Alvo de disputa judicial entre a prefeitura e o proprietário, o vereador Paulo Pedra (PDT), uma casa localizada na esquina das ruas Antônio Maria Coelho e 13 de Maio tornou-se abrigo de marginais, embora em 2008 tenha sido tombada para o pat r i môn io h i stór ico. O imóvel está abandonado, com o portão aberto e, de acordo com vizinhos, frequentado diariamente por desocupados e viciados em droga. “Eu estou quase construindo uma porta de tijolo nesta casa para impedir que as pessoas entrem ali. Colocamos até cerca elétrica no nosso estabelecimento (uma casa noturna, exatamente ao lado da casa tombada) para impedir que essa gente entre aqui”, diz o proprietário do imóvel vizinho, Juvenal Leite. O ut r o s d oi s i móve i s – listados como “tombáveis” – também estão abandonados: o prédio onde funcionou o Hotel Americano, na esquina das ruas 14 de Julho e Cândido Mariano e outro, no cruzamento da 14 com a Avenida Afonso Pena. O único benefício que a prefeitura oferece para os proprietários de bens tombados para o patrimôn io histórico é a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O benefício não é concedido para quem é dono de qualquer um dos imóveis classificados como de interesse cultural para a cidade. Caso, por exemplo, do Hotel Gaspar, um prédio de 53 anos, projetado pelo engen heiro Joaquim Teodoro de Farias, assim como outras duas edificações que fazem parte da história da cidade, o Edifício Nakao (na esquina das ruas 14 de Julho e Dom Aquino) e o Colégio Auxiliadora, na Rua Pedro Celestino.