Os irmãos comerciantes presos em operação de repressão ao tráfico de drogas são suspeitos no crime de lavagem de dinheiro. Segundo o delegado responsável pelas investigações, João Paulo Satori, da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), a dupla é dona de um pet shop e distribuidora de cestas básicas e há a suspeita de que investiam nos negócios dinheiro da venda de cocaína. Itamar dos Santos Pereira, 31 anos, e Edmilson Santos Pereira, 28, foram presos na madrugada de ontem (01), depois da entrega de uma remessa de 18 quilos do entorpecente.
De acordo com a autoridade policial, os irmãos lideravam a distribuição da droga em bairros da região oeste da cidade e também forneciam para criminosos do interior do Estado. Eles já vinham sendo investigados por envolvimento no tráfico e foram presos depois de, na madrugada de ontem, chegar à delegacia especializada denúncia de que fariam entrega de uma carga.
Edmilson fez a entrega e foi flagrado junto com dois traficantes, que são de Três Lagoas, na Rua Agostinho Bacha, esquina com a Carlos Fereira Viana Bandeira, no Bairro Universitário. Com a chegada da equipe de policiais os moradores da cidade do interior conseguiram fugir em um Celta e Edmilson foi contido no local. Ele já havia negociado 18 quilos de cocaína e estava, somente, com algumas porções da mesma droga.
MAIS PRISÃO
Preso, Edmilson levou investigadores até a casa de Itamar, que era usada como centro de distribuição e fica na Rua João Roma, Vila Julieta, também na região oeste da Capital. No local, foram apreendidos quase 32 quilos de cocaína, avaliados em R$ 260 mil, segundo Sartori.
Também foram apreendidos R$ 12,5 mil em espécie, petrechos que eram usados em preparos de porções e três automóveis, um deles o Pálio que Edmilson estava quando entregava a carga do entorpecente. Os demais tratam-se de Audi A4 e fusca New Beetle que eram ostentados pelos criminosos, segundo Sartori.
O delegado ainda disse que há suspeita de envolvimento dos irmãos em lavagem de dinheiro. “São donos de duas empresas e pode ser que usavam o dinheiro do tráfico nos negócios para disfarçar a prática ilícita”, pontuou.
As empresas funcionam nas imediações do Bairro Itamacará.