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Internações por Covid-19 voltam a aumentar e preocupa Saúde em Mato Grosso do Sul

Nas últimas 24 horas, foram confirmados 770 novos casos e 17 mortes pela doença

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Número de pacientes internados por covid-19 voltou a ultrapassar a cada dos 500 em Mato Grosso do Sul, número considerado elevado e preocupante pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Em live realizada nesta sexta-feira (25) para divulgação do boletim epidemiológico, secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirmou que houve aumento tanto das internações tanto em leitos clínicos quanto de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“No pico máximo, em agosto, tínhamos média de 500 a 550 internações. Baixamos para 450 e nos últimos dias estamos chegando de novo na média de agosto, de 500 a 550. É uma questão que nos preocupa”, disse Resende.

Conforme a secretária adjunta de Saúde, Christine Maymone, são 257 pacientes em leitos clínicos e 244 em leitos de UTI.

“A ocupação de leitos clínicos aumentou e precisamos lembrar que, conforme a evolução da doença, os pacientes dos leitos clínicos podem precisar de leitos de UTI”, explicou.

Taxa de ocupação global de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 78% na macrorregião de Campo Grande, 69% em Dourados, 39% em Três Lagoas e 82% em Corumbá.

Outra questão preocupante, segundo Resende, é a alta taxa de contágio, que está em 1,06, e a média alta de casos confirmados por dia, de 625,5 por dia.

“Estamos entrando na décima semana consecutiva de platô elevado de casos novos, das taxas de internações e de óbitos, temos que trabalhar em conjunto, com os municípios, com a sociedade de modo geral para fazer declinar essa curva que se mantém muito alta no Mato Grosso do Sul”, afirmou.

Nas últimas 24 horas, foram confirmados 770 novos casos e 17 mortes por Covid-19 em Mato Grosso do Sul.

Quando aos óbitos, foram 11 vítimas em Campo Grande, duas em Corumbá, e uma em Costa Rica, Miranda, Sidrolândia e Três Lagoas.  

Estado soma 67.196 casos confirmados desde o início da pandemia, com 59,118 recuperados.  

Quanto as mortes, são 1.234 vítimas, com média móvel de 12 por dia. Taxa de mortalidade continua em 1,8.

Congresso

Senado aprova proposta que criminaliza porte e posse de drogas em reação ao STF

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) agora segue para a Câmara dos Deputados

16/04/2024 19h42

Senado aprovou PEC nesta terça (16) Divulgação

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O Senado aprovou nesta terça-feira (16) em primeiro e em segundo turno a proposta que coloca na Constituição a criminalização de porte e posse de drogas, em reação ao julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que pode descriminalizar a maconha para uso pessoal.

A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) agora segue para a Câmara dos Deputados.

A proposta coloca no texto da Constituição Federal que é crime possuir ou carregar drogas, independentemente da quantidade e da substância -proibição que existe hoje apenas em lei.

A PEC foi apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o apoio de outros 30 senadores em setembro do ano passado, poucos dias após a retomada do julgamento que pode descriminalizar a maconha para fins pessoais.

Assim como a Lei Antidrogas, de 2006, a proposta não define critérios objetivos para diferenciar o usuário do traficante. No caso da maconha, parte dos ministros do STF defende um limite em gramas para isso -como 10 gramas, 25 gramas ou 60 gramas.

Especialistas apontam que a falta de critérios objetivos tem feito com que pessoas flagradas nas mesmas circunstâncias tenham tratamento diferente; usuários, no caso de brancos, e traficantes, no caso de pretos e pardos.

Em seu voto no STF, o ministro Alexandre de Moraes citou um estudo feito pela Associação Brasileira de Jurimetria para mostrar que pessoas flagradas nas mesmas circunstâncias têm tido tratamento diferente de acordo com a cor da pele e a condição social.

“O branco precisa estar com 80% a mais de maconha do que o preto e pardo para ser considerado traficante. Para um analfabeto, por volta de 18 anos, preto ou pardo, a chance de ele, com uma quantidade ínfima, ser considerado traficante é muito grande. Já o branco, mais de 30 anos, com curso superior, precisa ter muita droga no momento para ser considerado traficante.”

Outro efeito da legislação em vigor foi o aumento da população carcerária. Segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas Penais, 199.731 pessoas estão presas atualmente por tráfico de drogas, tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico nos presídios estaduais e federais. Isso representa 28,3% da população prisional do país.

Além de ser uma resposta ao STF, a criminalização das drogas tratada na PEC é um dos itens da chamada pauta de costumes, que inflama a oposição e desafia o governo Lula (PT) diante da cobrança de setores progressistas da sociedade.

Em entrevista à reportagem, o relator, senador Efraim Filho (União Brasil-PB), reconheceu que, em linhas gerais, a proposta de emenda em discussão repete a criminalização que já existe na Lei de Drogas (lei 11.343), de 2006.

Apesar disso, o senador afirmou que estabelecer na Constituição que o porte e a posse de drogas é crime dará maior “segurança jurídica para que o sentimento da sociedade de ser contrário à legalização das drogas seja respeitado”.

Integrantes da base de Lula afirmam, reservadamente, que o governo tentou não se envolver com o tema, afeito ao Congresso, para não estimular uma eventual crise entre os Poderes.

Outro receio de governistas é de que a PEC seja declarada inconstitucional pelo Supremo futuramente por alterar uma das cláusulas pétreas da Constituição Federal -o que adicionaria um novo capítulo à disputa entre Legislativo e Judiciário.

A proposta sugere um novo inciso no artigo 5º da Constituição com o seguinte enunciado: “a lei considerará crime a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, observada a distinção entre traficante e usuário por todas as circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicáveis ao usuário penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência”.

Em fevereiro, Pacheco patrocinou outro aceno à oposição ao colocar em votação o projeto que acaba com a saída de presos em datas comemorativas, as chamadas saidinhas. O ponto central do texto foi vetado pelo governo, mas o Congresso ameaça derrubar o veto e extinguir o direito definitivamente.

O placar no STF está em cinco votos a três pela descriminalização do porte de maconha. O julgamento no STF foi novamente suspenso depois que o ministro Dias Toffoli pediu vista (mais tempo para analisar o processo).
 

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Estragos

Trator e caminhão da Prefeitura atolam em rua devastada pela chuva

Caminhão com cascalho que tentou acessar o bairro Jardim Itatiaia precisou ser resgatado por trator da Prefeitura e ambos veículos ficaram atolados na tarde desta terça-feira (16) na rua em que mais de 10 carros atolaram de ontem para hoje em Campo Grande

16/04/2024 19h03

O trator que iria espalhar o cascalho na via tentou rebocar o caminhão e terminou com uma das rodas completamente "engolida' pelo buraco Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Um trator e um caminho que trabalham a serviço da Prefeitura de Campo Grande, atolaram na rua Conde de São Joaquim, que ficou intransitável em decorrência das fortes chuvas que caem desde o início da semana. Nos últimos quatro dias, o volume de chuva em Campo Grande chegou a 89,4 milímetros, o esperado para todo o mês de abril, e apenas nas últimas 24 horas, a chuva foi de 49 milímetros. 
 

A reportagem do Correio do Estado apurou que o caminhão havia acabado de chegar no local para iniciar os trabalhos quando tentou acessar a rua de ré para espalhar o cascalho e acabou atolando. 

O trator que iria espalhar o cascalho na via tentou rebocar o caminhão e terminou com uma das rodas completamente "engolida' pelo buraco. 

Trator da Prefeitura de Campo Grande atola em buraco que gerou "caos" desde a chuva de ontem (17) (Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado)

As máquinas estavam atuando na rua Conde de Joaquim, no bairro Jardim Itatiaia, próximo à esquina com a avenida Três Barras. Com isso o fluxo da rua ficou totalmente interrompido. O morador Roberto Pinheiro dos Santos, de 34 anos, informou que desde ontem, quando a chuva começou, iniciaram esforços para resgatar os carros que atolaram no buraco.

Segundo Roberto Pinheiro de ontem para hoje atolaram aproximadamente 10 veículos.

"Não é de agora isso que está acontecendo aqui. Sempre quando tem essas chuvas intensas começa a ter essas erosões e bastante carros [atolaram] aí. Eu tenho uma caminhonete que pego e dou um apoio para o pessoal, ontem mesmo tirei uma van e mais um carro. Durante a noite foi aumentando", disse Roberto.

"Hoje de manhã a gente foi se virando, ajudei um rapaz que mexe com empresa de internet que atolou ali, mas assim já faz anos que estamos assim".

O morador explicou que anteriormente esse buraco formava em frente a casa dele, foi quando contratou um vizinho do bairro que mexe com trator e investiu do próprio bolso R$ 2 mil para alugar a máquina em março e fazer uma queda para a água escoar do outro lado da via e não invadir a residência dele. 

"Meu vizinho mexe com operação de máquinas, paguei para ele fazer [a manutenção] da rua várias vezes. Falei para ele deixar o caimento para o outro lado porque [antes disso] a água chegava até o portão de casa. Com isso deu uma melhorada aqui só que corre muita água aqui". 

Como precisou levar o carro na oficina em ao utilizar outro veículo usando como passagem a única via acessível à residência, a Rua dos Estudantes, que ficou totalmente alagada ao ponto de arrancar o peito de aço do veículo.

 

/ Morador instala por conta própria paralelepípedos na rua dos Estudantes (Crédito: Gerson Oliveira / Correio do Estado)

Inclusive o vizinho que passou a niveladora colocou por conta própria paralelepípedos na rua por conta própria, para evitar os buracos, no entanto, quando chove a rua dos Estudantes enche de água. Para Roberto, a solução urgente seria o asfalto.

 

 

 

 

"Precisa passar o asfalto, né? Essa situação é ruim até para a própria cidade, um bairro que está evoluindo tanto, isso aqui é um cartão postal da cidade.  A Lagoa Itatiaia que está com a obra parada, quantos meses falaram que saiu a licitação e não teve iniciativa [do poder público] até agora", lamentou Roberto. 

Lagoa Itatiaia

A reportagem esteve no entorno da Lagoa Itatiaia e a situação não foi diferente. O comerciante, Abel Oliveira, proprietário do bar que leva o nome da Lagoa, registrou a situação da rua Antônio Marquês, que ficou completamente alagada na noite anterior.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nos últimos quatro dias, Campo Grande registrou a quantidade de chuva esperada para todo o mês de abril, com 89,4 mm observados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (CEMTEC). Desde o dia 1º, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já notificou 130,8 mm, número 46,3% superior à média histórica.

 

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