Os vídeos que viralizaram nas redes sociais nasceram durante o teste do que esse tipo de tecnologia era capaz de fazer
Monumentos ganharam movimento por meio da inteligência artificial e caíram no gosto da população, viralizando imediatamente em várias redes sociais.
A criação foi feita pelo empresário Múcio Marinho, que trabalha com comércio eletrônico e está sempre procurando novidades para atrair a atenção dos clientes nas redes sociais.
O empresário relatou para o Correio do Estado que sempre gostou de tecnologia e teve contato com computadores no início dos anos 80.
Com isso, não deixou de acompanhar as inovações tecnológicas. Inclusive, a sua monografia em Administração, nos anos 90, foi sobre “E-commerce e a previsão das EADs”, que ainda não existiam a época. No entanto, não agradou os avaliadores que compuseram a banca.
“Os professores da banca não gostaram porque acreditavam que a internet era só uma moda passageira, sem muitas possibilidades de impacto. Só aprovaram porque, como também não entendiam o assunto, não se sentiram confiantes para reprovar o trabalho apresentado”, destacou Múcio.
O empresário afirmou que a internet foi a primeira disrupção tecnológica que vivenciou, moldando como trabalhamos, nos relacionamos, compramos e nos entretemos.
“Após ela, vieram os smartphones, que também transformaram a vida das pessoas. Hoje temos toda a nossa vida nesse aparelho, com o qual fazemos praticamente tudo com o toque dos dedos. A Inteligência Artificial (IA) é a nova disrupção — talvez a maior de todas as que já ocorreram até aqui. Estamos apenas no início da sua evolução. Ela ainda é um embrião”, disse Múcio, e completou:
“Por isso, há anos venho compartilhando com familiares e amigos conteúdos relacionados à IA. Muitos já interagiram com ela de alguma forma. Quem nunca recebeu ou compartilhou uma foto com aparência envelhecida, ou rejuvenescida, o rosto transformado em desenho ou em um personagem de filme no TikTok, ou Snapchat? Tudo isso faz parte desse ‘embriãozinho’ da IA. Essas brincadeiras com IA impressionaram no início, mas, como se tornaram comuns, já não causam mais o mesmo impacto de antes. Isso mostra que os efeitos da IA, por si só, não são novidade e já não despertam tantas surpresas".
Reprodução redes sociais Manoel de Barros
Testando os recursos da IA, Múcio conseguiu fazer o poeta Manoel de Barros, cuja estátua está disposta no canteiro central da Avenida Afonso Pena, com a Rui Barbosa, levantar e interagir com um passarinho.
Com isso, deu outra perspectiva à criação do artista plástico Ique Woitschach, idealizador da estátua de Manoel de Barros, toda feita em bronze, com peso aproximado de 400 quilos.
A estátua foi instalada em dezembro de 2017, em homenagem ao poeta sul-mato-grossense.
Reprodução redes sociais Estátua da Justiça
Já a estátua da Justiça, criação de Cleir Ávila, imponente e instalada em frente ao Fórum, na Rua da Paz, com o uso da tecnologia, caminha em direção à câmera sorrindo, enquanto a balança da Justiça — que representa equidade — se move em suas mãos.
Outra obra de Cleir que encantou foi a Jaguatirica, inaugurada em dezembro de 2022. Pesando 1 tonelada, em movimento ganhou graciosidade e o típico caminhar dos felinos.
Reprodução redes sociais Cavaleiros Guaicurus
O monumento em homenagem aos cavaleiros guaicurus, conhecido como Cavaleiro Guaicuru, que fica no Parque das Nações Indígenas, não ficou de fora. Ele, que sempre é visto como se estivesse saltando, coloca as patas dianteiras no chão e avança, como se fosse cruzar o lago.
A estátua, obra do artista Anor Pereira, tem aproximadamente 4 metros de altura, 7 metros de comprimento e peso estimado em 900 quilos. Foi toda construída em armação de ferro, com uma mistura de resina e pó de mármore.
Reprodução redes sociais Monumento do Sobá
Está pensando que acabou? Não antes de “passearmos” pelo Monumento ao Sobá, no qual uma mão pega o macarrão com hashi.
Inaugurado em 2017, mais uma obra de Cleir Ávila, está localizado na Rua 14 de Julho e é uma homenagem à contribuição da comunidade okinawana à gastronomia sul-mato-grossense.
O sobá foi reconhecido como patrimônio imaterial e cultural de Campo Grande.
Portanto, não pode ficar de fora o Monumento da Imigração Japonesa, localizado na Praça do Rádio Clube, de autoria do artista Choji Oykawa, inaugurado em 26 de agosto de 1979. A imagem retrata uma típica casa japonesa e foi feita em comemoração aos 70 anos da migração japonesa à Cidade Morena.
Reprodução redes sociais Praça das Araras
E mais um feito por Cleir: o Monumento da Praça das Araras, que fica na praça de mesmo nome, no qual a inteligência artificial fez com que as aves, que simbolizam a fauna local, abrissem as asas.
Múcio animou também o Monumento da Praça Pantaneira, o Monumento dos Desbravadores na Praça Nely Martins e a Maria Fumaça, que fica na Orla Ferroviária, entre outros.
Inspirado em Van Gogh deixou o céu de Campo Grande como a pintura do artista holandês "Céu Estrelado".
Veja o video
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