RIO DE JANEIRO
Um jato Learjet da Ocean Air Táxi Aéreo caiu na manhã de ontem na baía de Guanabara, no centro do Rio, próximo à cabeceira da pista do aeroporto Santos Dumont. Segundo a Infraero (estatal que administra os aeroportos do País) havia três pessoas a bordo e foram encaminhadas para os hospitais da região. O acidente aconteceu às 9h16min, quando o pneu da aeronave furou e provocou instabilidade no avião, que deslizou na pista e ficou parcialmente submerso.
Logo depois do acidente, piloto, co-piloto e um funcionário da empresa – os únicos ocupantes da aeronave – abriram a porta e saíram caminhando.
A aeronave levaria a apresentadora Xuxa para Recife. Segundo a assessoria ela não deveria estar no avião no momento do acidente, mas ele seria utilizado posteriormente. Outra aeronave levou a apresentadora para a capital pernambucana.
Após o acidente, duas lanchas e dois helicópteros do Corpo de Bombeiros foram acionados. Também foram ao local um rebocador da Marinha e carros com guincho para tentarem retirar a aeronave do local.
Devido aos trabalhos de resgate, o aeroporto Santos Dumont precisou ser fechado para pousos e decolagens. Os voos programados para o local foram desviados para o Tom Jobim. Posteriomente foi reaberto.
O jato foi retirado da água por volta das 17h, segundo o Corpo de Bombeiros. A retirada causou novamente o fechamento do local para pousos e decolagens das 15h57min às 17h05min. Das 15h12min às 15h35min, o aeroporto ficou fechado somente para pousos.
Entrevista
Em entrevista coletiva na tarde de ontem, o diretor operacional da Ocean Air Táxi Aéreo, Ricardo Santos, afirmou que um problema foi detectado pelo piloto após a decolagem do Santos Dumont. Ele perdeu as comunicações e os instrumentos. O procedimento foi retornar para o aeroporto e tentar fazer o pouso. O piloto avisou a torre de controle através de um sinal de emergência enviado via transponder. No pouso, ocorreu outro problema, que impediu que o avião freasse e não extrapolasse o limite da pista.
Santos afirmou que as investigações para apurar as causas do problema estão a encargo da empresa e do Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos do Ministério da Defesa (Cenipa), que têm cinco dias para apresentar um laudo oficial inicial.