MICHELLE ROSSI
Um dos envolvidos com racha na Avenida Afonso Pena, Luan Póvoa Leão, 22, preso na madrugada de sexta-feira e depois liberado pela polícia, negou que ele e o amigo, Wilson Rufino Theodoro, 23, estivessem numa disputa de velocidade nos altos da avenida, conforme assegurou a Companhia Independente de polícia de Trânsito (Ciptran). “Eu parei o carro ao lado do carro dele, nós combinamos de ir à casa de um amigo e foi aí que saímos, mas isso não era racha”, disse Luan Póvoa, em entrevista ao Correio do Estado. O outro envolvido, Wilson Rufino, foi procurado pela reportagem, mas não retornou as ligações.
Segundo Luan Póvoa, que no momento das imagens registradas pela polícia dirigia um veículo Gol, motor 1.0, sua velocidade era de 80km/h, praticamente a mesma de seu amigo, que dirigia um Celta 1.0. A velocidade está acima do permitido para as vias urbanas, que indicam velocidade máxima de 60 km/h. “Se saímos em alta velocidade, a intenção não era disputar racha em nenhum momento. Nunca fiz isso”, reiterou.
Há dois meses, a Ciptran realiza força-tarefa para flagrar motoristas praticando racha, especialmente na Avenida Afonso Pena e nas ruas do Parque dos Poderes, depois de várias denúncias terem sido feitas pelos moradores da região. Há policiais à paisana na operação.
Segundo a Companhia de Trânsito, está é a primeira vez, desde o início do trabalho, que são flagrados praticantes da corrida em via pública – uma vez que o caso já teria sido identificado como racha por meio das imagens captadas na madrugada de sexta-feira pela polícia.
Os dois rapazes foram autuados em flagrante com base no artigo 307 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que prevê punições para quem pratica racha. A infração é considerada gravíssima e dá multa de R$ 574 e suspensão do direito de dirigir. A pessoa ainda pode ser responsabilizada criminalmente e ficar de 6 meses a 2 anos preso.
No caso dos rapazes, eles tiveram os carros e as Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) apreendidos, além da multa. Os dois vão responder ainda em Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).