Três candidatos do Rio de Janeiro que fizeram a última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) conseguiram na Justiça o direito de ter acesso às redações corrigidas. As decisões ainda garantem direito de revisão da nota, caso seja comprovado erro. Dois estudantes já receberam do Ministério da Educação (MEC) cópia das redações. Um deles tirou zero porque, segundo os corretores, teria fugido ao tema, os outros dois reclamam de terem tirado notas baixas. As decisões da juíza federal Márcia Maria Nunes de Barros foram tomadas com urgência, pois as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), abrem à meia-noite desta sexta-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O estudante Gabriel Botelho Bastos Zaverucha, 18 anos, recebeu pela redação 480, em uma escala que vai até mil. "Sempre estive acima da média em redação. Parece que ninguém leu o texto", diz o jovem, aluno do Colégio Santo Agostinho. Zaverucha encaminhou cópia da correção para dois professores. "Os dois dariam 800 pontos, no mínimo". Com essa nota, ele calcula que conseguiria ser aprovado em medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesta semana, o MEC alterou a nota de um estudante de São Paulo, que havia tido a redação anulada, mas depois de revisão solicitada por decisão judicial, passou a ter 880 pontos. Questionado sobre os novos casos, o MEC informou que o único caso de mudança de nota é esse. Não informou, no entanto, quantos inscritos conseguiram ter vista à redação corrigida.