Cidades

Feminicídio

Homem que matou gestante é preso em Bela Vista

A oitava vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul sofreu uma sequência de episódios de agressão por parte do marido

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Fernando Dias Chucarro, de 35 anos, que estava foragido após espancar a esposa gestante que não resistiu e veio a óbito, foi preso, na manhã deste domingo (3), em Bela Vista. 

Chucarro, espancou a esposa Gisely Duarte Galeano, de 35 anos, que não resistiu e veio a óbito no Hospital da Cassems de Dourados, vítima de um aborto em decorrência das lesões sofridas e de um derrame encefálico.

Após espancar a companheira que tentou sair de casa para procurar a polícia e registrar um boletim de ocorrência, Fernando Dias, sabendo que seria delatado, fugiu para Bela Vista onde acabou preso pela Polícia Civil do município.

O Caso

Vítima de agressões constantes, Gisely residia em Ponta Porã, município que fronteiriço com o Paraguai. No dia 3 de fevereiro, sofreu agressões por parde do companheiro Fernando Dias Chucarro., também de 35 anos.

Conforme relatos da Polícia Civil, a vítima tentou procurar a delegacia para registrar ocorrência, mas foi impedida pelo marido. Sabendo que posteriormente ela poderia denunciá-lo, decidiu ir embora para Bela Vista, que fica a 130,6 quilômetros distante de Ponta Porã.

Dois dias após sofrer as agressões, no dia 5 de fevereiro, a vítima procurou a delegacia e registrou o boletim de ocorrência, no entanto, preferiu não solicitar medidas protetivas. Aquela altura, ela suspeitava que pudesse estar grávida. 

Quase duas semanas depois, no dia 18 deste mês, Fernando Dias Chucarro, fez contato com a vítima, que foi até Bela Vista encontrá-lo. Neste dia, ela foi agredida novamente, e retornou para Ponta Porã lesionada, sem contar o ocorrido para ninguém.

No dia seguinte, 19 de fevereiro, familiares foram visitá-la, mas Gisely os recebeu apenas com o portão entreaberto, não deixando que ninguém entrasse na residência ou a visse por completo. Preocupada, a irmã tentou contato posteriormente, sem sucesso, já que a mulher não atendeu as ligações e nem respondeu mensagens.

No dia 20 de fevereiro, a irmã retornou à residência de Gisely, e conseguiu entrar. A vítima estava deitada no sofá, e reclamava de fortes dores abdominais. A irmã a levou até o Hospital Cassems, onde foi constatado o aborto, em decorrência das agressões, e um derrame encefálico.

Devido ao quadro, Gisely foi transferida com urgência para o Hospital Cassems de Dourados.

Nesta terça-feira, dia 27 de fevereiro, a irmã de vítima registrou um novo Boletim de Ocorrência contra Fernando Dias Chucarro.

Na quarta-feira (28), foi constatada a morte da vítima.

O caso está sendo investigado como feminicídio majorado, se praticado durante a gestação.

"A Polícia Civil está tomando todas as medidas cabíveis para que o autor possa ser responsabilizado criminalmente por seus atos", diz nota.

NÚMEROS


Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que, além de Gisely, outras seis mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º de janeiro e 28 de fevereiro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

O primeiro feminicídio do ano ocorreu em 3 de janeiro, quando Luciene Braga, de 50 anos, foi morta a pauladas pelo marido Airton Barbosa Louriano, de 45 anos, em Sidrolândia.

O autor já possuía oito passagens criminais por violência doméstica. A vítima possuía medida protetiva de urgência em desfavor do agressor.

Em 2023, 30 mulheres foram vítimas de feminicídio no Estado.

No ano anterior, 2022, Mato Grosso do Sul registrou o recorde de casos de feminicídio desde que a lei foi instituída, em 2015. Foram 44 vítimas registradas no sistema da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).

Em 2021, o Estado registrou 37 feminicídios. No ano de 2020, 41 mulheres foram mortas por serem mulheres. Em 2019, foram 30 vítimas; e em 2018, 36. Confira o levantamento:


DENUNCIE


Sem sair de casa:

Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher faz uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.

O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

Registre a denúncia no site da Polícia Civil

Se não puder sair de casa ou usar o telefone, acesse o site www.pc.ms.gov.br, clique no link “B.O. ONLINE – DELEGACIA VIRTUAL” e, no Serviço ao Cidadão, clique em “REGISTRAR DENÚNCIA – Violência contra a mulher”, preencha os campos com as informações solicitadas (você não precisa se identificar). Nesse canal, também é possível fazer denúncia de violência contra criança e de violência contra pessoa idosa. 

É possível também fazer a denúncia online na Polícia Civil, por meio de aparelho celular, no aplicativo MS DIGITAL, no ícone Segurança. O aplicativo está disponível nas nas lojas virtuais para versões IOS e Android, o MS Digital foi desenvolvido para reunir o máximo de serviços públicos, ocupando pouco espaço nos aparelhos celulares. 

SE PUDER COMPARECER À UMA DELEGACIA, você fará o registro do boletim de ocorrência, narrando os fatos para a autoridade policial e dando início à investigação criminal.

Em Campo Grande, em caso de violência contra meninas (menores de idade) ocorrida no período noturno ou finais de semana, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada na Casa da Mulher Brasileira, faz o atendimento e posterior encaminhamento para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA) . 

CASA DA MULHER BRASILEIRA


Casa da Mulher Brasileira instalada em Campo Grande completou 8 anos em 3 de fevereiro de 2023. Inauguarada em 2015, o local é a primeira Casa da Mulher Brasileira criada no país.

Em 8 anos de funcionamento, a instituição acolheu 108.248 mulheres e realizou 917.585 atendimentos, entre encaminhamentos e retornos. 

O local oferece acolhimento de mulheres e filhos, triagem, serviço de saúde, hospedagem temporária, apoio psicossocial, delegacia, juizado, Ministério Público, Defensoria Pública, promoção de autonomia econômica, atenção com os filhos da mulher como brinquedoteca, alojamento de passagem e central de transportes.

Órgãos do governo do Estado e prefeitura estão vinculados a Casa da Mulher Brasileira, como Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), Secretaria de Assistência Social (SAS), Centro de Referência da Saúde da Mulher (CEAM), Casa Abrigo, Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS), entre outros. 

De acordo com a subsecretária de políticas para as mulheres de Campo Grande, Carla Stephanini, para baixar índices de feminicídio, é preciso uma consciência social coletiva, de que não podemos conviver em sociedade com a violência doméstica.

"É importante dizer que, ainda assim, nós sabemos que há uma subnotificação da violência doméstica e familiar e da violência contra as mulheres. Os nossos números são expressivos, são superlativos, sim, mas assim como o nosso compromisso de manter o bom funcionamento da Casa da Mulher Brasileira. Dessa forma promovemos a dignidade das nossas mulheres", disse a subsecretária em 3 de fevereiro de 2023.

A Casa da Mulher Brasileira está localizada na rua Brasília, Jardim Imá, em Campo Grande, próxima ao Aeroporto Internacional da Capital. 

O local funciona 24 horas, inclusive em finais de semana e feriados. O telefone para contato é o (67) 2020-1300.

** Colaborou Alanis Netto

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Oportunidade

Semadesc abre processo seletivo com salário superior a R$ 8 mil

O processo de inscrição tem início nesta quarta-feira (22) e está oferecendo vagas para analistas, profissionais da engenharia e administração e áreas similares

22/01/2025 19h00

Imagem Divulgação

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A Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) abriu processo seletivo para compor o quadro vinculado ao Plano Estadual de Manejo e Conservação do Solo e Água (Prosolo), com salário de R$ 8,2 mil.

A pasta iniciou o processo em parceria com a Secretaria de Estado de Administração (SAD), com inscrições que começam nesta quarta-feira (22) e vão até o dia 5 de fevereiro.

As vagas foram distribuídas da seguinte forma:

Cargo Número de Vagas Carga Horária Remuneração Bruta Atribuições
Analista de Desenvolvimento Socioeconômico 9 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  
Engenharia Agronômica 2 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  
Engenharia Florestal 2 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  
Engenharia Civil / Engenharia Ambiental / Engenharia Sanitarista 2 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  
Administração / Economia 3 40 (quarenta) horas semanais R$ 8.285,40  

Onde se inscrever?

Interessados podem realizar a inscrição por meio do link (https://www.econcursoms.ms.gov.br/Index).

Quem pode participar?

Podem concorrer no processo seletivo simplificado profissionais que atendam aos requisitos indicados no edital, conforme a área de atuação escolhida. É importante que o candidato leia o edital para verificar se está apto a disputar uma vaga no processo.

Requisitos

  • Ter sido aprovado e classificado no Processo Seletivo Simplificado – SAD/SEMADESC/PROS, dentro do quantitativo de vagas oferecidas por função e ter disponibilidade para o exercício das atividades, conforme as necessidades da Administração Estadual, nos termos deste Edital e da legislação aplicável;
  • Possuir o nível de escolaridade exigido para a respectiva função, de acordo com a opção realizada no ato da inscrição no Processo Seletivo, conforme estabelecido no quadro do subitem 2.1 deste Edital;
  • Ser brasileiro nato ou naturalizado;
  • Estar quite com as obrigações militares (no caso de candidato do sexo masculino);
  • Estar quite com as obrigações eleitorais;
  • Possuir, na data da contratação, a idade mínima de 18 (dezoito) anos completos;
  • Estar em pleno gozo dos direitos civis e políticos;
  • Possuir plena aptidão física e mental para exercício da função;
  • Não exercer cargo, emprego ou função pública e não acumular proventos de aposentadoria na administração pública federal, estadual ou municipal e em qualquer dos poderes, salvo quanto ao disposto no art. 7º, §1º do, inciso II da Lei Estadual n. 4.135, de 15 de dezembro de 2011;
  • Comprovar conduta moral ilibada;
  • Apresentar os documentos exigidos e atender às demais condições de ingresso estabelecidas na legislação pertinente e em edital;
  • Não incidir em situação que constitua impedimento ao ingresso no serviço público estadual, nos termos do que estabelece o art. 27, §9º-A da Constituição Estadual;
  • Não incidir em situação que constitua impedimento nos termos do art. 10 da Lei Estadual n. 4.135, de 15 de dezembro de 2011.

Regime de Cotas

 

A pessoa com deficiência (PCD), candidatos negros ou indígenas têm o direito garantido de vagas, conforme o previsto no  Decreto nº 16.358, de 3 de janeiro de 2024, publicado no Diário Oficial Eletrônico nº 11.374, de 4 de janeiro de 2024.

Serão oferecidas da seguinte forma:

  • 5% das vagas para pessoas com deficiência;
  • 20% para negros;
  • 3% para indígenas.

Confira o Edital

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CAMPO GRANDE

Sem luz, Parque das Nações não abre ao público à noite há quatro dias

Desde o último domingo o parque tem encerrado as atividades mais cedo em Campo Grande

22/01/2025 18h32

Na área de skate, luzes até funcionam, mas piscando

Na área de skate, luzes até funcionam, mas piscando Foto: Lucas Caxito

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Pelo quarto dia consecutivo, o Parque das Nações Indígenas não abrirá ao público no período noturno, em Campo Grande, por falta de luz.

Em nota, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) informou que o problema na rede elétrica foi verificado no último domingo (19).

O coordenador do Parque, Wagner Pereira, disse que a equipe técnica está analisando toda a rede de energia para detectar o ponto em curto e fazer o reparo.

Enquanto o reparo não ocorre, as atividades, que normalmente são das 6h às 21h diariamente, estão sendo encerradas às 18h.

No domingo, o parque já fechou mais cedo, o que voltou a ocorrer nos demais dias, incluindo hoje (22), tendo em vista que não há iluminação para uso noturno do espaço.

Em imagens enviadas ao Correio do Estado, de gravação feita no domingo, é possível ver que boa parte do parque está no escuro, enquanto na área da pista de skate ainda havia luz, mas com os postes piscando.

Caso os reparos sejam feitos em tempo nessa quinta-feira (23), a abertura voltará a acontecer até às 21h.

Problemas na rede elétrica não são novidade no Parque das Nações Indígenas. Em 2023, em três diferentes ocasiões o local encerrou as atividades mais cedo por falta de energia.

Parque das Nações Indígenas

O Parque das Nações Indígenas está localizado na Região Urbana do Prosa, em Campo Grande.

A criação ocorreu em 1993, com a desapropriação pelo Governo do Estado de diversas chácaras e terrenos, localizados às margens dos córregos Prosa e Reveilleau, situados no perímetro urbano compreendido pelas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, e pelo córrego Sóter.

Por meio do Decreto Estadual no 7.354, de 17 de agosto de 1993, a área urbana passou a ser denominada Parque das Nações Indígenas.

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