordenado a permanência dela até a sua chegada. Momentos depois chegaram Rafael e Vladenilson, que repassaram a quantia de R$ 500 para Eliane, além de reforçarem que ela não estava desamparada, uma vez que Jamil Filho lhe daria todo o apoio que fosse necessário e que ela estaria “debaixo das asas dele”.

*Colaborou Eduardo Miranda 

 

campo grande

Pet shop que prescreve medicamentos e aplica vacinas sem médico veterinário é condenado

Justiça considerou que atividades são típicas e privativas de profissional da área veterinária e determinou a contratação do profissional, além de manter multa

22/03/2025 16h31

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS Arquivo

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Um pet shop de Campo Grande, localizado nas Moreninhas, que faz prescrição de medicamentos e realiza vacinação sem um médico veterinário deverá contrarar um profissional e efetuar o registro do estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS).

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirmou decisão que manteve auto de infração emitido pelo CRMV-MS contra a empresa.

Os magistrados seguiram o previsto na Lei nº 5.517/1968 de que a prática clínica e assistência técnica aos animais são atividades privativas da área veterinária. 

Conforme o processo, durante fiscalização do CRMV, foi constatado que o pet shop não tinha registro no conselho e nem um responsável técnico, mas oferecia os serviços de vacina e prescrição de medicamentos, e foi aplicada multa.

A empresária responsável acionou o Judiciário contestando a infração.

Ela argumentou que atua em um pet shop, no comércio de animais vivos, artigos de embelezamento e alimentos para animais de estimação, o que dispensaria a obrigatoriedade de inscrição no CRMV e a contratação de médico. 

Em primeira instância, a 2ª Vara Federal de Campo Grande julgou o pedido improcedente e manteve as sanções aplicadas pelo conselho. A mulher recorreu ao TRF3.  

Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal relator Souza Ribeiro, considerou comprovantes originários de fiscalização conjunta efetuada no estabelecimento.  

Segundo o magistrado, documentos demonstraram receituários timbrados da empresa com prescrições de remédios para animais diversos, além de medicação injetável em uso, carteiras de vacinação em branco e tabela de preços com a oferta de consultas, exames e vacinas. 

“Embora os atos constitutivos da empresa indiquem como objeto social tão somente a atividade de venda de medicamentos e alimentos para animais de estimação, os documentos apresentados pelo réu, oriundos de fiscalização conjunta do Procon e Decon/MS, demonstram a presença de receituários contendo prescrições de medicamentos para animais diversos com o timbre da empresa, medicamento injetável em uso, juntamente com seringas, carteiras de vacinação em branco”, fundamentou o relator. 

“O auto de infração goza de presunção de legitimidade e veracidade, pois se trata de ato administrativo, subscrito por servidor dotado de fé pública. As alegações apresentadas pela apelante em nada interferem no reconhecimento da legalidade da autuação”, concluiu o magistrado. 

Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

Cidades

Militar da Marinha de MS é preso com droga avaliada em R$ 100 mil em MG

Ele saiu de Corumbá e tinha como destino a cidade de Uberaba, mas foi flagrado durante operação da Polícia Militar mineira com carga de supermaconha

22/03/2025 14h30

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro Foto: Divulgação / PMMG

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Um militar da Marinha do Brasil, de 33 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, em Mato Grosso do Sul, foi preso por tráfico de drogas em Frutal (MG), na última quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o flagrante aconteceu por meio do Grupo Tático Rodoviário da Polícia Militar Rodoviária (GTR/BPMRv), durante operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Frutal.

O militar estava em um Honda Civic e quando foi abordado, disse que iria visitar um amigo, mas entrou em contradição e não soube informar qual seria o endereço do suposto amigo, além de demonstrar nervosismo.

Diante da suspeita, os policiais fizeram uma vistoria minuciosa no veículo e encontraram oito pacotes de droga em um compartimento secreto dentro do tanque de combustível.

No total, foram apreendidos 4,3 quilos de skunk, conhecida como supermaconha, por ser de origem da planta cannabis sativa com concentração elevada de tetraidrocanabinol (THC).  A droga está avaliada em R$ 100 mil.

Segundo o site Portal Itatitaia, durante a abordagem, o militar quebrou o próprio celular e precisou ser imobilizado. Ele permaneceu em silêncio durante o flagrante. 

O militar foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde o caso será investigado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em nota, o Comando do 6º Distrito Naval, informou que está acompanhando o caso e irá colaborar com os órgãos competentes na investigação.

O que é skunk?

O skunk, conhecido também como “skank” ou “supermaconha”, é uma droga pertence ao grupo dos canabinóides, mas com efeitos mais potentes e nocivos ao cérebro do que a maconha tradicional.

O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta Cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha.

A droga é criada em laboratório através da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração mais forte de THC (Tetra-hidro-canabidinol), substância psicoativa que age alterando os níveis de serotonina e de dopamina, os hormônios ligados às sensações de prazer e satisfação no cérebro.

Alguns estudos apontam que a concentração de THC do skunk pode ser de sete a dez vezes maior do que a encontrada na maconha, com uma porcentagem de aproximadamente 20% na droga sintética (ou de 40%, dependendo da versão “híbrida”) contra 2,5% na sua forma tradicional.

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