Cidades

TECNOLOGIA

Hospital Cassems inaugura Centro de Cirurgia Robótica em Campo Grande

Primeira cirurgia com o robô foi realizada nesta terça-feira (1º); Tecnologia promete reduzir complicações e tempo de internação

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O Hospital Cassems de Campo Grande lançou, nesta segunda-feira (30), o Centro de Cirurgia Robótica. Nesta terça-feira (1º) foi realizada a primeira cirurgia com a tecnologia do sistema robótico como 'Da Vinci', sendo um procedimento urológico.

O robô chegou a unidade hospitalar na última quarta-feira (26) e é a primeira vez que a tecnologia é usada em procedimentos cirúrgicos no Mato Grosso do Sul.

O presidente da Cassems, Ricardo Ayache avaliou que o Centro de Cirurgia Robótica da Cassems é um avanço para a assistência à saúde oferecida em Mato Grosso do Sul. 

“É muito importante que a gente avance e traga ações inovadoras como essa, o que além de colocar o nosso hospital na vanguarda e como uma referência, dá para nós, sul-mato-grossense aquele sentimento de que somos capazes e estrutura adequadas para oferecer  aos nossos pacientes o melhor. Isso só faz aumentar a confiança nos serviços consolidados aqui no Estado”, disse Ayache. 

Procedimentos

Inicialmente, o Centro de Cirurgia Robótica do Hospital Cassems de Campo Grande realizará procedimentos nas especialidades de urologia, ginecologia e cirurgia geral. 

Na Urologia, o ‘da Vinci’ pode realizar prostatectomia, que é a retirada total ou de parte da próstata, ou nefrectomia, que é a retirada total ou parcial do rim.

Na ginecologia, podem ser feitas a histerectomia, que é a retirada do útero, miomectomia que é a retirada de miomas uterino ou um procedimento para tratamento de afecção inflamatória provocada por células do endométrio. 

Já na especialidade de cirurgia geral, a cirurgia robótica pode ser feita no reparo de hérnia ou fechamento da hérnia, na pancreatectomia, que é a retirada de porções do pâncreas, e na colecistectomia, retirada da vesícula.

Entre os benefícios para os pacientes estão o menor trauma cirúrgico, reduçãor do tempo de internação e as complicações intra e pós-operatórias são menores, devido ao procedimento ser minimamente invasivo.

Tecnologia

Participaram do lançamento do Centro de Cirurgia Robótica toda a equipe médica do Hospital Cassems de Campo Grande, representantes de sociedades e associações de diversas áreas médicas de Mato Grosso do Sul, conselheiros da Cassems.

Além do presidente do Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBRACIR), João Manzano, médico especialista em urologia e cirurgia robótica que conduziu uma palestra sobre a cirurgia robótica no Brasil, sendo um dos pioneiros do país a operar utilizando o sistema robótico.

“É uma alegria ver Mato Grosso do Sul entrar no grupo dos estados brasileiros que oferecem a cirurgia robótica.  Fico muito feliz em saber que o Hospital Cassems de Campo Grande é de extrema qualidade,que tem se desenvolvido e revolucionado a assistência à saúde em Mato Grosso do Sul", disse o cirurgião.

Ricardo Ayache reforçou que com o lançamento do ‘Centro de Cirurgia Robótica’ , o Hospital Cassems de Campo Grande se equipara aos grandes hospitais nacionais ou internacionais. 

“A régua subiu e isso impulsiona toda a movimentação que vemos acontecendo nas estruturas hospitalares do nosso estado. São ações como a inauguração do Centro de Cirurgia Robótica que colocam o Hospital Cassems de Campo Grande num patamar muito elevado e nos exigem uma qualidade muito maior no atendimento. Algo que já temos como pilar em nossa Gestão, e aplicamos desde quando mudamos a forma de fazer a hotelaria hospitalar aqui no estado para ser mais humanizada, iniciamos as cirurgias transmitidas por telemedicina e o primeiro serviço de transplante de medula óssea do Mato Grosso do Sul, a cirurgia cardíaca infantil”, salienta o presidente da Cassems.  

O Brasil já conta com diversos centros especializados, especialmente em grandes hospitais de São Paulo, Rio Grande do Sul e Brasília.

Atualmente, existem mais de 110 robôs que realizam procedimentos cirúrgicos no país. O número mais que dobrou nos últimos sete anos, quando em 2018, existiam 51 robôs em atividade. 

recorde

Rio Paraguai registra mínima histórica em ano mais seco no Pantanal

Nível do rio atingiu marca de 62 cm abaixo da cota de referência

13/10/2024 19h00

Foto: Ministério de Minas e Energia

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O Rio Paraguai chegou ao seu nível mais baixo já medido, segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), atingindo a marca de 62 centímetros abaixo da cota de referência.

A série de medições foi iniciada pela Marinha em 1900, no posto de Ladário, junto à cidade de Corumbá (MS), na fronteira com Porto Quijarro (Bolívia). A mínima anterior, registrada em 1964, foi de 61 centímetros abaixo da cota.

A cota padrão é de 5 metros (m) de profundidade média, segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), que já havia feito um alerta sobre o menor nível histórico do rio na última quarta-feira (9), a partir de medições próprias.

A estação serve como referência para a Marinha na análise das condições para navegação e definição de medidas de restrições.

O Rio Paraguai corre pelos estados de Mato Grosso, onde nasce, e Mato Grosso do Sul, de onde segue para o Paraguai e a Argentina. Suas nascentes são alimentadas por águas que vêm da Amazônia, como as do Rio Negro.

A região também passa por seca histórica. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA) a Região Hidrográfica Paraguai ocupa 4,3% do território brasileiro, abrangendo parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que inclui a maior parte do Pantanal mato-grossense, a maior área úmida contínua do planeta.

Para o SGB, a situação era esperada desde fevereiro, quando os pesquisadores alertaram sobre a possibilidade de se chegar a uma mínima histórica na região.

“Essa seca vem sendo observada em razão das chuvas abaixo do normal durante toda estação chuvosa, desde outubro de 2023. Por isso, temos alertado sobre esse processo que se desenhava na bacia”, explica o pesquisador Marcus Suassuna na nota da instituição.

Segundo o Imasul, a queda no nível do Paraguai tem implicações diretas para a economia e para o meio ambiente, afetando turismo e pesca, além do abastecimento de comunidades ribeirinhas. ˜Especialistas associam essa redução drástica à variabilidade climática e à escassez de chuvas na bacia hidrográfica. O Pantanal, um dos biomas mais frágeis e importantes do planeta, está particularmente vulnerável a essas mudanças, que afetam tanto a biodiversidade quanto as comunidades humanas", destaca o instituto em nota.

Recuperação lenta

De acordo com as projeções do SGB, a recuperação dos níveis na Bacia do Rio Paraguai será lenta. O nível em Ladário (MS) deve ficar abaixo da cota até a segunda quinzena de novembro.

“Observamos que o ritmo de descida do rio tem diminuído consideravelmente e estava estabilizado desde a última segunda-feira (7) em razão dessas primeiras chuvas da estação chuvosa. As precipitações devem continuar, mas não em ritmo muito forte que vá contribuir para subidas rápidas neste trecho e em toda a bacia”, analisa Suassuna na nota.

A década tem sido marcada por estações chuvosas insuficientes para a recuperação das reservas. Segundo o SGB, durante a estação chuvosa iniciada em outubro de 2023, foi registrado um déficit acumulado de 395 (milímetros) mm de chuvas.

O total estimado foi de 702 mm, enquanto a média esperada seria de 1.097 mm. Na década, considerando o acumulado de 2020 a 2024, o déficit foi de aproximadamente 1.020 mm, valor equivalente ao total de um ano hidrológico.

Ainda segundo o relatório do SGB, na última semana, a Bacia do Rio Paraguai registrou um volume de chuvas de 3 mm.

Os rios da região apresentam níveis abaixo do normal para este período do ano, com exceção do Rio Cuiabá, que apresenta nível dentro do esperado. A situação do Rio Cuiabá, porém, deve-se à regularização das vazões ocasionada pela operação da Usina Hidrelétrica de Manso.

Em Barra do Bugres e Porto Murtinho, o Rio Paraguai alcançou o nível mais baixo do histórico de toda a série de monitoramento das estações.

O estudo explica que as projeções utilizadas indicam acumulados de chuva de 27 mm nas próximas semanas, levando ao início da recuperação dos níveis em Cáceres, Ladário, Forte Coimbra e Porto Murtinho, além da estabilização em outros locais.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), considerando a estimativa para a Energia Natural Afluente (ENA), a Região Sul deve atingir com 86% da Média de Longo Termo (MLT).

A medida indica a capacidade dos sistemas hidrelétricos de geração. Para as demais regiões, os índices são os seguintes: Norte, com 49% da MLT; Sudeste/Centro-Oeste, com 45%; e Nordeste, com 34%. 

Riscos à navegação

A Marinha mantém uma série de alertas para o Rio Paraguai, boa parte indicando piora nas condições de navegação. Em um deles, afirma a necessidade de precaução de segurança.

"Em virtude do rígido regime de seca observado no Rio Paraguai e o consequente afloramento de bancos de areia e rochas, os navegantes devem redobrar a atenção, fazendo uso da carta náutica em vigor, atentando para o balizamento e mantendo uma velocidade segura."

Além disso, antes de iniciar a navegação, devem consultar o boletim diário de avisos-rádio náuticos disponível no site do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, a fim de verificar a diferença entre o nível do rio e o nível de referência da carta náutica (nr), eventuais alterações no balizamento e outros avisos para segurança do navegante.

A região tem trânsito constante de barcos desde ao menos o século 18, estabelecendo importante corredor de integração com os países vizinhos. Hoje é uma das seis hidrovias cuja licitação para concessão à iniciativa privada está estabelecida como prioridade pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), junto com as hidrovias Madeira, Tapajós, Tocantins, Lagoa Mirim e Barra Norte.

O projeto visa acelerar o transporte de cargas, especialmente de produção agrícola e mineral, para beneficiamento e exportação, o que deve favorecer o aumento da exploração desses itens na região, atividades que levam ao aumento do consumo de água.

PREVISÃO DO TEMPO

Semana começa com tempo estável, mas chuva promete dar as caras em MS

Apesar da segunda-feira (14) de sol em boa parte do Estado, quase todo o território sul-mato-grossense tem chuva prevista a partir da terça-feira (15)

13/10/2024 18h00

Campo Grande começa semana com 38 °C, mas já na quarta-feira (16), o campo-grandense pode reservar o guarda-chuva

Campo Grande começa semana com 38 °C, mas já na quarta-feira (16), o campo-grandense pode reservar o guarda-chuva Gerson Oliveira/ Correio do Estado

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Mesmo que o sol predomine a partir de amanhã (14) em Mato Grosso do Sul, a chuva deve voltar a dar as caras nesses meados de outubro em boa parte do território sul-mato-grossense, com a segunda metade do mês prevendo acumulados entre 30 - 100 mm.        

É o que aponta a tendência meteorológica prevista pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), indicando a probabilidade de chuva, que já deve aparecer nesse meio de semana. 

Campo Grande, por exemplo, inicia a semana com aumento na temperatura, que atinge máximas de 38 °C numa segunda e terça-feira (14 e 15) bastante encoberta de nuvens. 

Porém, já na quarta-feira (16), o campo-grandense pode reservar o guarda-chuva, pois, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (16) está previsto um dia bastante encoberto e com chuvisco, além da queda na temperatura a partir de quinta (17). 

Demais regiões

Pedro Gomes, que viu chuva desde o domingo (13), só terá a segunda-feira (14) de descanso das precipitações, quando os termômetros também sobem até a casa de 38 °C. 

Isso porque, a partir de terça-feira (15) o município ao norte de Mato Grosso do Sul, distante cerca de 305 km da Capital, deve registrar chuva até o início do próximo final de semana. 

No extremo oposto do mapa sul-mato-grossense, o município de Mundo Novo mantém o clima de muitas nuvens e observa um leve aumento na temperatura, até 33 °C na terça-feira (15), a partir de quando a chuva também promete dar as caras. 

Ao leste de Mato Grosso do Sul, Água Clara também vê os termômetros subirem a partir de amanhã (14) e só observa tendência de queda na temperatura a partir de quarta-feira (16). 

Na terça-feira (15), o município distante cerca de 192 km de Campo Grande vê fortes pancadas de chuva isolada, sendo que o clima mais encoberto e com chuvisco se mantém até quinta-feira (17). 

Por fim, a Cidade Branca, que fica no extremo-oeste de Mato Grosso do Sul, região do Pantanal, já amanhece a segunda-feira (14) encoberta e com chuviscos, porém, com termômetros que beiram a casa dos quarenta graus. 

Para a terça-feira (15) estão previstas pancadas de chuva isolada, que também se mantém até quinta-feira (17) e chegam justamente para abaixar a temperatura no município corumbaense. 

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