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CORONAVÍRUS

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Isolamento é ignorado por mais da metade da população e infectologista alerta para aumento de contágio

Monitoramento aponta que 53% dos sul-mato-grossenses continuam saindo nas ruas

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Apesar das recomendações do Ministério da Saúde e Secretarias municipal e estadual de Saúde, sobre a necessidade de se manter o isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus e dessa forma evitar um colapso no sistema de saúde, mais da metada da população de Mato Grosso do Sul não tem cumprido o distanciamento social necessário e continuam saindo nas ruas. Segundo monitoramento diário realizado no Estado, nesta quarta-feira (1º), apenas 47% da população se manteve em casa.  

Com a liberação do comércio, anunciada pelo prefeito Marcos Trad (PSD) para a próxima semana, deve fazer com a movimentação de pessoas aumente ainda mais, segundo avaliação do infectologista da Secretaria Estadual de Saúde, Júlio Croda.  

“O vírus está duas semanas na nossa frente. O número de casos atuais, é do contágio de 15 dias atrás. Temos um monitoramento diário e, com a liberação do comércio, a movimentação de pessoas vai aumentar. Quando aumenta a movimentação, aumenta o contágio. O resultado  desse aumento nas movimentações, nós só vamos perceber daqui 15 dias”, disse.

Além do período de duas semanas para aparecerem os casos, o infectologista alerta que em três semanas começam a haver óbitos.

Mapeamento é realizado através de parceria entre o Governo do Estado e a empresa In Loco, empresa do setor de tecnologias de geolocalização, que integrada a aplicativos, formata dados criptografados a partir de dispositivos móveis. Dados são coletados diariamente e a ferramenta fornece dados referentes ao dia anterior de publicação, ou seja, o divulgado hoje tem os dados de ontem.

Conforme o mapeamento, nessa quarta-feira (1º), os municípios que mais cumpriram o isolamento no Estado foram Jateí, com 74,5% da população em casa; Bela Vista (73,7%) e Corumbá (69,2%).

Já as cidades de Japorã e São Gabriel do Oeste tiveram a maior movimentação de pessoas nas ruas, com 35,3% e 36,1% de pessoas cumprindo a restrição, respectivamente.  

Em Campo Grande, mais da metade da população foi às ruas, com apenas 48,6% em isolamento. Na Capital, volta do funcionamento dos ônibus, bancos e restaurantes colaboraram para que os cidadãos voltassem a circular. A partir da próxima semana, o movimento pode ser ainda maior, com o retorno gradativo do comércio.

Croda afirma que mesmo com relaxamento de algumas restrições, a principal orientação e recomendação para conter o avanço do coronovavírus continua sendo o isolamento social.  

“Se você pode se manter em isolamento social, faça isso. Quem não tem a escolha de se manter em isolamento social, tome todas as precauções de higiene, escolha horários alternativos para deslocar-se, evite contato e proximidade com as pessoas”, orienta.

Pela manhã, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, fez o mesmo apelo, durante divulgação diária do boletim de casos do coronavírus. Na avaliação dele, o que tem segurado a curva de contágio no Estado são as medidas implantadas por várias cidades de isolamento social.

“O pico da semana anterior era bastante expressivo por conta do isolamento social, mais de 50% estavam ficando em casa e agora teve um decréscimo. A população deverá ter cuidado. Queria fazer um apelo para que a população siga as orientações da Organização Mundial de Saúde e das secretarias de Saúde do Estado e dos municípios. Se nós temos hoje 53 casos foi por causa desse apoio que nós tivemos da população e de diversos setores, inclusive econômicos aqui do Estado”, salientou.  

COVID-19

Conforme último boletim epidemiológico, divulgado nesta quinta-feira (2), Mato Grosso do Sul tem 607 notificações da Covid-19, sendo que 53 casos foram confirmados para a doença. Outros 28 estão sob investigação e 515 foram descartados, além de 11 excluídos. Uma pessoa morreu no Estado até agora pela doença.  

Campo Grande continua sendo a cidade com o maior número de casos confirmados, 38 dos 53.

Show

Opção de lazer: Falamansa sobe ao palco do "MS Ao Vivo" neste domingo

Show acontece no Parque das Nações Indígenas com entrada gratuita

20/04/2024 10h30

Tato, Falamansa Foto/Reprodução

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O Parque das Nações Indígenas, será mais uma vez palco para um espetáculo do programa cultural "MS ao Vivo". O grupo de forró Falamansa, famoso por hits populares nos anos 2000, com ritmo que ficou conhecido como forró universitário, vem a Campo Grande neste domingo (21) e promete animar a galera ao som de sucessos como "Xote dos Milagres" e "Rindo à Toa".

Evento do Governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, conta com entrada gratuita, a fim de proporcionar uma experiência única para o público da Capital, celebrando a cultura e a música brasileira. Desta forma o projeto procura levar entretenimento promovendo o acesso à arte e à cultura para todos. 

Na edição deste domingo estarão presentes feirantes e expositores da economia criativa, como explica a produtora cultural Carina Zamboni. "Nós somos da Adamas (Associação das Meninas), uma associação que tem como missão fortalecer a economia criativa do nosso estado. Para o "MS ao Vivo" levaremos o que temos de melhor da gastronomia. Serão oito food trucks e nove barracas, com quitures e guloseimas, desde pipoca, churros, pastel, espetinho, saltenha até os lanches. Tudo para deixar o show mais animado", detalha a produtora.

O show de abertura do "MS ao Vivo" será realizado a partir das 17 horas, com a banda Canaroots Reggae, que traz a performance "Canaroots convida", uma homenagem ao compositor Lincoln Gouveia, vocalista e criador deste grupo musical, e que faleceu em 2021 deixando um legado de incalculável valor para o cenário do reggae no Mato Grosso do Sul.

FALAMANSA


Falamansa é uma banda brasileira de forró formada em 1998 na cidade de São Paulo. Com a ascensão do forró nas noites da capital paulista, surgiu na cidade um movimento para atender a demanda das casas noturnas e do público adolescente, que se identificou de imediato com a dança e com o ritmo contagiante do estilo.

Além de começarem a compor suas primeiras canções logo nos primeiros meses do conjunto, Dezinho, Tato, Alemão e Valdir interpretavam sucessos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, misturando sempre o chamado "forró universitário" ou "forró pé-de-serra", com as raízes da música nordestina. Até 2001, o grupo teve mais de 1 milhão de cópias vendidas no Brasil.

corumbá

Prefeitura mantém dentistas alvos da PF por fraude em ponto eletrônico

Investigação apurou que prejuízo para o setor da saúde pública do município chega a R$ 6 milhões

20/04/2024 10h00

Agentes da Polícia Federal cumpriram mandados no Centro Municial de Especialidades Odontológicas Divulgação/PF

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Dentro do Centro Municipal de Especialidades Odontológicas de Corumbá, a Polícia Federal identificou que servidores municipais que eram para cumprir carga horária de pelo menos 20 horas, fraudavam o ponto eletrônico para reduzir o tempo de trabalho, mas seguiam recebendo os salários integralmente. Ao todo, são 11 dentistas que são investigados nos crimes de estelionato, peculato e peculato eletrônico e eles foram alvos de operação da PF nesta sexta-feira (19). 

O caso está em segredo de justiça e a Prefeitura de Corumbá informou que os servidores seguem trabalhando até que haja informação oficial do teor das investigações.

A Operação Esculápio foi desencadeada para que o inquérito policial pudesse avançar. Os investigadores solicitaram à 1ª Vara Federal de Corumbá autorização para sequestro de bens móveis e imóveis em nome dos servidores públicos como forma de tentar reduzir o prejuízo aos cofres públicos. 

Além disso, policiais federais estiveram durante a manhã deste dia 19 no Centro Municipal de Especialidades Odontológicas, que fica no bairro Universitário, mas não houve detalhamento sobre o trabalho realizado no local.

“Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde do município reiteradamente fraudam seus pontos eletrônicos não cumprindo a carga horária contratada pela prefeitura municipal. Em alguns casos a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos”, confirmou a PF, em nota.

A Prefeitura de Corumbá sugeriu que não tinha conhecimento oficialmente das fraudes e que aguarda notificação das autoridades para novos procedimentos. 

Conforme apurado preliminarmente, até mesmo os nomes de todos os dentistas investigados não eram de total conhecimento do poder público municipal.

Em nota, a Prefeitura de Corumbá reconheceu que ainda não iria abrir processo administrativo ou afastar preventivamente servidores investigados criminalmente. 

“Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações”, diz trecho da nota. 

“A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário. Se trata de procedimento sigiloso da PF. O Município não tem acesso às investigações. Caso tenha ilegalidades praticadas por servidores, serão abertos processos administrativos disciplinares para a devida apuração”, concluiu.

Durante a apuração policial, houve a identificação que agendamentos para diferentes procedimentos demoravam para serem realizados por que os profissionais de saúde não trabalhavam a carga horária devida. Além disso, tinham os vencimentos integrais sendo pagos regularmente. 

“Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00”, indicou a Delegacia da Polícia Federal em Corumbá.

Nas ordens judiciais autorizadas, a PF realizou o bloqueio de bens móveis, como veículos, avaliados em R$ 1,5 milhão. Também houve o bloqueio de bens imóveis avaliados em R$ 5 milhões. 
Esses bloqueios ficam ativos durante todo o período de investigação e prosseguem no período de trâmite judicial, após o oferecimento da denúncia à Justiça Federal. Os investigados vão poder recorrer dessa decisão.

O Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) está localizado na rua Eugênio Cunha e realizada procedimentos gratuitos como atendimento ambulatorial, cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia, odontopediatria e atendimento a pacientes especiais.

Conforme dados da Prefeitura Municipal, o prazo médio para vaga nos agendamentos varia de 5 dias a 3 meses, dependendo do procedimento. Não foi possível confirmar qual era o período de atraso que o inquérito identificou que ocorria por conta das fraudes dos profissionais de saúde. 

Dados do Portal da Transparência da Prefeitura de Corumbá mostram que há 58 cirurgiões-dentistas contratados em vínculo estatutário e comissionado, com carga horária que varia de 20 a 40 horas semanais. O salário bruto, conforme folha de pagamento de março de 2024, para esses profissionais fica entre R$ 7,5 mil a R$ 24,9 mil.

 

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