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MS teria 'imunidade de rebanho' com 489 mil infectados

Pesquisadores alertam que resultados não eliminam isolamento social

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Pesquisa feita com base em modelos matemáticos e dados reais da Covid-19 em países europeus sugere que a imunidade de rebanho da doença poderia ser alcançada quando uma parcela entre 10% e 20% da população for infectada. 

Isso quer dizer que em Mato Grosso do Sul são necessários 489.800 mil cidadãos positivos para que a proteção coletiva seja alcançada. Em Campo Grande seriam 179 mil. 

Esse cenário implica em um controle maior da contaminação pelo novo coronavírus, de modo que quando essa faixa for alcançada, a quantidade de casos novos tenderia a cair diariamente, mesmo com o comércio aberto e as medidas de isolamento reduzidas (gradativamente), por exemplo.

Os cientistas responsáveis pelo artigo, que ainda não foi revisado pelos pares, alertam que a projeção não anula ou contradiz a necessidade do isolamento social. Além disso, não adianta se expor voluntariamente à Covid-19 para acelerar o processo.

Isso porque o cálculo leva em conta que cada um já está lidando com a presença da doença de uma maneira diferente. Alguns se isolaram, outros saem de casa com pouca frequência e há quem circule diariamente pela impossibilidade de trabalhar em home office. Com isso, nem todos infectados contaminariam uma mesma quantidade de pessoas. 

Além disso, existem questões biológicas, como genética, nutrição e imunidade. 

Reduzir a quantidade de pessoas nas ruas ainda é necessário especialmente para evitar que haja muita gente doente precisando de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ao mesmo tempo.

A pesquisa ajudaria o poder público a enfrentar melhor o cenário e decidir quais os melhores momentos de afrouxarem a quarentena e como fazerem isso. 

ESTUDO DE CASO

O modelo matemático tem colaboração de cientistas do Brasil, Portugal e Reino Unido. Quanto maior o grau de heterogeneidade da população, mais baixo é o limite para a imunidade de rebanho.

A pesquisa foi conduzida com base em dados da Bélgica, Inglaterra, Espanha e Portugal. Em breve serão estudados os números do Brasil e Estados Unidos. Embora cada uma dessas nações tenha coeficientes de contágio diferentes, a proteção coletiva foi alcançada com 10% a 20% de contaminação.

Um alerta: caso as medidas de isolamento sejam afrouxadas antes dessa imunidade de rebanho, é possível que os números voltem a subir. O mesmo pode acontecer se a quarentena acabar do dia para a noite. O ideal é que a reabertura do comércio, volta às aulas e demais retomadas sejam feitas escalonadamente.

EXEMPLOS CONCRETOS

Na região norte de Portugal, por exemplo, o coronavírus chegou primeiro. Hoje, o comércio está reaberto, a vida começa a voltar à normalidade e a quantidade de casos está em queda. Já no sul, a tendência é de altas seguidas.

E não é preciso cruzar o oceano para enxergar exemplos que reforcem essa estatística. Em Manaus, o pico da curva epidêmica foi alcançado em maio. Atualmente as escolas e comércio estão reabrindo aos poucos, enquanto o gráfico está descendente.

Na região sul, por outro lado, o isolamento começou a recuar com baixo porcentual de infecção. Agora, as atividades estão sendo retomadas e a quantidade de casos está crescendo.

NÚMEROS

Mato Grosso do Sul registrou nesta segunda-feira total de 21.802 casos confirmados da Covid. Campo Grande soma 8.579, dos quais 152 entraram na lista hoje.

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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