Cidades

DECISÃO

Justiça abre ação criminal contra 11 acusados do caso Alstom

Justiça abre ação criminal contra 11 acusados do caso Alstom

FOLHA PRESS

18/02/2014 - 17h15
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A Justiça Federal em São Paulo decidiu hoje abrir um processo criminal contra 11 acusados de participação em esquema de pagamento de propina pela Alstom a políticos e funcionários públicos de estatais do setor de energia do governo de São Paulo. A investigação começou em 2008.

O Ministério Público federal havia denunciado 12 pessoas pelo envolvimento nos subornos, mas o juiz federal Marcelo Cavali considerou que o crime de um deles está prescrito. Eles são acusados de atuar num esquema segundo o qual a Alstom pagou R$ 23,3 milhões, em valores atualizados, para fornecer equipamentos para três subestações elétricas da Eletropaulo e EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia), em um contrato que ficou conhecido como Gisel, segundo o juiz.

O suborno foi pago para a Alstom conquistar um contrato de R$ 181,3 milhões, também em valores correntes, de acordo com a acusação dos procuradores Rodrigo de Grandis e Andrey Borges de Mendonça.

O juiz diz que Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado que está sob investigação do STJ (Superior Tribunal de Justiça), beneficiou a Alstom num julgamento de 2001.

Os procuradores deixaram de fora da denúncia o vereador Andrea Matarazzo, que era Secretário de Energia em abril de 1998, quando foi assinado o aditivo com a Alstom sem a realização da licitação, e pediram a abertura de um novo inquérito para apurar a conduta dele e outros acusados.

O juiz Marcelo Cavali também autorizou a abertura do novo inquérito. A Alstom pagou propina, segundo o juiz, para evitar uma concorrência. Um contrato de 1983 foi ressuscitado em 1998 para beneficiar a multinacional francesa. Segundo o juiz, Jonio Foigel era o responsável pelos contatos com os políticos. "Na condição de diretor da Cegelec, o denunciado Jonio teria recebido informações, em meados de 1997, de que políticos do Estado de São Paulo entendiam conveniente que o processo Gisel (décimo aditivo) fosse colocado em vigor, em troca de apoio financeiro ao partido".

O juiz diz que a função de Foigel no esquema foi relatado à Justiça da Suíça por Michel Cabane, um consultor que atuava junto à cúpula da Alstom francesa. Entre 1997 e 1998, o Estado era governado por Mário Covas (PSDB). Robson Marinho foi o principal secretário de Covas em seu primeiro mandato (Casa Civil) e chefe de sua campanha, em 1994.
Todos os envolvidos refutam as acusações e dizem ser inocentes. A Alstom afirma colaborar com as investigações e alega adotar um código de ética extremamente rígido.

Os crimes contra os acusados são:
1) Jonio Foigel - corrupção ativa e lavagem de dinheiro
2) Thierry Charles Lopes - corrupção ativa e lavagem de dinheiro
3) Daniel Huet - lavagem de dinheiro
4) Jean-Pierre Courtadon - corrupção ativa e lavagem de dinheiro
5) Claudio Mendes - corrupção ativa e lavagem de dinheiro
6) Jorge Fagali Neto - lavagem de dinheiro
7) Romeu Pinto Jr. - lavagem de dinheiro
8) Sabino Indelicato - corrupção ativa e lavagem de dinheiro
9) José Geraldo Villas Boas - corrupção ativa e lavagem de dinheiro
10) Celso Sebastião Cerchiari - corrupção passiva
11) José Sidnei Colombo Martini - corrupção passiva
 

JUSTIÇA

AGU defende multa a usuários que burlarem bloqueio ao X

O advogado-geral da União, Jorge Messias, classificou a multa como uma "medida instrumental e acessória"

14/09/2024 20h00

Foto: Wesley Mcallister/AscomAGU

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A Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite as ações propostas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo Partido Novo contra a multa diária de R$ 50 mil para usuários que tentarem burlar a suspensão do X.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, classificou a multa como uma "medida instrumental e acessória" para assegurar o cumprimento da decisão que bloqueou o X e não uma "censura" à circulação de informações na rede social.

A manifestação foi enviada anteontem ao gabinete do ministro Kassio Nunes Marques, relator das ações.

O ministro Alexandre de Moraes estabeleceu uma multa diária de R$ 50 mil para quem tentar burlar o bloqueio ao X por meio de VPN - ferramenta que permite omitir a localização de acesso à internet.

A AGU também disse que a suspensão não está relacionada com restrição da liberdade de expressão.

"A suspensão cautelar do funcionamento da Rede X em território brasileiro, assim como a medida instrumental e acessória de fixação de multa para pessoas que insistirem na comunicação naquele aplicativo por meio subterfúgios tecnológicos, não tem por escopo obstruir a liberdade de manifestação ou opinião de particulares que utilizam redes sociais, mas de aplicar à empresa medidas processuais indutivas e coercitivas que assegurem o cumprimento das ordens judicias e a observância à legislação", justificou.

A suspensão do X foi determinada por Alexandre de Moraes no início deste mês e ocorreu após o fim do prazo de 24 horas dado pelo ministro a Elon Musk, dono da rede social, para indicar um representante legal no Brasil. A decisão foi confirmada pela Primeira Turma da Corte.

EDUCAÇÃO

Curso gratuito em Campo Grande ensina como utilizar a Inteligência Artificial

Com o objetivo de apresentar os conceitos fundamentais da inteligência artificial (IA), o curso abordará benefícios da IA em atividades culturais, demonstrações práticas, aspectos legais e éticos

14/09/2024 18h00

O curso começa a ser ministrado no dia 20 de setembro, às 15 horas, na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim

O curso começa a ser ministrado no dia 20 de setembro, às 15 horas, na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim Imagem: Reprodução

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As inscrições estão abertas para o curso gratuito de Inteligência Artificial (IA) na Cultura, que será realizado pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) na Biblioteca Pública Estadual Dr. Isaias Paim, em Campo Grande.

O objetivo do curso segundo o Governo do Estado é  apresentar os conceitos fundamentais da inteligência artificial (IA), abordando benefícios da IA em atividades culturais, demonstrações práticas, aspectos legais e éticos, conformidade jurídica e proteção de dados.

Também serão discutidos o impacto psicológico da IA no trabalho, seu papel na adaptação e aprendizado, além de seu uso como aliada do ser humano.

As aulas começa no dia 20 de setembro, às 15 horas, interessados podem realizar a sua inscrição através deste link.

Os palestrantes incluem Pablo Cavalcante (diretor de TI), Amanda Justino (diretora de operações) e Fernanda Riveros (diretora de recursos humanos), profissionais que trazem experiências diversas e conhecimentos relevantes sobre o tema.

Para o professor Pablo Cavalcante, a inteligência artificial se destaca como a grande tendência da década, com aplicações variadas, inclusive na cultura. “Alguns aplicativos animam figuras, podendo ser usados em quadros e imagens de artistas locais de Mato Grosso do Sul. Na literatura, a IA ajuda na criação de ideias, tanto para livros quanto para textos e trabalhos acadêmicos. Durante o curso, vou focar em demonstrar a aplicação prática da IA, encorajando os participantes a explorar e aprender, criando novas oportunidades”, destaca Pablo.

O evento será dividido em três partes:

  • A primeira abordará os aspectos legais e jurídicos, mostrando o que é permitido ou não no uso de IA e o avanço das regulamentações, tanto no Brasil quanto em outros países.
  • A segunda focará no impacto psicológico, preparando os participantes para interagir com a IA de maneira segura e confiante.
  • Por fim, a terceira trará demonstrações práticas, como a geração automatizada de documentos e textos.

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