Cidades

SITUAÇÃO CRÍTICA

Incêndio avança no Pantanal
e combate é reforçado

Sem previsão de chuvas para a região, situação é considerada crítica

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Incêndio que atinge o Pantanal sul-mato-grossense há dez dias se alastrou por uma área de aproximadamente 130 mil hectares e a situação é considerada crítica, devido a falta de chuvas, alta temperatura, baixa umidade e vegetação seca. Conforme o Governo do Estado, há 2.228 focos de incêndio na região e as condições climáticas não são favoráveis à redução dos focos de calor e, por este motivo, as ações de combate foram reavaliadas, com remanejamento do grupamento e aeronaves que estão combatendo o fogo em quatro municípios.

“A situação é extremamente preocupante, novos focos surgiram de domingo para cá, e decidimos intensificar os combates por terra e ar, de forma coordenada, onde contamos com o apoio do Exército na parte logística”, informou o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.

O fogo avançou para a regiões importantes do Pantanal: Forte Coimbra, entre Corumbá e Porto Murtinho, e para o Parque Estadual do Rio Negro, considerado berço dos peixes, e para uma parte da Serra do Amolar. Vários animais mortos estão sendo encontrados durante os trabalhos.

Além disso, focos atingiram o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, na bacia do Rio Paraná.Por conta do avanço das chamas, equipes do Corpo de Bombeiros e do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) se mobilizam para uma ação preventiva no Parque.

Novo planejamento para ações de combate foram discutidos em reunião nesta segunda-feira (4), entre a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, o secretário Jaime Verruck, comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Joílson Alves do Amaral, representantes do Imasul, Cedec, Ibama, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar Ambiental (PMA).

“Fizemos um planejamento para a semana com base nas previsões meteorológicas, sabendo que será uma semana crítica com o ponto de vista dos combates devido à ausência de chuvas e altas temperaturas”, disse o secretário.

Ainda conforme Verruck, o período é de uma das maiores estiagens do Estado e exige atenção redobrada no monitoramento e combate dos focos de calor, para que não ocorra mais prejuízos da biodiversidade e na economia ou perda de vidas.

Além do incêndio, o Rio Paraguai também apresenta um dos menores níveis dos últimos 20 anos, com 1,20 metro, segundo medição na régua de Ladário. No mesmo período do ano passado, rio apresentava nível de 2,60 metros.

MEGAOPERAÇÃO

Força-tarefa de combate aos incêndios conta hoje com 120 homens – 70 do Prevfogo do Ibama e 50 bombeiros -, além de três aviões Air Tractor, Sendo dois do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e um do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, e três helicópteros da Polícia Militar, do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal reforça a operação com 35 homens, dos quais oito já estão na área de combate, e os demais se integram nesta terça-feira.

Para lidar com as queimadas, o governo montou uma sala de situação, para integrar o trabalho do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Imasul, da Defesa Civil e da Polícia Militar Ambiental (PMA), do Ibama e do ICMBio.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Joílson Amaral, disse que o novo planejamento vai permitir um combate mais sincronizado entre brigadistas e aeronaves e uma ação mais rápida em áreas de difícil acesso e que os quartéis situados em área crítica estão de prontidão para o caso de necessidade de envio de mais bombeiros aos pontos de calor. 

Meteorologista Franciane Rodrigues, do Centro de Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), afirmou que não há previsão de chuvas na região do Pantanal para esta semana e que as temperaturas seguem elevadas. 

 

 

Cidades

Conselho de Educação edita diretrizes sobre celular em sala de aula

Medida visa promover a saúde mental dos estudantes

24/03/2025 20h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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O Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou hoje (24) resolução com as diretrizes operacionais nacionais sobre o uso de celulares e outros dispositivos digitais em salas de aula.Criança brincando com o celular Criança brincando com o celular

A medida orienta que escolas e redes de ensino devem organizar capacitações e iniciativas para um ambiente acolhedor e preventivo, identificando sinais de sofrimento emocional e busque promover a saúde mental dos estudantes.

Está autorizado o uso desses aparelhos por parte dos estudantes do ensino fundamental e médio para fins pedagógicos, sempre com mediação dos profissionais de educação. Mas é vedado o uso para outros fins, inclusive nos intervalos e fora das salas de aula. A decisão prevê exceções para estudantes que necessitem de recursos de acessibilidade.

A recomendação é para que sejam respeitadas as competências e habilidades dos estudantes, com progressão gradual de acordo com o desenvolvimento da autonomia.

Cada escola poderá estabelecer os critérios de permissão sobre o porte dos aparelhos, assim como a forma pela qual eles serão guardados durante o período de aulas.

Uso de telas

No caso da educação infantil, o uso de telas e dispositivos digitais não é recomendado, sendo visto como algo razoável apenas em caráter excepcional, com mediação de um professor.

Neste mês, o governo federal lançou a publicação Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais, com o objetivo de construir um ambiente digital mais seguro, equilibrado e saudável.

O novo guia pode ser acessado aqui.

Segundo o CNE, órgão de participação social do Ministério da Educação (MEC), a Resolução CNE/CEB nº 2/2025 inclui ações daEstratégia Nacional Escolas Conectadas(Enec) para “garantir a educação e a cidadania digital nas escolas, promovendo o uso intencional e estratégico da tecnologia para potencializar o ensino e a aprendizagem”. E tem como eixo central a proteção da saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes.

Outras orientações

A resolução do CNE orienta que escolas e redes de ensino devem organizar capacitações e iniciativas para um ambiente acolhedor e preventivo, identificando sinais de sofrimento emocional e buscando promover a saúde mental dos estudantes.

Existe também a preocupação com a formação continuada dos professores, funcionários e profissionais da educação voltados para a implementação digital e o uso pedagógico dos aparelhos.

Campo Grande

Manifestantes deixam sede do Incra após alinharem encontro com Lula

Integrantes do Movimento Popular de Luta "desmontaram acampamento" por promessa de reunião com o presidente da República

24/03/2025 18h15

Crédito: Marcelo Victor

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Manifestantes do Movimento Popular de Luta (MPL), que ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), deixaram o local depois de alinharem uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O protesto ocorreu em trechos rodoviários de Mato Grosso do Sul durante a manhã desta segunda-feira (24). Em Campo Grande, manifestantes seguiram pela Rui Barbosa em uma caminhada até a sede do Incra, o que causou lentidão no trânsito.

Uma das reivindicações é que o Governo Federal realize o assentamento. Conforme adiantou o Correio do Estado, as famílias do movimento estão "cansadas de tantas promessas".

Durante a tarde, as lideranças se reuniram com o superintendente do Incra, Paulo Roberto, a diretora de Desenvolvimento do Incra, Rose Rodrigues e a deputada federal Camila Jara (PT-MS).

A deputada garantiu que o governo Lula está empenhado em ouvir as demandas dos movimentos sociais e entende que a reforma agrária é essencial para que o país enfrente a “crise de alimentos”.

No encontro, foram discutidas alternativas para garantir o direito à terra e fomentar a produção de alimentos.

“Fomos até o Incra para acolher todas as demandas, aperfeiçoar nosso trabalho e, mais do que isso, levar todas as informações para a Presidência da República. Em conjunto com a bancada federal, estamos destinando mais emendas para o Incra, para que possamos avançar na regularização fundiária, pois sabemos o quanto isso é importante para Mato Grosso do Sul. Vamos trabalhar junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário para trazer mais recursos para o Incra daqui”, disse Camila Jara e completou:

“O presidente Lula está empenhado em ouvir os movimentos sociais e em atuar junto a eles, porque sabe que a agricultura familiar e a reforma agrária serão fundamentais para enfrentar a crise dos alimentos”.

Além disso, a deputada pontuou que conversou com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, que informou que uma agenda será organizada com os movimentos sociais de luta pela terra.

A estimativa é que, no dia 10 de abril, conforme informou o ministro, seja confirmada a data da reunião com os representantes dos movimentos em Brasília (DF). Posteriormente, ocorrerá uma audiência com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Reflexos

As manifestações que reivindicam reforma agrária se intensificaram nas rodovias de Mato Grosso do Sul. Sob a justificativa de uma agenda junto ao presidente Lula, os manifestantes mantêm os bloqueios no km 171 e km 117 da BR-163, respectivamente entre Iguatemi e Mundo Novo, e Naviraí, trecho totalmente interditado. 

Em contrapartida,  a Polícia Rodoviária Federal (PRF) destacou que o km 224 da BR-267, antes interditado, segue com trânsito livre no início desta tarde. 

Com o alinhamento da reunião em Brasília (DF), as rodovias foram liberadas gradualmente. 

MPL


O Movimento Popular de Luta foi inaugurado em 2017, sendo que em junho de 2023 cerca de 400 famílias já se acomodavam à beira da BR-262, no anel viário de Campo Grande, classificado pelos internos como uma "insatisfação dos vários movimentos existentes", surgindo com o papel de denunciar e reivindicar terras improdutivas. 

Aproximadamente seis anos após sua fundação, o MPL já contava com cerca de oito acampamentos e em torno de duas mil famílias acampadas à época, com o acampamento de Campo Grande dividido em seis grupos com coordenadores e sistema de organização próprio, como acompanhado pelo Correio do Estado. 

"Sabemos que o capitalista diz não ser preciso ter reforma agrária, seu projeto traz misericórdia milhões de sem terra jogados na estrada, com medo de ir para cidade enfrentar favela, fome e desemprego sair dessa situação e segurar na de outro companheiro", cita hoje o Movimento em publicação nas redes sociais.

** Colaborou Leo Ribeiro e Alison Silva

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