Cidades

BOM JUDICIÁRIO

Inspeção da corregedoria termina com elogios para o Tribunal de Justiça

Exame começou na segunda-feira com presença de ministro

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Após cinco dias de duração, a inspeção da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), terminou nesta sexta-feira (25) com resultados positivos e boas impressões. Desde segunda (21) o juiz federal Márcio Luiz Coelho de Freitas, do Tribunal Federal da 1ª Região, coordenador delegado pelo Corregedor Nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, fazia o exame no local. 

O juiz destacou que o TJMS encantou toda a equipe e as instalações são extremamente adequadas e organizadas.“Para nós, que estamos rodando o Brasil todo, fazendo diversas inspeções, é sempre uma satisfação e uma alegria encontrar um Tribunal bem instalado, organizado, que está buscando a superação e está trabalhando para melhorar diuturnamente”, afirmou.

Os dados reunidos, inicialmente de forma remota e que foram conferidos e verificados in loco, agora formam um relatório que será entregue ao Corregedor Nacional de Justiça. Dentro de 30 dias o relatório deverá estar concluído e nele podem constar recomendações e determinações. Tudo isso com a finalidade de melhorar ainda mais o serviço prestado pelos Tribunais.

O presidente do Tribunal de Justiça, Des. Paschoal Carmello Leandro, agradeceu as palavras da equipe e lembrou da complexidade que é a máquina do Poder Judiciário. Destacou as dificuldades, principalmente financeiras. “Queremos sempre melhorar a prestação jurisdicional e buscamos isso de todas as formas”, disse o presidente,que também ressaltou a preocupação com a justiça de primeiro grau e com a necessidade de melhor alocar a força de trabalho, direcionando os servidores para as áreas de maior contingenciamento.

O juiz lembrou da dificuldade que o país atravessa e reafirmou a postura colaborativa e aberta que encontrou no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. “Muito mais do que refletir a boa-fé institucional, essa postura reflete uma genuína intenção de buscar melhorias. Se juntarmos isso com a intenção da Corregedoria, de atuarmos juntos, tenho certeza de que podemos caminhar para construir soluções capazes de superar qualquer desafio que se apresente”, afirmou o juiz.

A inspeção foi finalizada com uma reunião com a administração do TJMS, onde o vice-presidente do TJ, Des. Carlos Eduardo Contar, aproveitou para transmitir aos colegas as palavras do juiz auxiliar da Corregedoria Nacional, Jorsenildo Dourado do Nascimento, do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, que atuou junto à Vice-Presidência. Segundo Contar, o juiz afirmou que entre tudo aquilo que ele já viu pelo país, tinha como modelo o setor de precatórios do Estado de Sergipe, mas ficou surpreso com o trabalho da Vice do TJMS. Para ele, “MS está muito superior ao Estado de Sergipe e orientou que nos preparássemos para receber visitas de todos os estados para conhecer o nosso sistema de precatórios, o Sapre, e ele já transmitiu essa impressão ao Ministro Humberto Martins”, disse o vice-presidente do Tribunal.

O Des. Sérgio, inclusive, entregou ao Ministro Humberto, no primeiro dia de inspeção, um relatório contendo o resumo das atividades e o cronograma de trabalho estabelecido até o final do biênio, com 12 metas a serem implementadas.

INSPEÇÃO

Desde segunda-feira, a equipe da Corregedoria Nacional de Justiça verificou os setores administrativo e judicial do Tribunal de Justiça, além das serventias extrajudiciais, levantando dados e procedimentos relacionados ao funcionamento dos serviços. O objetivo da Corregedoria é zelar pelo aprimoramento de toda atividade judiciária, fiscalizando as diversas unidades do Poder Judiciário e os serviços por ele fiscalizados.

Na abertura dos trabalhos, o Ministro Humberto Martins já havia dito que não cabe a ele comparar tribunais, mas sim verificar números. “Todos os Tribunais para mim são bons, desde que cumpram a lei e a Constituição Federal. Cumpriu isso, é bom”, acrescentando que estavam aqui para fazer essa análise. “É uma radiografia. Viemos saber como funciona o atendimento ao público, como funciona no extrajudicial, na área de julgamento dos processos, viemos olhar como está o direito de preferência, como estão as questões de urgência. Isso é uma radiografia, isso é o que se faz em todos os Tribunais”, concluiu o Ministro.

Na segunda-feira à tarde, o ministro se dedicou a ouvir as demandas da população. Os atendimentos foram feitos por ordem de chegada e começaram às 14h30, se estendendo até às 17 horas. Na ocasião 38 demandas foram apresentadas, em atendimentos individualizados e Martins tratou o momento como uma oportunidade para o cidadão ter acesso e oferecer reclamações, solicitar informações ou sugerir melhorias para o serviço jurisdicional diretamente ao Corregedor Nacional. O mesmo serviço teve continuidade na quinta-feira (24), quando outras 26 demandas foram recebidas pelo juiz federal Márcio Luiz Coelho de Freitas.

A inspeção de 2019 foi instaurada por meio da Portaria nº 30, da Corregedoria Nacional de Justiça, publicada no Diário da Justiça de 6 de setembro de 2019. Pelo calendário do Ministro, divulgado logo que assumiu a função de Corregedor, até o final de junho de 2020, todos os tribunais brasileiros serão inspecionados pela Corregedoria Nacional. Em 2018, na edição anterior, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul também foi amplamente elogiado pelo seu desempenho e trabalho.

 

JUSTIÇA

Mutirão leva assistência social para população vulnerável no Parque Ayrton Senna

Ação garante acesso à população em situação de rua em serviços de cidadania, justiça, saúde e assistência

22/03/2025 13h30

Cerca de mil pessoas passaram por mais de 20 serviços na 1ª edição do Pop Rua Jud Pantanal realizada em 2023

Cerca de mil pessoas passaram por mais de 20 serviços na 1ª edição do Pop Rua Jud Pantanal realizada em 2023 Foto: Divulgação / Prefeitura de Campo Grande

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Campo Grande recebe pela segunda vez o multirão “Pop Rua Jud Pantanal" que leva para pessoas em situação de rua e população vulnerável, serviços de cidadania, justiça, saúde e assistência social.

A ação será realizada no Parque Ayrton Senna, de 25 a 27 de março, das 8h às 16h, os serviços são promovidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) e a Subseção Judiciária de Mato Grosso do Sul (SJMS).

Durante a força-tarefa, magistrados, defensores públicos, estagiários, peritos judiciais, promotores, procuradores da República e servidores públicos atuarão em parceria. 

Haverá emissão e regularização de documentos (certidão de nascimento, casamento e óbito, RG, título de eleitor, CPF, certificado de reservista, dispensa e alistamento militar); cadastro e atualização em programas sociais (CadÚnico); requerimento de benefícios previdenciários e assistenciais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); consulta e liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), PIS/PASEP e seguro-desemprego; plantão de dúvidas da Caixa Econômica Federal (Caixa) e oportunidade de emprego.

Também estarão disponíveis orientações a imigrantes, público LGBTQIA+ e egressos do sistema penitenciário.

Os participantes também terão acesso a informações sobre livramento condicional, defesa em processos criminais, direito de família, assistencial e à saúde, direitos humanos e violência contra mulher. 

Além disso, ocorrerá reconhecimento de união estável, de dissolução e conversão em casamento; reconhecimento espontâneo de paternidade; guarda e modificação de guarda; pensão alimentícia e exoneração de alimentos; divórcio e conversão de separação judicial em divórcio; teste de DNA. 

Na área de saúde e assistência social, as pessoas poderão contar com testagem rápida de HIV, sífilis, hepatites B e C, Covid-19; vacinação contra Covid-19; aferição de pressão arterial; orientação para diabetes, tuberculose, uso de álcool e drogas; saúde bucal; cortes de cabelo; refeições e varal solidário. 

2ª Edição

A capital recebe o mutirão pela segunda vez. O primeiro Pop Rua Jud Pantanal foi realizado em 2023. Na ocasião, cerca de mil pessoas passaram por mais de 20 serviços. 
 
Em três dias de mutirão, as entidades participantes ultrapassaram a marca de 3 mil atendimentos. Na Justiça Federal, foram 65 audiências, com 43 acordos e três concessões de benefícios assistenciais e previdenciários.

DEMORA

Após consumir milhões, trecho de avenida "volta a ser fazenda"

Cerca de arame farpado impede acesso à parte final da Avenida Alto da Serra, na região das Moreninhas, asfaltada há cerca de um ano

22/03/2025 12h30

Além da cerca de arame farpado improvisada no local, o Governo do Estado instalou placa informando que é proibido usar a via

Além da cerca de arame farpado improvisada no local, o Governo do Estado instalou placa informando que é proibido usar a via

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Depois de consumir boa parte dos R$ 53,24 milhões investidos pelo Governo do Estado na avenida que tem como objetivo principal a abertura de um novo acesso da região central de Campo Grande às Moreninhas, a parte final da asfaltada Avenida Alto da Serra “voltou a ser fazenda”, na região sul da Capital. 

Além das fezes e da terra deixados pelos bovinos no meio do asfalto feito há quase um ano, uma cerca e um precário portão de arame farpado, daqueles que ficam presos no pé e no alto com uma argola de arame liso, impedindo o acesso são as evidências de que os cerca de 400 metros finais da avenida voltaram a ser fazenda, como eram antes da obra. 

Além dos tradicionais postes de madeira, instalados somente no canteiro central da avenida, a cerca que impede o acesso ao trecho final da via é composta por uma série de manilhas de concreto, às quais foi amarrado o arame farpado. 

Além disso, o Governo do Estado, responsável pela obra iniciada em final de 2022 e prevista para ser concluída em julho de 2024,  instalou uma placa informando que o acesso é proibido.

Moradores da região informaram que o local havia se transformado em palco de descarte de lixo e de manobras radicais de motociclistas. Por conta disso, acreditam, o acesso foi vetado. 

A evenida interditada é a primeira parte de um amplo projeto que pretende desafogar o tráfego em algumas das principais vias da região sul de Campo Grande, como Costa e Silva Guri Marques e Avenida Guaicurus e até Avenida Zahran.

Além da cerca de arame farpado improvisada no local, o Governo do Estado instalou placa informando que é proibido usar a viaManilhas de concreto substituem os tradicionais postes utilizados em cercas de arame farpado usados em fazendas

Depois de concluída, a Avenida Alto da Serra será uma espécie de continuação da Avenida Rita Vieira, que atualmente acaba na Guaicurus. Por enquanto, porém, ela acaba no meio de uma pastagem. 

O trecho final da obra, que está interditado, está concluído faz mais de meio ano e por enquanto não existe nenhuma previsão para que a segunda etapa da obra seja iniciada. 

SEM PREVISÃO

Em nota, a Agesul deu uma explicação para a demora em iniciar a segunda etapa: “Ainda aguardamos a conclusão das desapropriações, que são de responsabilidade da Prefeitura de Campo Grande, para dar sequência à segunda etapa das obras”.

Quando do lançamento da primeira fase, inicialmente contratada por R$ 41,3 milhões, foi anunciado investimento de R$ 32 milhões na segunda parte, prevendo pavimentação, drenagem, construção de ponte e instalação de ciclovia.

Em janeiro de 2023 a Agesul chegou a abrir licitação para contratação de uma empreiteira. Contudo, os trâmites foram interrompidos e a promessa feita no final de julho de 2024 era de que uma nova licitação estava prestes a ser divulgada. Até agora, porém, ela não foi anunciada.

Também em janeiro de 2023 a prefeitura de Campo Grande desapropriou 52 imóveis para permitir a implantação da nova avenida. As indenizações, porém, somente começaram depois que alguns proprietários recorreram à Justiça e até agora não foram concluídas. Juntas, elas somam pouco mais de R$ 10,5 milhões e até este valor a administração estadiaç está bancando. 

Por enquanto, a nova avenida está ligando a região das Moreninhas a uma pastagem protegida por uma cerca de arame na qual está afixada uma placa informando que na região é proibido caçar, pescar, nadar, desmatar, jogar lixo e fazer fogo, por ser uma Área de Preservação Permanente (APP).

A nova avenida termina logo depois do córrego Lageado, que recebeu uma grande ponte e para o qual foi direcionada a gigantesca estrutura de drenagem da água da chuva instalada na região. 
 

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