Cidades

MPE

Hospital pode ser processado por atrasar repasses à oncologia

A Promotoria estipulou prazo de 15 dias úteis para ser informada sobre a decisão

NILCE LEMOS

30/09/2015 - 14h14
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Os diretores do Hospital Evangélico de Dourados, distante 225 km de Campo Grande, poderão ser processados por atraso dos repasses de verbas do SUS (Sistema Único de Saúde) para o setor que faz tratamentos contra o câncer. A informação é do MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) em recomendação feita à unidade hospitalar.

Conforme o site 94 FM Dourados, o promotor de Justiça da cidade, Eteocles Brito Mendonça Dias Junior, titular da 10ª Promotoria, "fez uma recomendação à Direção do Hospital Evangélico Dr. e Sra. Goldsby King para que regularize, imediata e integralmente, os repasses em atraso ao Centro de Tratamento de Câncer do Hospital do Câncer” oriundos do SUS “ou da saúde suplementar”.

De acordo com a reportagem, na recomendação, a Promotoria estipulou prazo de 15 dias úteis para ser informada sobre o acolhimento ou não por parte da direção do HE. Se não adotar as medidas recomendadas, os diretores estarão sujeitos a medidas legais que devem ser movidas pelo MPE.

“Quanto à Direção do Hospital Evangélico Dr. e Sra. Goldsby King, recomenda que, além de efetuar a regularização dos repasses, abstenha-se de retardá-los, uma vez que a perpetuação no atraso pode configurar ato de improbidade administrativa”, destacou o promotor conforme a reportagem.

Ainda segundo o site, a falta de pagamentos acarreta em “atrasos no atendimento para risco cirúrgico, na realização de intervenções cirúrgicas, atraso ou adiamento de sessões de Radioterapia e Quimioterapia, procedimentos estes que seguem protocolos clínicos rígidos e cuja delonga coloca em risco as respostas terapêuticas e a sobrevida dos pacientes”.

Informações do site dão conta que, no dia 17 de abril deste ano, o Hospital do Câncer de Dourados suspendeu atendimentos. Sessões de quimioterapia chegaram a ser canceladas por causa da falta de medicamentos básicos. À ocasião os diretores da unidade alegaram que havia atraso de R$ 260 mil nos repasses do Hospital Evangélico.

Conforme apurado pela reportagem, também foram feitas recomendações para a direção do Centro de Tratamento de Câncer do Hospital do Câncer de Dourados. Segundo o MPE, a entidade devem empreender “todas as medidas administrativas urgentes e necessárias para o cadastramento direto perante os planos de saúde que façam cobertura de tratamento de Oncologia no Município para receber diretamente destes os repasses respectivos”.

O site explica que, isso se deve porque a única entidade cadastrada junto ao SUS com autorização para oferecer o tratamento oncológico em Dourados é o Hospital Evangélico, que recebe a verba federal e deve repassá-la ao centro contratado para prestar o serviço.

Conforme a reportagem, outra recomendação do MPE para o Centro de Tratamento de Câncer do Hospital do Câncer de Dourados é que promova, “em caráter de urgência, um estudo abrangente e detalhado da viabilidade de habilitação perante o Ministério da Saúde para a prestação de serviços de Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), e, com isso, receber os repasses diretamente do SUS, independente de intermediação de outra unidade hospitalar, evitando/minimizando atrasos comprometedores às respostas terapêuticas dos pacientes”.

Liberação

Governo brasileiro determina retirada de algemas de deportados dos EUA

Polícia Federal confirmou que os 88 brasileiros que estavam a bordo da aeronave norte-americana com outros deportados

25/01/2025 21h00

Foto: Casa Branca / Divulgação

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a retirada de algemas de brasileiros que foram deportados dos Estados Unidos e que estavam a bordo de uma aeronave norte-americana que pousou em Manaus na noite desta sexta-feira (24).

“Na manhã deste sábado (25), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, informou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre uma tentativa de autoridades dos Estados Unidos de manter cidadãos brasileiros algemados durante o voo de deportação para o Brasil”, informou o Ministério da Justiça.

Em nota, acrescentou que o ministério tomou conhecimento da situação dos brasileiros pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues. O voo, que tinha como destino o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, precisou fazer um pouso de emergência em Manaus devido a problemas técnicos.

Algemas retiradas
“Por orientação de Lewandowski, a Polícia Federal recepcionou os brasileiros e determinou a autoridades e representantes do governo norte-americano a imediata retirada das algemas”, reforçou o comunicado. “O ministro destacou ao presidente o flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”, acrescenta a nota.

Enfatiza que, ao tomar conhecimento da situação, Lula determinou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse mobilizada para transportar os brasileiros até o destino final, “de modo a garantir que possam completar a viagem com dignidade e segurança.”

“O Ministério da Justiça e Segurança Pública enfatiza que a dignidade da pessoa humana é um princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, configurando valores inegociáveis”, concluiu a pasta no comunicado.

Também em nota, a Polícia Federal confirmou que os 88 brasileiros que estavam a bordo da aeronave norte-americana com outros deportados dos Estados Unidos chegaram a Manaus algemados.

“Os brasileiros que chegaram algemados foram recebidos e imediatamente liberados das algemas pela Polícia Federal, na garantia da soberania brasileira em território nacional e dos protocolos de segurança em nosso país. A Polícia Federal proibiu que os brasileiros fossem novamente detidos pelas autoridades americanas.”

“Os passageiros foram acolhidos e acomodados na área restrita do aeroporto. No local, receberam bebida, comida, colchões e foram disponibilizados banheiros com chuveiros”, detalha a nota.

Por determinação da Presidência da República, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) transportará os brasileiros para o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, na tarde deste sábado.

Os brasileiros serão acompanhados e protegidos pelos militares da FAB e policiais federais brasileiros.

FAB
A FAB informou que uma aeronave KC-30 foi destacada, após solicitação do governo federal, para prestar apoio aéreo a passageiros deportados oriundos dos Estados Unidos que aguardam o término do traslado em Manaus.

A aeronave, segundo a FAB, decolou da Base Aérea de Brasília às 13h, com pouso previsto para 14h30 no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. “O tempo de solo em Manaus dependerá de trâmites diversos a serem realizados pelos órgãos competentes”.

De acordo com o comunicado, a FAB vai disponibilizar profissionais de saúde para realizar o acompanhamento dos passageiros deportados – durante o trajeto até o destino final, o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte.

Entenda
As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais tiveram início poucos dias após o início do mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Na noite da última quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas foram deportadas em operação anunciada pela Casa Branca.

“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz Karoline Leavitt, acrescentando que centenas foram deportados em aviões do Exército norte-americano. “A maior operação de deportação em massa da história está em curso”, disse.

Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, cenário classificado por ele como “emergência nacional”. Logo em seu primeiro dia na Presidência dos EUA, o republicano assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigranteS nos Estados Unidos.

*Com informações da RTP.

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Cidades

AGU prorroga consulta pública sobre moderação em plataformas digitais

Contribuições podem ser enviadas até a próxima segunda-feira (27)

25/01/2025 20h00

Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

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A Advocacia-Geral da União (AGU) prorrogou até as 18h da próxima segunda-feira (27) o prazo para envio de contribuições na consulta pública sobre moderação de conteúdo de plataformas digitais no Brasil.

Em nota, a entidade informou que a ampliação do prazo, previsto para acabar nesta sexta-feira (24), atende a um pedido de organizações da sociedade civil e de especialistas no tema. As contribuições devem ser enviados pela plataforma Participa + Brasil.

“A consulta pública se destina a receber subsídios da sociedade civil, comunidade acadêmica, plataformas digitais e agências de checagem, além de instituições públicas e privadas”, destacou a AGU.

Até sexta-feira, o órgão já havia recebido 46 contribuições. Além da consulta pública, a AGU realizou audiência pública sobre o tema na última quarta-feira (22), com a participação de 34 especialistas e representantes da sociedade civil.

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