Vânya Santos
Com 67 votos, o juiz federal Odilon de Oliveira é o magistrado mais indicado para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), conforme primeiro turno de pesquisa feita pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). A entidade consultou magistrados de primeira instância e segunda instância dos tribunais federais regionais, que sugeriram nomes de associados para serem indicados a vaga de ministro no STF.
“Para mim é uma satisfação imensa liderar o primeiro turno. Isso significa que a categoria de juizes federais reconhece o meu trabalho e enxerga em mim um perfil adequado para compor uma corte superior”, ressaltou o juiz, que atua no combate ao crime organizado e lavagem de dinheiro em Mato Grosso do Sul.
Odilon liderou a primeira fase da pesquisa com 67 votos, seguido do juiz Fausto Martin De Sanctis (62), magistrado Ricardo César Mandarino Barreto (47), desembargadora Suzana de Carmargo Gomes (44), desembargador Leomar Barros Amorim de Souza (43), ministro Teori Albino Zavascki (43), juiz Sergio Fernando Moro (32), desembargador Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti (24), juiz Reynaldo Soares da Fonseca (24) e desembargador Guilherme Couto de Castro (23).
Os 10 nomes mais indicados estão sendo submetidos a uma segunda votação, que termina hoje. O resultado desta etapa será divulgado na próxima semana. Os três juizes mais votados terão os nomes encaminhados para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como sugestão para sua nona indicação ao STF, em agosto, quando o ministro Eros Grau se aposenta e deixa a corte.
Pouco mais de mil juízes federais responderam, espontaneamente, à pesquisa em todo o País. Dois nomes entre os mais votados foram excluídos da lista porque os magistrados têm mais de 65 anos e ultrapassam a idade limite para ingressar no Supremo. Atualmente, nenhum dos 11 ministros é juiz federal de carreira.
Currículo
Odilon de Oliveira, 61 anos, nasceu no município de Exu, em Pernambuco. Seus pais eram lavradores e ele trabalhou na roça até os 17 anos. Foi alfabetizado em sua própria casa, sempre no final de um dia de trabalho. Se formou em Direito aos 29 anos e exerceu os cargos de procurador federal, promotor de Justiça e, há 23 anos, é juiz federal.
Já atuou como magistrado federal nos estados de Mato Grosso, Rondônia e em Mato Grosso do Sul, condenando centenas de réus por tráfico internacional.